segunda-feira, 27 de julho de 2015

La Central

Até setembro, vocês podem ver a exposição do Kandinsky, no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil. Quem puder (e quiser) visitar, tem um serviço super legal no IngressoFacil.com, de reserva de horário (gratuitamente), que está funcionando que é uma maravilha! Fui sábado, agendei para as 14h30. Cheguei às 14h15 e uma filinha se formava para fora do prédio. Às 14h29, britanicamente, a fila começou a se mover. Menos de 10 minutos depois, já estava no elevador, rumo ao 4º andar, onde começa a exposição (de cima para baixo). Fiquei impressionada.

Antes da exposição, fui conhecer o La Central, que está na minha listinha faz tempo (pena que não vou com tanta frequência ao Centro...). É outro restaurante bacana no térreo do Copan, praticamente ao lado do Bar da Dona Onça. Este tem apelo mexicano, com ambiente clean & cool e serviço muito prestativo e educado.
Compartilhamos uma porção de guacamole com totopos (R$22), bem servida e corretíssimo. Vinha acompanhada de um trio de pimentas caseiras fraquinhas e bem saborosas. Nos acabamos!
Depois, pedimos os tacos de cerdo (R$16, com dois), que vem em tortillas molinhas. Bem gostoso! Pena que acaba em 3 mordidas (minhas, porque deve acabar em 1 única reles mordida do Mick Jagger).
Por fim, compartilhamos o fideos al mar (R$49) – fideuà de milho com polvo, lulas e camarões e alho porró crispy. A porção é individual, mas, como havíamos pedido duas entradas, acertamos em pedir somente 1 principal. HK não curtiu muito, eu gostei bastante. Mas devo avisar que, se estava salgado para mim, uma “hipotensa” por opção, qualquer pessoa normal teria passado o resto da tarde no bebedouro.

Não conseguimos pedir sobremesa, mas o cardápio tem opções interessantes, como o tres leches (com bolo de amendoim) – todas girando entre R$18-20.
Com uma água e uma água tônica, a conta ficou R$108,90. Achei o preço adequado para toda a proposta.

Pena que a gente não toma café, mas, se eu tomasse, com certeza, teria me achegado ao balcão do Café Floresta. Mais vintage, impossível.

Depois da exposição, como “ninguém é de ferro” (essa virou a expressão favorita do HK), passamos no Casa Mathilde para comer um docinho. Estava ultra-blaster-mega lotado... mas mesmo assim deu para comprar um travesseiro de Sintra (R$6) para levar pra casa (até melhor assim – dá para dar uma esquentadinha no forninho elétrico e deixar a casquinha bem crocante!).

Voltarei? Volto menos ao Centro do que gostaria, mas esta é uma ótima opção para quando for.
Para ir: tranquilamente – o salão é grande e não houve problema para conseguir lugar (embora estivesse um tempinho bem chato sábado, o que deve ter desencorajado muita gente a sair de casa...). Ah – mas, se estiver cheio, você pode simplesmente grab&go (adorei!!):


Tipo: mexicano de verdade (não esses texmex porcarias da vida).

Foto: @autoindulgente

Serviço de utilidade pública: Av. Ipiranga, 200, Ed. Copan, loja 53, Centro - tel. 3214-5360

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Marakuthai for Tog

Abriu uma TOG All Creators Together na Rua Iguatemi, perto do trabalho. É basicamente a loja do Philippe Starck, designer estrelíssima. Não sei se é para ser assim (não sou cool enough), mas achei a loja super vazia, tanto de produtos quanto de clientes.
No fundo da loja, entretanto, pelo menos na hora do almoço, o negócio ferve! Eles abriram um Marakuthai, que funciona como buffet durante o almoço de dias de semana (à la carte, normal, à noite e nos fins de semana). O buffet sai por R$ 47 – saladas + quentes, com bebidas e sobremesas a parte. A variedade não é enorme, mas é suficiente para fazer aquele estrago na dieta (...). Umas 5 opções de salada, incluindo opções de folhas e de grãos e um ceviche + carne, frango e peixe + 1 massa, além de arroz. 
A maioria dos pratos estava boa – não adianta muito falar, porque muda diariamente, mas gostei muito do frango ao curry e do ravioli ao molho de cogumelos, enquanto o ceviche com leite de coco e o peixe empanado com molho de pimenta fizeram sucesso com a Fonzinha.

Voltarei? Possivelmente. Não achei nada fabuloso, mas estava tudo gostosinho. Considerando a região, em que qualquer refeiçãozinha mequetrefe sai o olho da cara, acho que vale!
Para ir: cedo, porque lota rápido.
Tipo: Buffet, com um toque thai.

Serviço de utilidade pública: Rua Iguatemi, 236, Itaim Bibi - tel. 3078-3246

Foto: não tirei nenhuma, mas tem uma foto no gram da @afonquefez

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Uruguai - quê moeda levar?

Ah, esqueci de dar uma dica super importante da viagem do Uruguay – a questão de “qual dinheiro levar?”:

Levamos BRL, sacamos lá e usamos cartão de crédito. Até tentei usar cartão de débito, mas não rolou... Ou seja, testei quase todas as formas possíveis.
- a melhor taxa de câmbio de BRL para peso uruguaio (UYU) que encontramos foi perto da Plaza de la Independencia, no Centro Velho – UYU 8,10. Perto do Mercado do Porto e ao longo da Sarandí, a taxa não mudou muito, sempre perto de R$ 8. Não houve qualquer tipo de imposto/ taxa.
- a taxa do saque foi R$ 7,8797 – e saque internacional tem 6,38% de IOF, então, acabou saindo UYU 7,4071. Ainda tem que verificar com seu banco se ele te cobra alguma taxa extra por saque. E lembre-se de que há um limite diário. No caso do HSBC, no Uruguai, era UYU 5.000.
- a taxa do cartão de crédito, na média, saiu R$ 8,2197 – com 6,38% de IOF, fica UYU 7,7267.

Considerando que, pela Legislação Uruguaia, restaurantes, aluguel de carro e até alguns hotéis são pagos com desconto (isenção do IVA) com cartão de crédito internacional, vale super a pena concentrar seus gastos no cartão. Para todo o resto que você não conseguir pagar com cartão (não há lugar como o Brasil, onde você paga até o pãozinho da padaria no crédito... sério!), leve BRL e troque lá mesmo.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Cacao Sampaka

Ai, como me gusta la Vila Madalena... Pena que eu não tenha paciência com ela. Se não, passaria tardes e tardes subindo e descendo ladeira.
Sábado passado, fui conferir com esses-olhos-que-a-terra-há-de-comer se a botinha de cadarço da Juliana Bicudo realmente tinha esgotado. Tinha. Já que estava por lá, resolvi passar na Cacao Sampaka para conhecer. A auto-indulgência elevada à máxima potência... chocolates – importados e caríssimos.

Os chocolates da Sampaka vem todos de Barcelona, congelados. Há barras bem interessantes (incl. de cacau 100%), bombons e trufas, belisquetes e preparados para chocolates quentes. A moça da loja nos ganhou na degustação. Uma fofa. Por ela, acho que era capaz de ter dado amostra da loja inteira.
Achei interessante que a marca tem um carinho especial pelos brancos, tão discriminada na maioria das lojas de chocolate top de São Paulo. Há uma série de barras bem interessantes, como branco com morango e rosas, ou branco com canela.
Levamos uma barra de branco com morango e rosas (R$ 32, 100g), 4 bombons (R$ 6 cada) e um tequinho de casquinha de limão siciliano com chocolate ao leite (R$ 11, 9 casquinhas – o valor é por peso, mas não sei quanto sai 100g). As casquinhas são deliciosas e até valem, mas achei a barra e os bombons caros demais para o que são. Os bombons são bem bons em sabor, mas a cobertura de chocolate definitivamente poderia ser mais fina. Por este preço, é o mínimo que eu esperava.

Voltarei? Talvez pelas lasquinhas de limão.
Para ir: Tomar um cafezinho e comer um bombom para adoçar a vida.
Tipo: chocolates.

Serviço de utilidade pública: Rua Aspicuelta, 207, Vila Madalena - tel. 3280-2055/ 3032-0286.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

(Péssima) Experiência de compra via iFood

Ontem à noite, assisti ao filme “Relatos Selvagens”. Se ainda não assistiu, recomendo fortemente. São uma série de historietas, tendo como foco central pessoas à beira de um ataque de nervos – e em pleno ataque de nervos, também. Quase todas começam com situações comuns, como as que eu e você passamos resignadamente, que vão evoluindo para outro patamar de realismo fantástico.

Também ontem à noite, fiz meu primeiro pedido pelo iFood, o mais divulgado desses apps de delivery de refeição. Pedi dois hamburgueres do A Chapa. Pedido confirmado no site. Alguns minutos depois, entretanto, recebi um e-mail com o cancelamento do pedido... Acontece... Entrei novamente e pedi algo muito similar no News Lanchonete. Pedido confirmado no site e por e-mail.
Uns 15 minutos depois, a portaria me chama. Desço, passo o cartão, recebo o lanche – nisso, olho o logo na sacola: A Chapa. Opa! Peraí! “Deste pedido, recebi o cancelamento!”, “Ah, mas não foi cancelado, não.”, “Bom... vou ter que cancelar o outro”.
Subi, entrei novamente no site. O iFood simplesmente lava suas mãos – “fale diretamente com o estabelecimento”. Liguei imediatamente para o News, meu pedido havia acabado de sair...
Logo em seguida, o entregador da News chegou. Não achei certo que eles, que haviam confirmado, entregado e feito tudo direitinho, pagassem o pato. Paguei o lanche e recebi. Meu porteiro que ficou feliz, de ter ganho o jantar.
Mandei um e-mail para o site. Olha a troca de e-mails –

"Olá Fernanda,
Tudo bem?
Meu nome é G., acompanho e respondo as mensagens do "Fale Conosco".
Sentimos muito pelo ocorrido.
Analisamos o que ocorreu, seu pedido realmente foi cancelado sendo assim enviamos um e-mail de cancelamento lhe informando do ocorrido. Nesse casos aconselhamos não recebe-lo, pois em nosso sistema encontra-se como cancelado.
Como você recebeu o pedido sem questionar o cancelamento e ficou com o produto, infelizmente não podemos realizar o estorno de seus valores.
Estamos trabalhando com prioridade nessa questão para que não ocorra no futuro um problema semelhante e também para aprimorar essa comunicação.
Pedimos imensas desculpas por não ter sido informado adequadamente.
Continuaremos trabalhando para que suas próximas experiências sejam muito positivas.
Atenciosamente,
G.
Atendimento ao Cliente
"


"G.,
Obrigada por responder rapidamente, mas não concordo com a resposta. Como te disse, percebi que estava recebendo o pedido da A Chapa quando estava pagando, ou seja - tinha acabado de aprovar a compra na maquininha quando vi que era da lanchonete errada (o entregador estava com a mochila nas costas, o logo estava para a rua). Eu, obviamente, não perguntei antes de pagar de qual lanchonete era (afinal, só um dos pedidos havia sido efetivo).
Aguardo um posicionamento do iFood.
Obrigada"
"Boa tarde Fernanda,
Entendo seu posicionamento e sinto muito pelo ocorrido, porém tanto nossa quanto com o restaurante, infelizmente concluímos que não poderemos estornar o valor do seu pedido. Uma vez que você recebeu a encomenda, você confirmou o recebimento e aceitou a refeição, confirmando seu interesse.
Diante dessa situação, o cancelamento não poderá ser executado. Lamentamos o ocorrido e recomendamos que, se uma situação como essa vier a se repetir, você não aceite a entrega, para que possamos agir e dar um parecer mais favorável.
Para qualquer outra solicitação que você precisar, estamos aqui.
Tenha uma boa tarde.
Atenciosamente,
G.
Atendimento ao Cliente
"G., que esta recomendação seja dada aos consumidores ANTES de algo assim acontecer. É um absurdo que o consumidor seja prejudicado por tentar agir de forma correta."
"Fernanda, o problema foi na comunicação entre o sistema de recebimento de pedido e o iFood sendo que, nós recebemos o cancelamento por parte do sistema do restaurante e por isso repassamos a informação para você.
Já acionamos a equipe de tecnologia responsável pelo sistema do restaurante para que situações assim não ocorram novamente.
Peço imensas desculpas pelo ocorrido e como pedido de desculpas está disponível como crédito no estabelecimento A Chapa, o mesmo pedido como cortesia. Peço por favor, que entre em contato com o telefone 3051-**** e faça o pedido com J. ou R., cientes do ocorrido.
Novamente sentimos muito e estamos trabalhando para que suas experiências futuras sejam mais positivas.
Atenciosamente,
G.
Atendimento ao Cliente
"
"Obrigada, G., por tentar mitigar essa péssima experiência. De qualquer forma, ainda sugiro/ recomendo que, no e-mail padrão de cancelamento que vocês enviam, incluam alguma frase simples, algo como "caso você receba esse pedido mesmo após este e-mail, recomendamos que não o receba"."
"Muito obrigada pela sugestão,
É muito importante receber um feedback como o seu, pois, os utilizadores de nossa plataforma, podem nos informar as melhores práticas de uso.
Estou direcionando aos responsáveis para que se possível, sua sugestão seja adaptada aos nossos serviços.
Somente com clientes como você, que nós melhoramos a cada dia. Continuaremos trabalhando para que suas próximas experiências sejam muito positivas!
Obrigada!
Atenciosamente,
G.
Atendimento ao Cliente

Agora, quero contar uma visita recente ao Quintal do Bráz: Chegamos e pedimos 2 pizzas, sendo 2 sabores cada uma. Um pouco depois, uma pizza chegou – inteira de 1 dos sabores que havíamos pedido. Chamei o garçom. Ele pediu-me desculpas, disse que realmente havia pedido errado – ao invés de ½ pizza de cada sabor, pediu 1 inteira. Mandou servir imediatamente. No final, sobrou o equivalente a uma pizza inteira (de vários saborezinhos). Eles embrulharam e levamos para casa. Eles não pediram ½ pizza de cada sabor de volta.
Por essas e outras, a Cia Tradicional de Comércio é a Cia Tradicional de Comércio.

sábado, 18 de julho de 2015

Carmelo

Carmelo é o lugar perfeito para se fazer NADA. Para se ter ideia, no próprio mapa turístico da cidade, o lugar apontado como #1 do Top5 é a Puente Giratorio abaixo, el único en Sudamérica movido a tracción humana! Hahahaha!



Fazer nada é a grande atividade de Carmelo, intercalado com visitar as vinícolas locais e aproveitar o conforto do seu quarto – a região está cheia de pousadas TOP. Pesquisamos a Posada Campotinto*, a Casa Chic, o Carmelo Resort & Spa (ex-Four Seasons e futuro Hyatt), mas resolvemos ficar na Narbona Wine Lodge, onde uma amiga casou no ano passado (suspiro...). A pousada fica dentro de uma vinícola fundada em 1909 e conta com apenas 5 quartos.
Os quartos são todos lindos, charmosos e confortabilíssimos, com chás Dammann Frères e café Illy à disposição, em louça inglesa, banheiros maiores que meu quarto e banheira estilo Lux Luxo! Ai, ai.... Ficamos no Pinot Noir, por ser o único com lareira.

*Quem quiser ficar na Campotinto, não deixe de checar as promociones! O Campotinto Getaway era o mesmo preço de duas diárias, mas contava ainda com almoço/jantar para 2 pessoas + chá da tarde no vinhedo! E este artigo também vale a pena ser lido. 


Pias duplas!! Meu sonho de consumo!!
Quando chegamos, a Manuela nos mostrou toda a propriedade, incentivando-nos a voltar, fotografar e explorar com calma cada espaço. Também nos mostrou as bicicletas e o carrinho de golf, à disposição dos hóspedes para explorar os vinhedos. A ideia, segundo a própria, é que o Narbona seja como uma casa de campo do hóspede!
Nova adega



À noite, jantamos no restaurante da Posada Campotinto. A decoração é bem rústica e charmosa. 
Compartilhamos duas entradas (bruschettas de tomate e polenta assada com queijo de cabra), um prato principal (peito de frango com arroz pilaf e molho de limão) e uma garrafa de vinho tannat da própria Campotinto, que começou a produzir os próprios vinhos, na bodega El Legado, recentemente. 
O tannat está para o Uruguai assim como o malbec está para a Argentina.
Apesar das críticas super positivas no Trip Advisor, achei o jantar bem media boca. Faltava sal em tudo, a polenta estava dura a ponto de confundir-se com uma torrada qualquer, o frango estava bem seco. O molho de limão estava bom. Nem nos animamos a pedir sobremesa.



A conta toda saiu UYU 1.380 (aproximadamente R$ 175), já com o abatimento do IVA (18,5%). Não é um ultraje, mas longe de valer a pena.

No dia seguinte, o café da manhã, servido à la carte, não me decepcionou! Ovos mexidos, cesta de pães, media-lunas bem gostosas, suco de laranja espremido na hora, salada de frutas, manteiga e geleia feita lá mesmo, iogurte também de lá... Muito bom!
Restaurante Narbona, num prédio da época da fundação


Íamos visitar a Família Longo, uma fazenda de azeites, mas os donos não estavam lá e teriam que se deslocar até a fazenda só para nos atender... Outras vinícolas* também não me apeteceram porque o processo de fazer vinho não pode mudar tanto assim (acho que já visitei umas vinte vinícolas na vida...), e as vinhas estavam todas sequinhas, feinhas...
*Se você for em outra época assim com clima mais ameno, procure mais informações sobre a Irurtia e a El Legado - parecem interessantes.

Fomos então a Puerto Camacho, uma marina de entrada exclusiva, do mesmo dono do Narbona, do Carmelo Spa & Resort e de tudo-quanto-é-coisa na cidade! Lá, há o restaurante Basta Pedro, que tem cara de lanchonete de píer de The O.C. ou Revenge. Hahahaha! É um lugar de comidinhas – chivitos (sanduíches uruguaios), pizzas assadas em forno a lenha, empanadas etc. Dividimos uma salada grande e comemos, cada um, um pedaço de torta e uma empanada. Estava tudo bem gostoso. Minha tarta de espinaca, curiosamente, tinha uma casquinha crocante de açúcar de cobertura – e mais curiosamente ainda, ficou gostoso!
Com uma cerveza Patricia chica para cada um, ficou UYU 762,29 (R$ 95), com abatimento e sem serviço (deixamos em cash na mesa).

Ao lado do Basta Pedro, a lojinha La Lechería vende produtos Narbona, como as massas, os queijos todos, o iogurte, o azeite, os vinhos, o doce de leite...
(o Puerto Camacho só é acessível para quem tem barco na marina, ou está no Carmelo Spa & Resort ou no Narbona)

À noite, jantamos no Narbona, claro. Chegamos às 20h, sem reserva. Todas as mesas estavam reservadas, mas, como éramos hóspedes, eles liberaram uma mesa, contanto que saíssemos antes das 21h45. O combinado não sai caro, né!
Pedimos a tábua de quesos, todos feitos na casa, de entrada. Não sou mega conhecedora de queijos, mas gostei muito! Uns 6 tipos diferentes (não sei o nome da maioria). Muito saborososo.
De prato principal, eu fui de tagliatelle al ragú de ossobuco, enquanto HK pediu o raviole de espinafre ao mesmo molho. O raviole poderia estar mais delicado, minha massa estava ótima. O ragú estava bom.


A sobremesa foi um suflê de doce de leite com sorvete de banana. Apesar do nome, o que surgiu na minha frente foi um petit gateau. Apesar da confusão semântica, estava gostoso. Para finalizar, recomendo tomar um calicezinho de grappa no balcão, cortesia do restaurante. Muito docinha. Gostosinha!


Tomei uma taça do tannat da casa, e HK bebeu uma Patricia chica. A conta saiu USD 80,33 (sim, os preços deste restaurante são, assustadoramente, em dólares!).

Mais tarde, já no quarto, como avisamos a Manuela que sairíamos muy temprano no dia seguinte, um garçom veio nos trazer uma marmitinha para tomarmos de café da manhã!
É ou não é o TOP do TOP??!

Fotos: @autoindulgente e Helio K.

Para quem vai ou está pensando em ir, recomendo que dê uma olhada no ótimo blog Uruguai por uma Brasileira, cheio de dicas boas!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Almoço cronometrado no Eataly (Il Crudo e Le Verdure)

Hoje, saí da minha mesa às 12:00 em ponto, rumo ao Eataly. Ia almoçar sozinha, mas não queria comer no quilão, aquela coisa sem-amigos, depressiva.
Cheguei lá umas 12:10 e, apesar da fila de carros esperando para entrar no estacionamento (#vadetaxi #ficaadica), os restaurantes estavam bem tranquilos, com lugares disponíveis.

Sentei no balcão do Il Crudo e Le Verdure e pedi uma salada de folhas com quinua frita (R$32) + uma  bruschetta de funghi (R$16). A salada estava gostosa, tempero de iogurte bem levinho, quantidade na medida (odeio lugares que enchem de molho e mal dá para sentir o gosto das verduras em si). Eles estavam sem quinua e substituiram por uma espécie de granola salgada. 

A bruschetta foi desnecessária, comi de gula – a salada é suficiente para um almoço. Além disso, fiquei um pouco decepcionada – esperava que viesse quente, mas a do Eataly é fria. Até o pão.

Como eu não sou de ferro, peguei uma burrata para experimentar em casa. Uma pequena fábula – R$159,90 o quilo! Uma bolota padrão fica entre R$40-50. 
Achei meio gordurosa demais, acho que gosto mesmo das mussarelas de búfala da La Bufalina (molengas e suaves).

Quando saí, perto das 12:45, ainda havia lugares em outros restaurantes, para 1/2 pessoas, especialmente.

Às 12:57, estava de volta ao trabalho, na mesa.

Voltarei? Sim! Mas quero experimentar outro restaurante da próxima vez.
Para ir: Cedo ou com poucas pessoas. E de táxi, ou a pé.
Tipo: comida italiana, em todas as suas formas possíveis e imagináveis.

Serviço de utilidade pública: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.489, Itaim Bibi - tel. 3279-3300

Foto: @autoindulgente.

*Na minha primeira visita, mais para conhecer, fui numa quarta-feira, pós-trabalho, pré-feriado prolongado. Eram umas 19:30. Todos os restaurantes, com exceção da pizzaria, tinham lugares disponíveis. Compramos mussarela de búfala, ravioles (fizemos in brodo e aprovamos! Não é tão boa e fina quanto era a do finado Trattoria Picchi, mas é saborosa, bom recheio),gianduiotti e mais algumas coisinhas. Tudo bom!
Também encontrei aquela pasta de pistache que o Roger me trouxe da Sicília (uma espécie de nutella de pistache), por míseros R$40,50 num potinho de 150g. Quase tive uma síncope. Não comprei, mas fiquei feliz de ter uma válvula de escape, se um dia eu estiver perto de me jogar da ponte do rio Pinheiros.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Colônia de Sacramento

No segundo dia, saímos às 8h30 do hotel, para tomar desayuno no Café Brasilero, um café histórico, de 1877, super bonitinho. Eis que descobrimos que nada funciona em Montevideo antes das 9h da manhã. Inclusive cafés. Não só o Café Brasilero, mas todo o comércio do Centro estava fechado!
Acabamos comprando umas media-lunas numa micro-rotisserie que ficava ao lado do hotel (vendia quiches e tortas com uma cara ótima, também) e caímos na estrada.

Colonia del Sacramento fica a 2h de Montevideo. A estrada está em boas condições, e a velocidade máxima é 90km/h na maior parte do trecho. Há dois pedágios (UYU 65 cada), onde também se aceita BRL, USD e peso argentino (e o câmbio é bom!). É uma reta só, sem curvas pronunciadas e com pouca mudança no cenário – vastas planícies e pastagens, algumas vaquinhas, pouquíssimas casas, raros carros... É tão tranquilo que o retorno é sempre feito pelo lado interno da pista. Viaduto pra quê num país com 3,3 milhões de habitantes, não é mesmo?!


Chegamos a Colonia perto do meio-dia. A parte turística se resume à pontinha virada para o rio/ Buenos Aires. Dá para percorrer tudo em algumas horas, andando bem devagar.
A cidade é super charmosa e antiga, uma espécie de San Pedro do Atacama ou Parati. Muito gracinha.



Na Plaza Mayor, fica a loja De La Plaza, de um brasileiro que largou a advocacia para ser fotógrafo e vender suas fotos em Colonia. A história é melhor contada no programa Morar Mundo (que é lindo e bem feito e merece muito ser visto). Não comprei nada, mas ainda assim indico a visita.


Havia anotado duas dicas de lugares para almoçar: o Churana (queria comer o locro, da foto do VnV) e o Lentas Maravillas (que vi no blog Nós no Mundo). O primeiro estava fechado (em plena sexta-feira!), assim como vários outros estabelecimentos que só abrem no jantar (...). O segundo abria às 13h. Aparecemos lá às 13h10 e estávamos na antessala, verificando se tínhamos pesos suficientes (eles não aceitam cartão), uma moça surgiu de dentro do salão e fechou a porta na nossa cara, sem dar maiores explicações. Achei grosseiro e fui-me embora.
Acabamos almoçando no Ganache Cafe, um cafezinho bem charmoso. Pedimos dois sanduíches, um submarino, uma limonada e dois crumble pies. As bebidas não são o forte do lugar (eles são especialistas em café, na verdade), mas o sanduíche estava bem gostoso, e a torta estava muito boa (tão boa que tivemos que repetir)! Saiu aproximadamente R$ 100, para o casal.





Pegamos a estrada de novo, por mais 1h, rumo a Carmelo. Mas isso fica para outro post.

Fotos: @autoindulgente e Helio K.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Montevideo

Esse feriado de 9 de Julho, fui ao Uruguai. Chegamos na madrugada de quarta para quinta, passamos o primeiro dia em Montevidéu; na sexta, fomos para Colônia de Sacramento e, em seguida, para Carmelo, onde passamos o sábado, também. Domingo de manhãzinha, pegamos a estrada de volta para o aeroporto de Carrasco. Não fomos a Punta del Este. Claro que podia ficar mais uns dias (uma vida?), mas foi tempo suficiente para conhecer as coisas com calma e praticar o dolce far niente.

Viajamos de milhas, via Tam. O trânsito na quarta pré-feriado estava enlouquecedor e levamos 2h para chegar do Itaim Bibi a GRU. Deixamos nosso carro estacionado no Multipark Conforto (R$ 17 a diária), que conta com 3 vans que vão-e-vem nonstop para todos os terminais. Apesar do trânsito (e da fila no estacionamento), o transfer foi rápido, porque as vans são realmente rapidinhas. Recomendo!
*O Multipark ainda conta com outro estacionamento, o Econômico, com 2 vans e um tequinho mais longe. Sai R$ 14 a diária.
**Ah, não deixe de reservar sua vaga pelo site (especialmente se for feriado). Eles nem estavam aceitando mais ninguém sem reserva.

Desde a sua inauguração, exatamente um dia depois do meu retorno de NY, no ano passado, eu ainda não tinha usado o T3. UAU! É o máximo! Amplo, todo envidraçado... lembra bastante o aeroporto de Barcelona. Tem Bacio di Late, Garrett Popcorn, Piola... um monte de opções de comidinhas! E o duty free da volta... MEU DEUS! Tem até espaço da Cuisinart! (mas não tinha o processador de alimentos grande que quero)
Hahahaha!

Depois de um atrasinho de aproximadamente 1h, nosso vôo finalmente decolou. Chegando em MVD, pegamos nosso carro reservado na Avis*, fomos extorquidos no câmbio do aeroporto** e seguimos para o Hotel Puerto Mercado, bem no Centro, chegando lá pelas 4h da madrugada.
O hotel merece uma resenha a parte. Tanto que escrevi uma inteira, só para ele, no TripAdvisor. Vai lá conferir, se estiver pensando em ficar neste hotel.
*Conforme decreto federal, turistas que pagam aluguel de carro e restaurante via cartão de crédito ou débito internacional, ganham o abatimento de IVA (18,5%!). Vale a pena, mesmo considerando o IOF (6,38%).
*Outro fato importante: no Uruguai, carros devem andar com o farol aceso SEMPRE.
*Outro fato mais importante ainda: a gasolina no Uruguai (chama-se Super95) é CARÍSSIMA! Mais de R$5 o litro!!!!!!! (aos desavisados, aqui no Brasil, a gente está pagando em torno de R$3)
*Nossa, adorei alugar carro no Uruguai (na Avis especificamente, não sei se é a mesma coisa em outras locadoras) – tirando a burocra inicial, para preencher a papelada e contratar o carro, todo o resto foi super agilizado. A entrega do carro é na própria saída do aeroporto (não temos que ir até o estacionamento da locadora). E a devolução resume-se a estacionar o carro no estacionamento do próprio aeroporto, entregar as chaves no guichê e avisar em qual zona do estacionamento ele está. Simples assim. Demorei mais tempo na fila do toilette feminino que o HK, para devolver o carro. Uma maravilha.
**O melhor câmbio que encontrei foi no Centro, perto da Plaza de la Constitución (UYU/BRL = 8,10). O pior foi este do aeroporto. Não seja bobo como eu - habilite seu saque internacional e saque no aeroporto mesmo.

No dia seguinte, acordamos perto das 9h30, tomamos café no hotel (pobrinho) e saímos para conhecer a Ciudad Vieja. Nossa primeira parada foi no Museo Andes 1972, inteirinho sobre o acidente aéreo com o time de rugby do Uruguai, que caiu em plenos Andes, com 16 sobreviventes (de 45), que aguentaram por SETENTA E DOIS DIAS um frio literalmente congelante e DUAS avalanches. O museu em si não é tãããão interessante, mas as pessoas do museu são fantásticas. Uma senhorinha e o próprio fundador do museu (que não estava no avião, mas é amigo pessoal de alguns dos sobreviventes) vieram conversar conosco, dando ricos detalhes sobre a história. Visita mais do que guiada.
Éramos os únicos visitantes. A entrada custou R$ 25 (ou UYU 200) por pessoa.

Em seguida, atravessamos a Plaza de la Constitución e chegamos ao lindo Teatro Solís. No mês de julho, as visitas acontecem somente às 11h e às 12h, porque há programação especial para crianças todas as tardes. Pagamos UYU 20 (algo próximo de R$ 2,50 – muito baratinho) por pessoa e nos juntamos ao último tour do dia, que havia acabado de começar. A visita é curta e foi toda em espanhol (dá para entender tranquilamente), passando pelo foyer (com uma pocket apresentação do grupo de teatro local, bem interessante), sala principal e a black box (uma sala de teatro secundária, uma grande caixa negra, perfeita para as peças mais contemporâneas).


Saindo de lá, demos uma olhada na Plaza Independencia, com a Puerta de la Ciudadela e o meio Gotham-style Palacio Salvo. Então, descemos a Calle Sarandí (exclusiva para pedestres) até quase o Porto. Cuidado! As ruas são minadas de cocos de cachorro!!

As casas mais próximas do Porto são bem bonitinhas, com um ar vintage bem forte. Parece que estamos num cenário de filme dos anos 50.

Almoçamos no Es Mercat, um lugar recomendado pelo Viaje na Viagem. O lugar é pitoresquíssimo – um manequim grafitado na porta, uns quadros bem clássicos na parede, móveis antigos, uma escova de vassoura pendurada na parede, cardápios em lousas móveis (e o pior banheiro da viagem)...
Pedimos uma cazuela de mejillones e um puchero (que veio com uma sopa de letrinhas de entrada!!! Bem Maggi!). O puchero é um ensopado ralinho bem rústico, com ossobuco, batata, cenoura, milho, abóbora – tudo em grandes chunks, bem comfort food. Tudo estava ok: gostoso, mas nada de outro mundo.
Mejillones 
Puchero
O serviço é lentíssimo e bem enxuto (somente 1 pessoa para atender todo o salão) – como em praticamente todos os restaurantes a que fomos durante a viagem inteira.
Com água e sem sobremesa, a conta saiu pouco mais de R$ 50 por pessoa (pagamentos somente em cash). Conforme um post super recente do Riq Freire, comer fora no Uruguai sai mais ou menos a mesma coisa que em São Paulo (que eu considero uma cidade cara).

Saindo de lá, fomos (só dar uma olhada mesmo) ao Mercado del Puerto, que praticamente só tem restaurantes (parrillas), sendo mais próximo daquele de Santiago ao de São Paulo. O famoso El Palenque, recomendado por 99 de 100 blogs de viagem, estava fechado, para reformas. Não sei como era antes, mas vai ficar bizarramente grande agora.


Pertinho de lá, a Galería Acatras del Mercado* expõe e vende somente arte uruguaia. Muita coisa bonita, cotada direto em dólares – MUITOS dólares, aliás. Vale a visita.
*Este artigo bem legal sugere outras galerias de arte contemporânea em Montevidéu, se o assunto te interessar.

Voltamos para o hotel para descansar um pouco. Perto das 17h, pegamos o carro e fomos até a Rambla Republica del Perú, na região de Pocitos, parte das Ramblas recomendada pelo VnV. Como fomos dirigindo pelas Ramblas, pudemos ve-las quase inteiras. É muito agradável, com largos calçadões para caminhar e praticar outros esportes. Discordando um pouco do Riq (if I may), gostamos mais da Rambla Wilson e da Mahatma Gandhi, na região de Punta Carretas. É uma região mais tranquila, pareceu-me.
Um pouco além da Rambla Rep. Del Perú, fica aquele letreiro famoso de Montevideo, o “deixa-que-eu-empurro” deles (isso porque todo o mundo fica subindo nas letras, igual fazem com o nosso Monumento às Bandeiras).

Essa região é mais moderna, com prédios bem bonitos e muitas concessionárias de carros importados e caros.

Paramos num cafezinho simpático para comer media-lunas e tomar um chazinho. As media-lunas do La Nonna foram as melhores da viagem (mas não perca seu tempo indo até lá se estiver longe, não vale tanto assim)!

Se há uma coisa barata no Uruguai, são as media-lunas – custavam sempre em torno de UYU 10 (R$ 1,25)!!! Uma maravilha!
Também ficamos zanzando pelo Shopping Punta Carretas até dar 20h, quando (finalmente) abria o restaurante La Pulpería (recomendadíssimo pela prima do HK). 

Gente! O restaurante abriu às 20h e, às 20h05, já estava lotado! Ele é pequenininho (tanto que todas as janelas viraram balcões) e tivemos que sentar numa mesa externa. Depois de um tempão, nosso ojo de bife com batatas noisette e boniato (uma espécie de batata com textura e sabor de abóbora, bastante comum por lá) assado chegaram.
A carne era boa, mas minha expectativa estava bem acima dela, infelizmente...
O preço, entretanto, foi bom de verdade - a carne (suficiente para duas pessoas) custava aproximadamente R$ 45, e o jantar todo saiu uns R$ 100 (com água, sem sobremesa).
Puxadinho uruguaio
Na região, há vários restaurantes e cafezinhos com cara boa. Da próxima vez a que for a Montevidéu, acho que ficarei para esses lados. Bem mais agradável.

Fiquei surpresa como a cidade é pacata. Era uma quinta-feira “útil” e mesmo assim não havia trânsito, nem muitas pessoas nas ruas. Gostei de Montevidéu.

Fotos: @autoindulgente e Helio K.