domingo, 21 de fevereiro de 2016

Chá Yê!

Sábado pós-Carnaval, fui ao Chá Yê! com a Letti.
O Carnaval já acabou, até eu já me conformei, mas a galera da Vila Madalena ainda insiste. É inacreditável... De dentro da calmaria do Chá Yê! com seu fofo painel de campos de chá cobrindo toda a parede, vimos de tudo acontecendo lá fora, de amor a guerra (é sério, vimos uma briga de socos e pontapés). Phyno.

O restaurante não é de chineses (pasme) e está longe de ser o chinês típico, seja o seu “típico” o sujinho da Liberdade ou o suntuoso China Lake. É uma casinha simpática, com decoração de bom gosto e pratos menos encharcados de óleo de gergelim (que, aliás, eu adoro, quando em moderação). E chá, muito chá! (os donos são importadores de chá bem antes de abrir o restaurante)

Pedimos, de entrada, o rou jia mo de copa lombo (R$17,50, individual), um sanduíche de pãozinho chinês assado (não é um pork bun tradicional, como o que fiz outro dia) com recheio suculento e chips de acompanhamento e uma porção de wonton (R$16, com 6 unidades), com massa finíssima e o frescor de coentro fresco. Gostei muito! 


Infelizmente, o har gao havia esgotado na hora do almoço...
São basicamente essas as opções disponíveis de dim sum. Sigo órfã do Ping Pong.

De principal, HK e eu dividimos a costelinha no chá (R$29), com uma porção extra de arroz (R$6), e a Letti pediu o frango kung pao (R$27). Estavam ambos gostosos, mas, sinceramente, preferia ter ficado somente nas entradinhas. Acho que são bem mais interessantes!




De sobremesa, dividimos uma fatia do bolo de chocolate com calda de frutas vermelhas (R$13). É bom, mas a propaganda nos Instagrams da vida me deixaram com a expectativa desnecessariamente alta...



Com bebidas e serviço, a conta ficou perto dos R$70 por pessoa. Não bebemos bebidas alcoolicas, mas o chá também está longe de ser barato... o Golden Buds (com chá preto e sabor que lembra pêssego) custa R$9... O chá do dia, entretanto, tem um preço mais palatável: R$6. No sábado, era um matchá com gengibre e limão siciliano, bem refrescante e saboroso! Aprovado!

Voltarei? Sim! Quero comer o har gao e repetir o wonton!
Para ir: com poucas pessoas, porque ele é pequenininho. Se estiver em duas pessoas, sugiro sentar no balcão.
Tipo: chinês atípico.

Fotos: @autoindulgente

Serviço de utilidade pública: Rua Fradique Coutinho, 344, Pinheiros - tel. 3360-7003

sábado, 20 de fevereiro de 2016

#carnalhau2016 - Última refeição

Verdade seja dita, fiquei um pouco decepcionada com Lisboa, gastronomicamente falando. Não é exatamente acurado o que dizem de qualquer lugar ter comida fantástica. É fato que somos mal acostumados por São Paulo... mas, enfim, minhas expectativas não foram atendidas.

Por causa disso, não queria errar de jeito nenhum na minha última refeição na cidade. Pedimos uma indicação à recepção do hotel:
- Vocês poderiam sugerir um lugar bom para comer bacalhau, por favor?
- A Laurentina, fica a uns 10 minutos daqui.
- Alguma outra sugestão?
- Não.

Gostei dessa determinação.

O restaurante tem um salão bem arrumadinho, à la Varanda (nada estilo "cantina do Bixiga" dos restaurantes mais turísticos), com clientes engravatados e bem vestidos, claramente lisboetas da gema.
O bacalhau (pedimos A Couvada, especialidade da casa - EUR17,80 a porção para 1 pessoa, muito mais do que suficiente para nós dois) estava muito, muito bom! Afogado no azeite, super saboroso, com a couve supercozida... muito gostosa!

De sobremesa, pedimos a baba de camelo (EUR3,40), uma mousse de caramelo com crocante de amêndoas, leve e muito gostosa também.

A conta, com duas taças de vinho tinto da casa (EUR2,80 cada) + 2 couvert e 4 bolinhos pequenos de bacalhau, a conta ficou EUR 33,10 - valor bem decente, até convertendo, para um almoço mais phyno.
Gostei bastante deste restaurante e recomendo!!

Fotos: @autoindulgente.

O que foi o Laurentina para mim, foi o Ribadouro para a Patynha e para o Mario L. Eles se esbaldaram de comer polvo, bacalhau à brás e camarão tigre (aquele gigantesco) e super recomendam!! Disseram que não sai barato (especialmente por conta do camarão), mas vale tudo numa ocasião tão especial como uma lua de mel, né!

#carnalhau2016 - Último dia de viagem

No nosso último dia inteiro em Lisboa, aproveitamos para andar por Alfama.
Alfama, por ter suas bases em uma grande única rocha, não foi devastado pelo terremoto-tsunami-incêndio de 1755. Suas ruelas, becos, escadarias de ladrilhos escorregadios são exatamente como eram desde sempre. Esta é a Lisboa genuína. Não tem como não entender Salvador ou Santa Teresa depois de conhecer Alfama. Não tem como não perceber nossas raízes. É impressionante.
Apesar de não ter visitado nada específico lá, adorei andar a esmo, subindo quando via algum prédio interessante para cima, descendo quando estava com preguiça... O bairro é uma delícia. Muitos cafezinhos bonitinhos, alguns artesãos, muitas casas de azulejos!


Às terças e sábados, a Feira da Ladra acontece nas suas ruas. Eu não fui, mas deve ser interessante, uma espécie de San Telmo.
 
Chegamos à Baixa pela Conserveira de Lisboa, uma loja pequenininha, cheia de latinhas de conservas portuguesas... sardinhas, mexilhões, polvo, bacalhau... todas entre 2-4, vintagemente embaladas. Lindas. Comprei várias, mas ainda não comi nenhuma. Hahahaha!!
Quando comer, escrevo aqui o que achei.

Em seguida, dividimos um pastel de bacalhau recheado de Serra da Estrela (um queijo português cremoso) (3,50) da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau. Brasileiro é tão lugar-comum que a moça do caixa até chama o pastel de “bolinho”. Hahahaha!
Bem sequinho, muito bacalhau, bastante queijo (pensei que fosse ficar enjoativo, mas não fica). Não que vá mudar a sua vida, mas é gostoso.


Irmãozinhos lado a lado
Também comemos um Dona Amélia (1,20), um bolinho úmido de especiarias originário dos Açores, no Rainha Dona Amélia Confeitaria. Esta foi, sem dúvidas, a grande contribuição da viagem para meu enriquecimento paladarístico! Nunca tinha comido e adorei! Não é exageradamente doce, é riquíssimo em sabor, úmido... tão gostoso!
O HK comeu uma queijada de requeijão. Era gostoso, bem marcado com laranja, consistência de pudim. Mas não era páreo para o outro doce.

Isso tudo levou cerca de 2h30. 
Eram umas 12h30 quando paramos no Pinóquio, no Rossio. Não amei nada do que pedimos... não tinha qualquer panache... sem contraste, sem atitude. Assustou-me o tamanho da porção que, para 1 pessoa, alimentou a mim, ao HK e teria alimentado-nos mais uma segunda vez certamente.

Em seguida, para facilitar a digestão, bebemos uma ginjinha no local originário deste licor de uma espécie de cereja, A Ginjinha (claro!), e descemos novamente por Chiado e Bairro Alto, para dar uma última volta pelo centrinho principal lisboeta.

O jantar deste dia foi dica do TripAdvisor - compramos frango assado "para fora" no Frangasqueira Nacional e levamos para comer no quarto do hotel (a vendinha é pequeninha e não tem mesa para sentar). 
Parece uma escolha bizarra, mas foi certeira. E acertada. O frango estava muito bom!!! Os chips de batata fritos na hora e temperados com orégano estavam deliciosos! E o preço... maravilhoso: €8,70 tudo!!!!!!!!


Aliás, Lisboa certamente é uma cidade barata para comer. Não dá para sair convertendo tudo com o BRL tão ridiculamente desvalorizado como está, mas uma refeição sai fácil uns €12-15 por pessoa. Ajuda o fato dos pratos serem bem grandes e poderem ser divididos. 

Alguns últimos comentários sobre a viagem:
- achei bem curiosa algumas diferenças de língua portuguesa vs. "brasileira"! Especialmente vendo filmes e séries legendados em português de Portugal, descobri algumas palavras engraçadas, como "porreiro" e "fixe" para legal/ bacana! Hahahaha!
- Fernando Pessoa - eu não sabia, mas um dos maiores escritores da Língua Portuguesa foi super loser durante a vida e foi descoberto somente postumamente. O fato engraçado é que "todo" café/ bar de Lisboa diz ter sido frequentado por Pessoa. Ele devia ser bastante boemio...
- todos os banheiros em que entrei em Lisboa estavam bem limpinhos!!! Até o da Tasca do Chico (que eu esperava uma coisinha mais nojentinha, por ser um bar)! Achei isso ótimo! 
- há um Lisboa Card bem interessante para quem vai visitar a cidade. Por €39, durante 3 dias, você tem passe livre em todo transporte público lisboeta + comboio para Sintra e Cascais + desconto ou entrada gratuita em vários dos principais pontos turísticos da cidade. Eu não comprei porque 1) eu já ia ter entrada gratuita na Torre de Belém e no Mosteiro dos Jerónimos (porque era primeiro domingo do mês); 2) os 3 dias são consecutivos, e eu queria ir a Sintra no meio da viagem. Por estas duas razões, acabei comprando somente o bilhete diário de €6, recarregando diariamente meu cartãozinho Viva viagem (€0,50, em qualquer maquininha do metrô). O bilhete diário dura 24h (parece óbvio falar isso, mas o de algumas cidades acaba à meia-noite, não importa quando começou a contar) e compensa a partir da 5a viagem. Se você for pegar o metrô/tram/ônibus menos do que isso, melhor pagar individualmente (€1,40).
- não é hábito os 10% de gorjeta em restaurantes. Se arredondar para cima, já está ótimo.
- a parte ruim é que eles servem couvert (e cobram, obviamente) sem você pedir/ aceitar. Quando menos percebeu (e colocou um azeitoninha na boca), já era: a conta virá €1,50-2 mais alta por pessoa.
- levamos €60 por pessoa por dia para passeios, transporte e refeições. Praticamente não compramos nada. Acho que foi pouco. Com mais €10 por pessoa, acho que teria ficado um pouco mais folgada na viagem.

Fotos: @autoindulgente

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

#carnalhau2016 - Fado

Voltando de Sintra, fomos assistir a uma apresentação de fado! Minha escolha foi a Tasca do Chico (na Rua do Diário de Notícias), que tem fado vadio às segundas e quartas. 
Fado vadio = fado cantado por gente-como-a-gente-só-que-afinada. Eles começam às 21h30 e vão até as 2h, com intervalos de 5 minutos entre as apresentações de 3-4 músicas. Quem canta bem, canta mais músicas; quem não é tão bom assim, é rapidamente rechaçado pelo mestre de cerimônias, um senhorzinho português muito engraçado e simpático.
A Tasca do Chico é um dos lugares mais conhecidos por fado vadio no mundo blogger. É altamente frequentado por locais, mas também por turistas. E TEM QUE RESERVAR! ou vai ficar de pé (isso, se tiver lugar para ficar em pé)! Eles não cobram couvert artístico, nem consumação mínima. Você pode se sentar e não tomar sequer uma taça de vinho. Ninguém vai te encher. Você só é mal visto mesmo se conversar durante as apresentações! Isso é imperdoável!!
Gostei muito da experiência (foi autêntico!), mas devo confessar que fado talvez não seja minha praia. Depois de 4 apresentações, fomos embora.

A Tasca do Chico não é um lugar para comer, certamente. O pastel de bacalhau estava frio e péssimo, o caldo verde estava passável, e até o jamón podia ter sido cortado com mais esmero...
A quem for lá, recomendo fortemente que 1) reserve; 2) coma uma entradinha como ameijoas à bulhão em algum bar da região antes da apresentação; 3) vá à Tasca e assista ao fado; 4) saia umas 23h e vá jantar apropriadamente em outro lugar.

Para quem quiser uma coisa mais “formal”, há vários lugares que servem jantar com apresentação de fadistas. A Patynha e o Mario L. foram ao Clube de Fado e gostaram bastante (comida boa e fado bem apresentado).

Um amigo meu que morou em Lisboa durante 6 meses, entretanto, recomenda ouvir fado em alguma tasca de Alfama, bairro onde este gênero nasceu. Nenhum lugar específico, só ir e se perder nas ruelas. Não há nada mais autêntico do que isto.

Além disso, a Boia também escreveu este post sobre diferentes lugares de fado.

Ou seja, tem para todos os bolsos e gostos. Boa sorte em encontrar o seu!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

#carnalhau2016 - Sintra

Segunda-feira, por estar a maioria das atrações de Lisboa fechada, foi dia de ir a Sintra. Acho que todo o mundo teve a mesma ideia, porque a cidade estava abarrotada. :/

Sintra é o bate-e-volta preferido dos turistas que estão em Lisboa. Pudera: são apenas 40’ de viagem de trem, por apenas 2,15 cada perna!

Embarcamos na estação de trem Rossio (um prédio bem bonito), curiosamente no metrô Restauradores (há um metrô Rossio!), às 9h20, para a estação Queluz-Belas (20’, 1,85), de onde se anda cerca de 1km para chegar ao Palácio de Queluz, onde morou a Rainha D. Maria I, a Louca, e sua nora Carlota Joaquina logo antes de fugirem para o Brasil, em 1807. Também foi neste palácio que nasceu e morreu D. Pedro I, o que gritou “Independência ou Morte” às margens do Rio Ipiranga!
A entrada do palácio é bem acanhada e feinha. Ele é térreo e está bem decadente, com a pintura bem gasta... Dá até uma vergonha alheia dos folhetos que dizem que é a Versalhes portuguesa...

A visita, porém, é interessante – o acervo conta com porcelanas da própria família real, muitos móveis, além de um painel muito bem feito e interessante sobre D. Pedro, que é uma pessoa muito mais interessante do que pintam nossos professores de História na escola... Ele morreu com apenas 35 anos, depois de ter declarado a Independência do Brasil, de ter renunciado ao Absolutismo a favor da Monarquia Constitucionalista em Portugal, de ter lutado corpo a corpo, literalmente nas trincheiras, contra as tropas de seu irmão traíra, D. Miguel. Foi uma vida e tanto!
As costas do palácio e seu jardim são o contrário da entrada – muito bem cuidados e vistosos! Merecem uma caminhada caprichada! O jardim tem um canal ornado de azulejos portugueses muito bonito. Saí com uma impressão completamente diferente da que entrei.




O Palácio de Queluz, o Castelo dos Mouros, o Palácio da Pena e vários outros pontos turísticos de Sintra são administrados por uma única empresa (a Quinta da Regaleira é à parte). Se você comprar entradas conjugadas, acaba saindo um pouco mais em conta, mas acho que devem ser compradas de uma só vez.

Fizemos a segunda metade da viagem de trem e chegamos em Sintra perto do meio-dia. A cidade me encantou logo de cara, com seus casebres e palacetes vindos direto dos livros mais peculiares de fábulas infantis e sua topologia absurdamente acidentada. Recomendo muito uma visita a esta cidade, de encher os olhos.
Almoçamos num restaurante bem simplesinho e simpático ao lado da prefeitura. Os clientes trabalhavam todos lá perto, conheciam os pratos de cor e chamavam o dono pelo primeiro nome (qual? Qual mais?! Manuel, ora pois!).
Queijada da Sapa estava fechada (sem comentários...), então fomos ao Centro Histórico atrás dos famosos travesseiros de Sintra da Piriquita. Ir à Sintra e não comer o travesseiro da Piriquita é como ir a Paris e não comer um macarron...
Fomos atendidos prontamente, no balcão mesmo, por um simpático atendente (fui muito bem atendida durante toda a viagem, os portugueses são muito educados). O travesseiro é mais suave do que o da Casa Mathilde (o único outro “travesseiro” que já comi) e é muito gostoso! Vale a visita – e ainda fica no meio do caminho!

(no final da tarde, voltamos ao Piriquita, mas não tivemos a mesma sorte... o café tinha gente saindo pelo ladrão e uma fila que saía para a rua... Por isso, tente ir em horários alternativos!)

Pegamos o ônibus 434 para o Castelo dos Mouros, com o bilhete de 5 (que dá direito apenas a ida-e-volta – se for fazer paradas múltiplas, é melhor comprar o diário de 12). Pelo mapa, o Castelo parece próximo ao Centro, uma caminhada leve... mas não seja sovina dessa vez e pague os 5! São MUITOS zigue-zagues e subidas íngremes! Um terror!
O Castelo é como o de São Jorge: sem uma construção de castelo em si, somente as muralhas, muitas muralhas, bem íngremes e escorregadias. Também está lá desde a época dos mouros (homonimamente). O visual dos miradouros é estonteante (ou talvez seja o efeito do cansaço depois de subir tanto). Foi o lugar favorito do HK em Sintra.


Voltamos de ônibus para o Centro e fomos a pé para a Quinta da Regaleira (tranquilo). Eu mal sei como descrever esta ex-residência que já pertenceu até a um brasileiro (foi ele, aliás, que deu a cara que o lugar ainda tem hoje)! É tipo o samba do crioulo doido na casa da mãe Joana! Capelas manuelinas, túneis misteriosos, lagos místicos, Poço Iniciático... tudo com um ar meio esotérico, mágico, louco...! Queria ter visitado com mais calma, tem muita coisa para ver, e o terreno é bem grande... O lugar é tão curioso e bizarro que não sei se “gostar” é a palavra mais correta... acho que melhor seria “instigar” ou “fascinar”.
Poço Iniciático
Acabamos nossa visita por volta das 17h e tivemos que voltar correndo para Lisboa. Tivéssemos mais tempo, teria ido ao Cabo da Roca, o ponto mais a oeste da Europa, que fica a uns 20' de ônibus de Sintra. #ficaadica

Além do Cabo, Sintra tem muitos outros pontos turísticos interessantes, como o Convento dos Capuchos, o Palácio Monserrate (imperdível, de acordo com o guia Francisco) e o Palácio dos Seteais, que é atualmente um Hotel Tivoli e serve um respeitável (e caro: 25 por pessoa) café da tarde. Vai do interesse e gosto pessoal definir qual vale mais a pena...

Fotos: @autoindulgente

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

#carnalhau2016 - Domingo em Belém

Aproveitamos que era o primeiro domingo do mês para visitar as atrações do bairro das Grandes Navegações (era de lá que saíam as caravelas rumo ao Brasil, Índias etc.) na Vasca!

Da Praça da Figueira (terminal do Elétrico 15, que é o que você deve pegar) até a Torre de Belém (na "paragem" Largo da Princesa), dá uns bons 60-70 minutos (sim, Belém é bem longe do Centro).
Chegamos logo antes das 10h, quando a Torre abre, e quase não tinha fila. Não são tantos degraus assim, mas a escada é BEM estreita! Ou todo o mundo sobe, ou todo o mundo desce. Por isso, tem um esquema legal de semáforos! Pena que as pessoas não respeitam muito...
Rumo ao Novo Mundo!!

Depois, fomos andando para o Padrão dos Descobrimentos, um monumento erguido em homenagem aos grandes navegadores, com um mapa mundi bem grande no chão, com as datas em que os portugueses chegaram aos vários lugares em que chegaram!
Não é imperdível, mas... já que você já está lá!

Fica aqui meu protesto contra os governantes de Portugal, que até hoje não fizeram um museu decente sobre esta que foi a época de maior glória de Portugal na História mundial. Não só de Portugal – foi um feito de glória da humanidade! Os homens que se lançavam ao mar com aquela tecnologia de araque sabiam menos sobre o que iam encontrar do que os norte-americanos, quando pousaram na Lua. É um verdadeiro absurdo que não haja um museu Smithsonianish sobre este momento...

De lá, atravessamos a rua para o Centro Cultural de Belém, que, além de ficar num prédio superbonito e ter uma feirinha de produtos locais (acho que somente aos domingos), onde compramos um queijo de ovelha de Trás-Os-Montes daquió, guarda o Museu Berardo, uma coleção particular (sic!) de arte moderna e contemporânea. Passei bem rápido pelo museu (que é gratuito sempre!) porque estava cheio daquelas obras que eu classifico dentro do master-blaster-mega movimento Dadaísta (está nesta categoria tudo o que eu não entendo e não vejo sentido nenhum).
Queijos portugueses
Novamente, atravessamos a rua para o Mosteiro dos Jerónimos, onde está enterrada uma galera: Camões, Vasco da Gama, Fernando Pessoa... e onde ainda existe um mosteiro (tanto que tinha uma fila bizarramente grande para entrar na missa... ???). O Mosteiro, assim como a Torre, foi construído nos padrões arquitetônicos manuelinos e é absurdamente LINDO, todo com detalhes entalhados. Gostei muito! É uma atração tem-que-ir com louvor!

Atravessamos a rua (dessa vez lateralmente) para chegar à casa dos Pasteis de Belém – os verdadeiros! Os demais são meros pastéis de nata.
A fila “para fora” é grande e não vale a pena: é muito melhor sentar numa das mesas (é fácil conseguir lugar).
O pastel (i.e. bolinho) de bacalhau (1,45) não passa vergonha, é ok para bom. Os pasteis de Belém (1,05) são realmente muito bons, com a casquinha folhada bem sequinha, e estão na categoria tem-que-comer, mas, sinceramente, não acho que o da Casa Mathilde deixe assim a desejar... e, como já disse no post anterior, o da Manteigaria, na nossa opinião, era ainda melhor.
Cardápio com um milhão de tipos de café

Pegamos o Elétrico 15 de volta para visitar o LX Factory (paragem Calvário), que é basicamente a Vila Madalena in a nutshell. Uma antiga vila industrial, gentrificada e cheia de lojinhas e cafezinhos bem hype. Não gostei, entretanto, que as pessoas podem transitar de carro pela vila e estacionar livremente. Isso acabou com metade do charme...


(também não curti muito o preço das coisas... hahaha! Achei tudo caro, especialmente considerando nossa moeda de m* desvalorizada; por isso, só demos uma volta e fomos embora)

Tomamos o Elétrico 15 até a Praça da Figueira, andamos até a Praça Martim Moniz e pegamos o favorito-dos-turistas Elétrico 28, linha que conserva os bondinhos da década de 50. Uma gracinha!
O Elétrico 28 na frente da Catedral da Sé, em Alfama
Nisso, já passava das 15h, então, almoçamos rapidinho num restaurantezinho simpático que surgiu no meio do caminho (bom, mas nada que mude a vida de alguém) e seguimos para o Castelo de São Jorge, cuja história remonta à época em que Portugal era habitada pelos mouros! 
Antes que você se pergunte, não existe mais uma construção do tal castelo em si; somente as muralhas, vistas de vários pontos diferentes da cidade, dada a sua localização privilegiada (no topo de uma das sete colinas que formam Lisboa).
Este é outro ponto tem-que-ver, mas recomendo fortemente que pense duas (ou mais) vezes se estiver chovendo, se tiver dificuldades locomotoras, se estiver com crianças pequenas ou bem grávida. Nossa, é muita subida e descida em degraus íngremes e pedras escorregadias. (Aliás, não achei Lisboa nada fácil para turistas com qualquer dificuldade locomotora... não chega a ser uma Ouro Preto, mas tem MUITAS ladeiras e escadarias, as pedras são escorregadias... Minhas panturrilhas voltaram trabalhadas!)

Passamos no Mirador Portas do Sol para ver o pôr do sol mais falado dos blogs. Pas malPas mal du tout!

Olha que curioso! Um banheiro público masculino assim aberto aos céus...
Nesta noite, fomos ao Grelha do Carmo, restaurante bem simplesinho e honesto recomendado pelo guia Francisco. Pedimos as ameijoas ao bulhão, abafadas com muito alho, salsinha e limão siciliano (superbom! Mas minha opinião é viesada porque amo mariscos) e o polvo à lagareira, assado na grelha, coberto de vinagrete e servido com macias e deliciosas batatinhas e salada de tomate (bom).
Uma coisa que achei bem curioso é quanto o português (isso aconteceu em diversas situações) é sucinto para descrever seus pratos. Sabe como o dono do restaurante, um senhorzinho fofo, descreveu as ameijoas para mim? “São fritas”. Ponto.
...
Sério, galera portuguesa, vai aqui outro desabafo: sem uma descrição decente, o prato fica menos convidativo!
Depois das ameijoas, o melhor da refeição foi a ginjinha, que o senhorzinho praticamente nos obrigou a beber (e nem nos cobrou) – ele mesmo a fazia, fermentando as ginjas em aguardente, deixando-a bem licorosa e docinha. Uma delícia! Preferi esta à original.


Para fechar o dia, nada melhor que outro pastel de nata da Manteigaria! ;)

Fotos: @autoindulgente

sábado, 13 de fevereiro de 2016

#carnalhau2016 - Dia 1 (sábado)

Passei o Carnaval em Lisboa!
Não, não sou rica (mas sou phyna!), mas deu certo de ir para Lisboa no Carnaval... e fui, oras pois!

Chegamos na noite de sexta-feira, passamos 4 dias inteiros, sendo 1 para bate-e-volta a Sintra, e voltamos na tarde da Quarta-Feira de Cinzas. Foi tempo suficiente para conhecer tranquilamente os pontos principais da capital portuguesa, que é bem compacta. 
Não fomos ao Parque das Nações porque, depois de pesquisar um pouco sobre o bairro, achei que não seria tanto do meu interesse, mas teria dado tempo de passear por lá, também.

Hospedamo-nos no Real Palácio, reservado via Hotwire1 há pouco menos de 2 meses: Um 5 estrelas por US$40 a diária!!! Gente, parece mentira... mas não é! Na verdade, deu US$41 + impostos (mesmo assim, menos de US$50). 
Ele não é um 5 estrelas **TOP**, já é meio decadente e sem gracinha... e o café da manhã não está incluso, mas a cama é confortável, o quarto é grande, o chuveiro é bom, tudo é limpinho e o serviço é competente e educado (fizeram reservas e deram boas dicas). Não poderia pedir mais. Para fechar com chave de ouro, ele é servido por 3 estações de metrô, de 3 linhas diferentes (a vermelha, a amarela e a azul). Recomendo.
Ainda pertinho do hotel, há a filial lisboeta da **superloja** espanhola El Corte Inglés (que tem de croissants Eric Kayser a bolsas Burberry) e uma filial do supermercado Pingo Doce, que é baratinho e tem garrafas d’água de 1,5l por inacreditáveis (e quase duvidosos) 0,16!!
1Honestamente, não sei se vale a pena usar o Hotwire em Lisboa (até agora, na verdade, o site provou seu verdadeiro valor somente em NY) – além de Lisboa ser pouco subdivida (consequentemente, dando-nos pouca segurança quanto à localização antes de fechar), vimos o mesmo preço no trivago.com uns dias depois.

No dia em que chegamos (bem tarde), jantamos n’O Prego da Peixaria. Prego = sanduíche típico português, com bife bem fininho (sugiro pedir mal passado, porque depois descobri que os portugueses tem mania de passar demais as carnes), servido em bolo do caco (um pãozinho típico da Ilha da Madeira, bem simples, parecido com uma ciabatta).
Gostei muito! São simples, quase caseiros, bem feitos e gostosos! Para acompanhar, pedimos uma batata doce frita superboa, crocante por fora e molinha por dentro. Não sei como não tem ninguém em SP fazendo isso!! (tem?)
Cada prego custa 8,50 e a batata, 1,50. 
Tem outros endereços em regiões mais turísticas. Vale a pena anotar esta dica.

No primeiro dia (sábado), fizemos o Sandeman’s Free Tour. Esta companhia, presente em várias cidades do mundo (especialmente na Europa), faz tours (normalmente, em inglês) completamente gratuitos – você paga uma gorjeta para o guia, se quiser e se gostar
Os guias sempre são muito bons, ótimos entertainers e dão um contexto histórico muito bom dos lugares por onde passamos, além de trivialidades curiosas, como, por exemplo: quando o café começou a ser exportado do Brasil, os lisboetas não curtiram logo de cara, acharam a bebida amarga e sem graça, chegavam a cuspi-la toda no chão. O dono do famoso e histórico café A Brasileira (que continua lá – e é muito charmoso, vale uma visitinha), perseverante na criação deste novo hábito, passou então a alertar com uma placa: Beba Isto Com Açúcar – e não é que deu certo??! Os portugueses curtiram tanto que, atualmente, é até difícil pedir o bom e velho cafezinho, de tantas opções no cardápio! Mas, para pedir um simples, a palavra que usam é “bica”! :)
Apesar de ter gostado do passeio, das explicações do guia etc., não aprovei uma coisa: diferente dos outros Sandeman’s que fiz, senti que este era bem pushy para vender outros tours (pagos), por Alfama ou por Belém. Chegamos a ter um intervalo, no meio do tour, em um café que tinha uma mesinha do Sandeman’s para venda desses outros. Achei meio desnecessário.

Pelas minhas pesquisas, descobri que há outro tour gratuito, saindo do mesmo ponto, às 10h, de outra cia: o Lisbon Free Tour. Só não fiz este porque quis acordar mais tranquilamente neste dia.

O tour passa por praticamente todo Chiado e Bairro Alto, terminando, depois de 2h30 (!!!), na Baixa, mais especificamente no Terreiro do Paço (nome popular da Praça do Comércio), onde ficava, de fato, o Paço Real, destruído no famigerado terremoto-tsunami-incêndio de 1755, que é um trauma maior na História lisboeta do que o abandono do país pelo Rei Dom João VI, em 1807.
No Terreiro, além de vários restaurantes altamente desaconselhados pelo guia Francisco, também fica o museu Lisboa Story Centre, que eu tinha vontade de conhecer, mas acabei não indo. Este post aqui (do ótimo Matraqueando) descreve a visita. Deve ser especialmente legal de visitar se estiver com crianças em idade escolar.
Terreiro do Paço
Fomos almoçar no Espaço Time Out do Mercado da Ribeira, que tinha gente saindo pelo ladrão, sendo sábado, 14h... (mesmo assim, não foi difícil encontrar lugar para duas pessoas)
O Mercado, que existe desde 1892 e ainda conta com uma seção de produtos frescos (só funciona na parte da manhã), ganhou, em maio de 2014, uma grande e variada Praça de Alimentação curada pela revista Time Out Lisboa. São dezenas de quiosques de chefs/ restaurantes portugueses renomados, como Marlene Vieira e Tartar-ia (que tem estrela(s) Michelin!). As mesas são enormes e comunitárias, mas o parentesco com os mercadinhos gourmet de São Paulo terminam aí: a comida é servida em porcelana; o vinho, em taças de cristal, o serviço é muito organizado (tem pagers, como no Outback, para facilitar a espera), mas os preços não são exatamente uma pechincha...
Apesar dos superlativos do lugar (ou provavelmente por causa deles), saí meio decepcionada. Comi um arroz de polvo do Monte Mar (€14) e um bacalhau à brás do Miguel Castro e Silva (€9). Achei que faltava personalidade em ambos. Não achei nada de mais. Mas acho que tive azar.


O que salvou o almoço foi a ótima e levíssima torta de maçã do Nós É Mais Bolos (€3,50). Bem boa. Vou tentar uma versão em casa. #staytuned



Voltamos para Chiado para bater perna e olhar prédios e mais prédios de azulejos portugueses. Passamos pela Livraria Bertrand, a mais antiga do mundo ainda em funcionamento; pela lindíssima (e carésima) loja A Vida Portuguesa, pelo shopping Armazéns do Chiado, que fica num prédio lindo, mas não tem nada de interessante dentro... Demos uma olhada na fila do Elevador Santa Justa2 – e desistimos, preferimos subir as escadarias para visitar o Convento do Carmo, cujo teto desabou durante o Terremoto de 1755. Esta é uma das minhas atrações turísticas favoritas da cidade. A igreja imponente, totalmente sem teto, só não ficou ainda mais fotogênica porque o céu cinzento não colaborou... :/

O Convento (e o Quartel do Carmo) encontra-se no Largo do Carmo, considerado o principal palco da Revolução dos Cravos, que determinou o fim da ditadura em Portugal, em 1974.

2Em relação ao Elevador, tenho 2 dicas interessantes (não usei nenhuma delas, mas ficam para a posterioridade você):
1) Para evitar as filas e as escadarias, pegue o elevador do prédio que fica à direita do Santa Justa – ele dá direto num shopping e é aberto a público.
2) Na Rua de Santa Justa (que fica de frente para o elevador), há uma loja chamada Pollux. Um casal holandês que estava conosco no tour disse que a vista do alto é muito bonita!

Comemos um pastel de nata na Manteigaria (€1), que provou-se o melhor pastel de nata da viagem (batendo, inclusive, o de Belém) porque seu creme era o mais leve e suave, e as fornadas, as mais constantes (SEMPRE quentinhos e fresquinhos)! Foi uma dica preciosa do blog Almost Locals (uma das blogueiras aparece no Lugar Incomum, da Didi Wagner). 


E fomos subindo pelo bairro Príncipe Real, por onde passamos pelas bacanésimas Embaixada Entre Tanto, duas galerias com lojinhas bem legais de designers. As ruas deste bairro estão cheias de outras lojinhas muito legais.
Loja na Entre Tanto
Átrio da Embaixada
Quando estávamos saindo da Entre Tanto, lá pelas 17h30, começou a chover e tivemos que voltar correndo para o hotel. Por causa da chuva, jantamos no El Corte Inglés (que tem uma espécie de praça de alimentação no subsolo), experiência esta que desaconselho com todas as minhas forças. Leitor nenhum meu deveria passar por situação parecida...

Fotos: @autoindulgente.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Pork buns

Adoro pork bun!
Se você faz coro, segue aqui:

Fiquei em dúvida entre duas receitas: a do Steamy Kitchen e a que dizem ser do Momofuku Noodle Bar (do chef-celebridade David Chang, que está com uma série super legal no Netflix). No final, fiz o bun do primeiro (porque a receita é da mãe da dona do blog – e senhorinhas chinesas sabem o que fazem!) e pork belly do segundo. Vamos às receitas e minhas modificações:

Buns
- 1 xícara de água morna (30-40ºC)
- 1,5 colher de chá de fermento instantâneo
- 1 colher de sopa de óleo (usei canola)
- 3 colheres de sopa de açúcar
- 2,5 xícaras de farinha de trigo (a receita original diz 3 xícaras, mas a massa já mais que deu ponto na hora, o que me faz crer que ela poderia ter levado menos farinha e ficado mais leve)
- ¼ colher de chá de sal
- ½ colher de chá de fermento em pó
- 1 colher de sopa de leite desnatado em pó (este não está está na receita original, mas vi o David Chang falando na Martha Stewart que é o leite que deixa a massa mais elástica e resolvi colocar. Mal não fará, pode ir com fé)

Na tigela da batedeira, coloque a água, óleo, fermento e açúcar. Deixe descansar por 1 minuto até que o fermento comece a borbulhar. Acrescente a farinha, o fermento, o sal e o leite, nesta ordem. Comece batendo em velocidade baixa, com a pá, por 2 minutos. Acrescente mais farinha, se necessário, colher a colher, até que a massa deixe de grudar nas bordas da tigela. Troque para o gancho e bata por mais 6 minutos (a receita original diz 4), até que a massa esteja bem lisa e homogênea.
*Se a sua batedeira não for potente, sove na mão mesmo, ou você vai acabar pifando a bichinha.
Polvilhe a bancada com farinha e sove sua massa por mais alguns minutos (eu sugiro 5 – isso já vai ser seu exercício do dia, acredite em mim!). Modele a massa em uma bola, coloque de volta na tigela, cubra com uma toalha limpa e deixe descansando por 1-2h, até dobrar de volume.
Coloque a massa de volta à bancada e sove mais alguns minutos (eu sugiro 4). Corte a massa em duas partes. Gentilmente, modele sua massa em um rolo e corte cada rolo em 6, 7 partes (cada parte deve ter por volta de 30-35g; os meus pesavam entre 50-70g e ficaram grandes demais!). Como vamos trabalhar cada parte por vez, cubra o resto da massa com um plástico, para não resseca-la.
Puxe as extremidades de cada parte para o centro, para formar uma bolinha quando vira-la (as fotos no link ajudam bastante). Então, na bancada, passe um rolo pela bolinha, deixando-a com formato oval (deixe o disco fino, com cerca de 0,5cm de altura – lembre-se que a massa ainda vai crescer um pouco mais), pincele óleo sobre a superfície e feche como um sanduíche, pressionando levemente. Corte quadrados de papel manteiga, distribua os buns em cima dos quadrados e deixe descansar por mais 30 minutos.
Comprei meu vaporizador de bambu na Liberdade, no Ten-man-ya, mas tem em várias outras lojas. Não encontrei o suporte que a Jaden mostra nas fotos, mas não faz falta. O importante é que o vaporizador encaixe na panela, de forma que todo o vapor passe pelos andares do vaporizador.
Coloque um dedo de água na panela, cubra com o vaporizador e leve ao fogo alto. Quando você vir vapor saindo pelos andares, diminua o fogo para médio e conte 5 minutos. Desligue. Aguarde pelo menos 1 minuto antes de abrir a tampa do vaporizador.

AvaliaçãoAdorei a receita! Deu tudo certo, ficaram muito fofinhos e branquinhos! Única alteração, da próxima vez, será a farinha (testar primeiro com 2,5 xícaras, ao invés de 3 direto).

Pork belly
- barriga de porco sem pele (com aproximadamente 1,2kg) (o melhor, já aviso, é encomendar com seu açougue de confiança ou na feira, para que ela venha com bastante carne, bem suculenta, ao invés de baixinha, só com gordura)
- ½ xícara de sal
- ½ xícara de açúcar
- 4 ½ xícaras de água
- ½ xícara de caldo de frango

Dissolva completamente o sal e o açúcar em 4 xícaras de água, despeje o “soro” em um saco plástico grande com a barriga, tire o ar e feche. Deixe na geladeira por, pelo menos, 12h (até 24h).
Descarte a salmoura, coloque a barriga (gordura para cima) em uma assadeira, com a ½ xícara de água restante e o caldo de frango, cubra com papel alumínio e coloque no forno pré-aquecido a 150ºC por 2h.
Ao final deste período, retire o alumínio, aumente o forno para 250ºC e deixe mais 20 minutos, para que a carne fique dourada.
Corte a carne em fatias finas e reserve (a receita original manda você deixar no caldo da assadeira, mas não tive coragem... era gordura demais, quase infartei só de olhar).

AvaliaçãoFicou bem gostoso! Primeira vez que eu faço por salmoura e adorei a facilidade e praticidade da receita. Mesmo assim, acho que, da próxima vez, vou testar a receita de pork belly que está no Steamy Kitchen.

Para acompanhar, fiz também Picles de Cebola Roxa (do David Lebovitz, no site Panelinha):
- 1 cebola roxa grande
- ¾ xícara de vinagre branco
- 50g de açúcar
- pitada de sal
- 1 folha de louro
- 5 allspice berries (não faço ideia do que seja isso, então não usei)
- 5 dentes de alho inteiros
- 1 pimenta dedo de moça seca (também não tinha, usei flakes de pimenta calabresa)
- também coloquei 3 cravos, 1 pau de canela e 5 grãos de pimenta do reino

Corte a cebola em anéis finos e reserve.
Em uma panela pequena, coloque todos os ingredientes (com exceção da cebola) e leve ao fogo até levantar fervura. Acrescente as cebolas e mexa por 30 segundos, até que elas murchem.
Remova do calor e espere esfriar completamente para colocar em um vidro.

AvaliaçãoAdorei esta receita! Primeira vez que faço picles de qualquer coisa na vida. Quero fazer de tudo agora! Dá um toque ultra especial nos buns.

Para servir, abri os buns, coloquei 2-3 fatias de pork belly, acrescentei rodelas finas de pepino, picles de cebola roxa, cebolinha cortardinha fininha e gojuchang (molho de pimenta coreano). Ficou ótimo!!!

Há quem coloque molho hoisin, mas eu não tinha...
O próximo será de bulgogui, com molho de bulgogui, alface romana e picles de rabanete!! Uhuuu!