quarta-feira, 4 de junho de 2014

NY

A última parte da viagem foi NY. Voamos de Southwest, de Omaha, e foi ótimo – os comissários eram engraçados e bem humorados e fizeram várias piadinhas durante aquelas instruções pré-vôo. Qualquer comida/ bebida durante o vôo é paga, mas i) é bem mais barato que outras cias “tradicionais”, como a United, por exemplo, e ii) eles são super pontuais. Recomendo!

Hospedagem: Fizemos um megadeal no Hotwire* e ficamos no Element Times Square.

*O Hotwire, para quem não conhece, foi minha melhor “descoberta” desde o Airbnb (graças ao Mario L.)! Basicamente, é um site que faz um “feirão dos quartos vagos” em hotéis. Os quartos são “sunk costs” para os hotéis – então, obviamente, os hotéis gostariam de ocupar seus quartos mesmo que seja por um preço abaixo dos que praticam normalmente. O problema é que isso acabaria ferindo a imagem deles perante seus hóspedes habituais. E é aí que o Hotwire entra: anunciando seus quartos por preços abaixo do normal, anonimamente! Como funciona? Você escolhe a região onde quer ficar, a categoria do hotel e o período (óbvio); paga toda a estadia, sem direito a reembolso, e fica sabendo o nome do hotel no segundo seguinte!
Funcionou super com a gente – pagamos USD 129 por uma diária que, no booking.com, custava mais de USD 300!
Mas, cuidado!!, o Hotwire pode não ser uma ótima opção em qualquer cidade... Em NY, funciona bem porque Manhattan está subdividida em MUITAS regiõezinhas, o que significa que, dentro de “Madison Square Garden Area”, por exemplo, simplesmente inexiste a possibilidade de você ficar num lugar de difícil acesso. Agora, São Paulo, por outro lado, é subdividida em TRÊS áreas!! Imagina – você pode ficar em Moema ou em Interlagos! Muito distantes um do outro!

Quanto ao hotel, gostei bastante. A cama é bem confortável, tudo limpinho... Havia lido várias reclamações quanto aos elevadores (são 3 para mais de 40 andares), então, logo no check-in, pedi quartos nos andares mais baixos. Assim, subíamos e descíamos de escada. Também li reclamações quanto à lotação no café da manhã, mas quase não comemos no hotel (em NY, espaço gástrico também é recurso escasso). A localização é ultra central (pertinho de Port Authority, a rodoviária de NY) e, apesar d’eu preferir o West Village ou o Soho, houve suas vantagens em ficar aqui (era parada de várias linhas expressas de metrô e quase não precisávamos fazer baldeação). Recomendo!

Por onde andei: Ai, é tanto site e tanto blog falando de NY, que não vou perder meu seu tempo falando de lugares para se visitar. Minha irmã fez um roteiríssimo aqui mesmo no blog...
Vou citar, só, os lugares que visitei: High Line ParkChelsea MarketWest VillageGreenwich VillageEast VillageSoHo (1),Madison Square ParkUnion SquareWashington SquareTenement Museum (2), Empire State BuildingHarbor Lights Cruise, 911 Memorialfree walking tour (3), 5a AvenidaColumbus CircleLincoln Center (4); MoMA (5); Biblioteca Pública de NYBryant ParkGrand Central TerminalChinatownTimes SquareGuggenheimCentral ParkMetBrooklyn (6); Rockefeller Center.

1) sinceramente, ainda acho superconfuso esses subnomes que são inventados para as áreas de Manhattan – tipo: onde começa o Greenwich e termina o West Village? Quais ruas formam o Hell’s Kitchen? Alphabet City e East Village são a mesma coisa?! Só sei que essa parte quase sul da ilha é superlegal! Ruas charmosas, cheias de apartamentos à la Carrie Bradshaw, restaurantes bacanas e lojas de designers.
2) pegamos o tour Sweatshop Workers; queria o Hard Times, mas estava esgotado para o resto do dia;
3) é do mesmo grupo do free walking tour da Europa e funciona da mesma forma: é de graça e você dá gorjeta no final, quanto achar que deve dar. HK e eu demos USD 30. Passa por todo o Financial District e conta várias curiosidades  e histórias interessantes. O guia Chris era bom, meio acelerado demais... aquele jeito desesperado de novaiorquino... mas valeu a pena mesmo assim.
4) vi com a minha mãe o espetáculo All Balanchine, do New York City Ballet, no David H. Koch Theatre, o mesmo que aparece no filme Cisne Negro (é a mesma cia de ballet). Foi LINDO, eu adorei.
5) Fernandica: se você for funcionário de empresa multinacional norte-americana, antes de viajar, procure saber se sua empresa patrocina/ é membro dos museus. Peguei fila preferencial e entrei de graça (incl. acompanhante) no MoMA, no Met e no Guggenheim (e no Museu de História Natural também, se tivesse ido). Normalmente, tem como saber nos sites dos museus, como aqui, por exemplo.
6) Fomos num sábado de manhã e passeamos por Williamsburg (concentre seus passeios em volta da Wythe Ave.), começando no Smorgasburg (mais infos abaixo), depois indo (tem vários spots interessantes no caminho, como a maior biblioteca de sketchbooks do mundo!) até a Mast Brothers, a marca de chocolate mais cool dos Estados Unidos e voltando até a Brooklyn Brewery (que tem tours gratuitos no sábado). Depois, pegamos um táxi até a região de DUMBO (down under Manhattan-Brooklyn overpass), caminhamos pelas ruas, entramos no Brooklyn Bridge Park e atravessamos a Brooklyn Bridge, sentido Manhattan (embaixo da maior chuva!).
Do High Line Park


Chelsea Market


Do Empire State Building


Do Harbor Lights Cruise


Financial District
911 Memorial - lugar de uma das Torres Gêmeas 
David H. Koch Theatre 

Fofura no metrô



Onde comi/ bebi: agora, vamos ao que interessa:

No Chelsea Market,
Losbter Place***: um mercado de frutos do mar que vende tanto para se comer lá quanto ingredientes frescos para fazer em casa. Ostras de tudo-quanto-é-tamanho, lagostas vivas etc. O clam chowder foi o melhor que tomamos nessa viagem (mas não melhor que o do Birches Resort...), e a Patynha aprovou o lobster roll.

Dickson’s Farmstand***:  é como o Lobster Place, mas açougue – vende tanto sanduíches para se consumir na hora quanto carnes in natura para se cozinhar em casa e galetos assados para levar. Os sanduíches estavam deliciosos! Rosbife e pastrami feitos artesanalmente. Rivalizam com os do Publican Quality Meats, de Chicago.


Doughnutery: os doughnuts em si não tem nada de mais, mas a máquina em que eles são fritos é tão legal!!!!! A máquina solta a massa no óleo quente, e as rosquinhas vão “nadando” para o outro lado da fritadeira, até que uma catapulta as alça para fora! Tudo automatizado. O máximo.


The Filling Station: minha irmã já tinha falado deste lugar, mas o que ela não havia falado é que o The Filling Station, além de azeites e temperos, também vende chopp! O chopp pilsner é bom, recomendo. Mas atenção – eles só vendem, você precisa tomar em outro lugar! Hahahahaha! É isso mesmo – eles não tem autorização para que as pessoas fiquem no balcão bebericando. Você deve pagar e sair bebendo pelo mercado – e somente dentro do mercado, porque você não pode andar na rua bebendo cerveja!

Na seção “comidinhas”,
Paris Baguette: rede coreana de bakery (pãezinhos, salgadinhos, sopinha, saladinha etcinha). Se estiver no meio do seu caminho e você estiver com fome, é um bom lugar para se parar. Coisas parecidas com as do Fresh Cake Factory.
Krispy Kreme: os doughnuts favoritos do HK, não tem pra ninguém. Eu gosto dos originais, glaceados, sem recheio (mas acho doces demais). Em NY, só tem na Penn Station.
Doughnut Plant***: meus doughnuts favoritos, mas não enrole – peça logo o de crème brûlée. É simplesmente fantástico!

Baked by Melissamicrocupcakes bonitinhos, fofinhos e coloridíssimos para você comer de uma bocada só. Gostosos, mas nada que ofusque os cupcakes da Luana.
Magnolia Bakery: uma decepção. Nem acredito, mas não curti. Achei a massa boa, mas a cobertura mole e gordurosa demais (eu sei, é pura gordura MESMO, mas alguns lugares, como o Hummingbird Bakery, conseguem disfarçar melhor). Também pedimos uma tortinha crumble de blueberry, que me deu saudades da do Reading Terminal Market, de Filadélfia.

Lady M***: campeão dos campeões entre os orientais (na loja que fica na frente do Bryant Park, em simplesmente 10 de 10 mesas, tinha pelo menos UM oriental). Os bolos mille-crêpes são levíssimos, delicadamente doces, maravilhosos. Uma versão 10x melhorada da sobremesa do Riviera.


Na seção “orientais”,
Miss Korea: fica na Koreatown (32nd, entre a 5th e a 6th Aves), indicação de uma amiga do Mario L. e da Patynha. Parece que as carnes lá são o forte, mas a gente comeu outro prato tradicional, o yukgaejang (um ensopado de carne com macarrõezinhos de arroz, meio apimentado). Estava gostoso. Preços ok também.
Hop Kee: um cantonês tradicional no meio de Chinatown, famoso por ter aparecido no programa do Anthony Bourdain. Fomos com os primos do HK e comemos exatamente os pratos que o Bourdain comeu. Como eles que fizeram o pedido, não sei o nome dos pratos... mas estava tudo gostoso, especialmente um camarão empanado com umas nozes caramelizadas... hmmm!!! Saiu baratinho.
Golden Unicorn: a gente foi atrás de um restaurante de dim sum, daqueles com carrinho e tudo mais, que nem em Hong Kong, mas “foi enganado” pelo Zagat e acabou nesse restaurante que até tinha dim sum, mas não era focado nisso. Estava bom (somente), e o atendimento foi lost in translation e até agora ainda não sei se fui mal tratada ou não!
Na dúvida, eu iria no Ping's, dica do Mario L. (ele já foi lá e, como bom chinês, entende de dumplings).
Momofuku Noodle Bar: superbadaladinho, juntamente com todas as outras casas Momofuku (Ma Pêche, Milkbar etc. etc. etc.). Aguardamos uns 30’ para sentar (mas estávamos em 6 pessoas). Caldo BASTANTE encorpado e saboroso. Bom, mas meio pesado. Continuo fiel ao Aska.

Totto Ramen: tem dois restaurantes sendo que um é megalotado e o outro é  cheio. O caldo é mais leve que do Momofuku, o macarrão é artesanal e o chashu (carne de porco) é chamuscado com maçarico para chegar à mesa. Muito gostoso, gostei bem mais que do Momofuku (mas ainda sou fiel ao Aska).

Fernandica: Perto do Totto, ainda tem um Ippudo, que é outro ramen na moda em NY (i.e. lotado). E a Pei, amiga do Mario L. que mora em NY, nos recomendou o Hide Chan, que ainda é desconhecido do grande público e, de acordo com ela, tão bom quanto os demais.

Na seção “Brooklyn”,
Juliana’s Pizza***: exatamente embaixo da Brooklyn Bridge (!) e do lado do Grimaldi’s, do mesmo dono. Casa super agradável, bom atendimento, pizzas ótimas! Gostamos muito. Tem pizzas biancas (sem molho de tomate), que são raríssimas (inexistentes?) em SP.


Black Mountain Winehouse***: parece uma cabana no interior de Montana, de tão aconchegante. Um winebar com uma carta não muito extensa e sem aquele ar pretensioso da maioria dos winebars. Um lugar simplesmente para você comer alguma coisinha e beber um vinho com um grupo pequeno de amigos ou com seu namorado. Muito intimista.

Smorgasburg***: uma “Feirinha Gastronômica” que acontece no Brooklyn todo sábado e domingo (em lugares diferentes). Foi lá que surgiu o Ramen Burger (embora não estivesse lá no dia em que fui....). Comemos um sanduíche supergostoso de pastrami e umas outras coisas diferentinhas. Gostoso e dá para conjugar com um passeio pelo Brooklyn, que vale muito a pena.






One Girl Cookies: nem lembro quem me indicou, mas não gostei. Achei as bolachinhas super sem graça. O ambiente é bonitinho, entretanto.
Almondine Bakery: uma bakery francesa superbem cotada. O croissant de amêndoas estava ótimo, assim como o croissant simples.

Na seção “fast food/ comida de rua”:
Shake Shack***: não tem erro! Todo o mundo gosta de lá. Nem sei porque, porque não tem nada de blaster especial, mas o hambúrguer é gostoso e tem um tamanho ótimo (se estiver com fome ou comer bastante, já peça logo dois!).

Luke’s Lobster: comemos o lobster roll (é bem pequeno) e tomamos um refri orgânico de blueberry bem gostoso! Do roll, gostei mesmo do pão! Supermacio e quentinho! A lagosta... mal senti o gosto...

Taïm Falafel: recomendado pela Vanessa L., prima do HK que mora em LA e que também ama falafels (coisa de família). O sanduíche de falafel é realmente gostoso! Quase tão gostoso quanto o do L’As Du Falafel. Os molhos são indispensáveis!

(falando em falafel, vocês viram que o Maoz abriu uma loja em SP?? Tô para ir faz tempo!)
Chichen and Rice***: o nome do lugar, de verdade, é Halal Guys – é um food-truck estacionado na 6ª Ave x 53rd (tem lojas imóveis, também) que vende uma quentinha de arroz temperado com cordeiro e frango e alface americana e um monte de outras coisas e você põe um molho branco que vem junto e mistura tudo muito bem misturado. Fica uma delícia! Uma das coisas mais **novaiorquinas** que se pode comer porque os locals caem matando na fila!
Há várias cópias na cidade, mas só confie no original!!!!!

Na seção “qualquer outra coisa”,
Eataly***: já se tornou ponto turístico – segunda maior concentração de brasileiro por m2 em NY  (só perde para a Macy’s! hahaha). Comi um sanduba ótimo e uma tábua de charcuterie. Estava tudo gostoso e, apesar de muito cheio, o atendimento é rápido.

Grand Central Oyster Bar: também é ponto turístico, de tão antigo e tradicional. Tomamos clam chowder (o do Lobster Place é melhor) e dividimos uma dúzia de ostras – as mais caras da minha vida (cerca de USD 3 cada uma). Vale como passeio, mas é muito caro para o que é.
As pequenas são da Costa Oeste, enquanto as grandes, da Costa Leste
DBGB: é a casa casual do Daniel Boulud. Tomamos brunch no Dia das Mães (reservei 1 mês antes). Pedimos as lingüiçasTunisienne e Beaujolaise, além de ovos florentine com presunto, omelete com salmão defumado (veio uma ninharia de salmão) e hash browns (batatas). As lingüiças, a batata e o ovo estavam bons, mas a omelete teria ficado intacta no prato, não fosse a fome!


Se você for ao DBGB, o que você não pode perder mesmo são os doces – pedimos o Baked Alaska (que é flambado na mesa! Lindo e gostoso!) e o french toast, que estava quase tão bom quanto as panquecas do Wildberry Café.

Não está com “***” porque, apesar de ser bom, achei muito caro para o que é.

Legenda: *** = lugares que eu acho que valem a pena de verdade! Pode se deslocar só por causa deles.

A gente também foi ao Meatpacking District **pagar de baladeiro**. As ruas lotadas de gente numa noite chuvosa e fria! Primeiro fomos numa balada (não lembro o nome, tinha a ver com Monkey), mas, como não tinha nenhuma americana fazendo twerking (hahahaha), fomos para o Biergarten do hotel The Standard. Gostei bastante de lá! As pessoas são bonitas, jovens, com cara de bem sucedidas (devem ser, para pagar tão caro numa cerveja)!

Fotos: Fernanda I.

4 comentários:

  1. Aqui, vcs passearam ou só comeram em NYC?!?! Genteeee, to passada com o tanto de lugar! Por isso que virei uma pipota, te acompanhar não rola mesmo!! rsrs
    Uma pena a decepção com os Cupcakes, mas qdo fui estavam mto bons, não sei se era o clima ou se foram ou sabores..

    Bjosss

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  2. Olha, Gi... quem ri por último, ri melhor. Agora, olha só você toda bonitona e inteirona, e eu gordinha!!!!!! :op
    Hahahahaha

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    1. hahahahaha.. até parece!! Se eu comesse o tanto q vc come..... rs

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  3. Nosssaaa!!!!
    Eu já tinha muuuitas, váááárias, todas as vontades do mundo de ir pra NY! agora então, não tenho mais o que dizer! PRECISO IR!
    Quanta coisa gostosa para se comerr!OMG!!
    Hahaha

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