quarta-feira, 28 de julho de 2010

Como comer bem na José Paulino

Toda vez que eu ia me munir de roupas e acessórios a preço de banana na José Paulino, sempre voltava para casa verde de fome, supercansada e pensando que só voltava daqui a um ano - e olhe lá!
Sábado passado, descobri um motivo para voltar mais frequentemente ao Bom Retiro: o Bistrô da Sara, um dos restaurantes mais famosos do bairro, compensa a ida até lá!! Se você não quiser voltar com sacolinhas, ótimo; se quiser, ótimo, também - é o lugar perfeito para recarregar as baterias antes de ir para casa experimentar tudo que você comprou!
Apesar do nome e do bairro, a comida é bem diversificada e não tem nada de judaica. Antigamente, quando a dona realmente se chamava Sara, servia-se comida judaica; mas, hoje, a dona se chama Sandra, e a comida é brasileira.
O forte é o buffet, cujas opções mudam diariamente e ficam expostas numa lousa, na entrada do bistrô, mas há opções a la carte (pouquinhas, mas bem interessantes, como risoto de arroz negro com abadejo com crosta de lemon pepper, ou quiches com saladas) também. O buffet, além de ser rico em saladas, também tem pães feitos no próprio bistrô, carnes e frutas para grelhar na hora (frango, linguiça, abacaxi, banana da terra...) e pratos quentes, com toques tropicais, como espetinho de peixe com banana da terra grelhada, ou rabada com polenta.
O tempero é ótimo, e as combinações, inusitadas. Eu adoro comer um prato gostoso e pensar "nossa, não faço nem idéia do que tem aqui", de tão diferente que é o sabor. E são assim os pratos do Bistrô da Sara. Tudo é muito saboroso no sentido mais literal da palavra - CHEIO DE SABOR! Uma delícia!
Não são muitas as sobremesas, mas quase todas me deixaram com água na boca. Acabei indo de cheesecake de pistache com calda de frutas vermelhas. É massudo e pesado e, não fosse a ajudinha da tia do HK, acho que dificilmente teria conseguido comer inteiro, mas é gostoso mesmo assim. Doce no ponto exato.

O restaurante fica a meio nível abaixo da rua (o nome do bistrô já foi Buraco da Sara), e a decoração é toda fofa, rústica, com bonecas de pano e flores artificiais. Muito aconchegante.
O atendimento é muito bom - ágil e atencioso, mas a moça que recepciona as pessoas (que eu suspeito ser a Sandra) definitivamente não é das mais simpáticas e solícitas...

O buffet custa R$ 32 por pessoa, os pratos saem entre R$ 19 e R$ 23, e as sobremesas custam quase todas R$ 13.
O almoço saiu R$ 42,50 por pessoa.

Voltarei: com certeza.
Para ir: depois de umas comprinhas.
Tipo: culinária variada.

Serviço de utilidade pública: Rua da Graça, 32, Bom Retiro - tel. 3362-1725 (não tem site)

Fotos: Helio Kwon e Fernanda I.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sopão do Ceagesp

O Ceasa está na moda, né?
Deve ser por causa da novela Passione.
Só sei que tenho ouvido notícias mais frequentes desse fervilhante mercado.
Uma das que li foi essa: "Sopa do Ceasa volta a ser servida de madrugada", na Veja, e, como sou devoradora voraz de sopas, aproveitei uma noite fria para experimentar a famosa sopa de cebola com o HK.

Na entrada, somos cordialmente recebidos pelo maître e levados até a mesa.
O lugar é bem simples, lembrou-me o bandejão da USP, mas confortável.
Os garçons não estão individualmente separados por mesas, então, é capaz que você fique esquecido por um tempo (o que, de fato, ocorreu), mas não por muito, porque eles são bem atenciosos (e muito simpáticos).
O serviço é bem rápido. Pedimos e, menos de 10 minutos depois, já estávamos comendo!
A sopa...
A sopa é gostosa, tem uma consistência ótima (odeio sopa grossa demais), tem um cheiro bom, vem com uma torradona em cima, o que é uma boa idéia para as minhas sopas caseiras, e é fartamente coberta por queijo ralado. Mas é isso.
Se o Ceasa fosse perto de casa, capaz que eu fosse lá mais vezes; mas, sinceramente, não sei se compensa.


Informações úteis:
- é servida entre terça e quinta-feira, das 20h às 2h; ou de sexta e sábado, a partir das 20h
- vai até dia 30 de setembro
- a sopa custa R$ 15, com couvert (pãozinho italiano, com patê)

Serviço de utilidade pública: Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946, Vila Leopoldina - entrada pelo Portão 3
Fotos: Fernanda I.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quem comeu, comeu; quem não comeu...

Nossa... ando sumida.
O trabalho está me consumindo.
O João, que trabalha comigo, está em férias, e eu tenho que cobrí-las.
Foi para a Europa, com um amigo, assistiu a final da Copa em Madri, na Fan Fest, que eu não sei o que é, mas foi o que ele me escreveu ontem, por e-mail. E ainda me confidenciou "O pior eh que eu ia te mandar um email hj perguntando como estavam as coisas"... coisas de nerd...

Enfim, a caixa de mensagens continua bombando, mas hoje é sexta-feira e eu vou parar 15 minutinhos para escrever sobre a minha maratona oriental de domingo passado.

Domingo passado, chove-não-chove, fomos prestigiar o XIII Festival do Japão (acho que fui em 12 das 13 edições!), lá no Centro de Exposições Imigrantes.
Uma fila de carro ABSURDA para chegar ao estacionamento (havia ônibus gratuito saindo da estação Jabaquara, mas me disseram que a situação não estava melhor), R$ 20 de estacionamento (pelo menos, ficamos numa parte coberta) e milhares, milhares, milhaaaares de japoneses juntos num mesmo lugar.
O Festival é dividido em área de exposição (de Yakult a origami, passando por ikebana) e área de gastronomia, com pratos típicos divididos por regiões do Japão. Recebemos um livretinho na entrada, com uma lista de todas as regiões e os pratos oferecidos em cada lugar... tanta comida boa!! Tanta comida diferente...!
Por exemplo: em Akita, serviam o kiritampo (arroz enrolado no espeto, assado e cortado, com verduras, cogumelo japonês em uma sopa de frango); uma especialidade de Nara era o kakinoha-sushi (sushi em forma de cubo, envolto em uma folha de caqui, que, em contato com o sushi, produz um aroma único); em Wakayama, havia o disputadíssimo kansai okonomiyaki (panqueca japonesa, preparada na chapa e servida com bacon, maionese, molho especial e peixe ressecado) e, em Tottori, de onde vem parte da minha família paterna, o gyudon (foto) (arroz branco, coberto com carne e cebola refogada com suave sabor adocicado). HK e eu decidimos que o gyudon é o bulgogui japonês!
Os pratos custavam por volta de R$10, R$ 15, e as porções eram suficientes para você conseguir comer sozinho 2 delas.
Tudo muito bem feito... uma delícia!

Bom, todo esse post para falar o seguinte: há mais coisas entre o sushi e o sashimi do que supõe a nossa vã filosofia.

E, como ainda falta 1 semana para o João voltar para o banco, vou voltar aos meus e-mails (profissionais), porque, se algum problema estourar, ainda estourará sob minha gestão.
Hahahaha!

Foto: Helio Kwon.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Pior Nome do Mundo

Ontem, fomos tomar um café n'O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo, na Oscar Freire.
Não é a primeira vez que como o auto-intitulado melhor bolo de chocolate do mundo, mas é a primeira vez que lembro de escrever sobre ele aqui.

Gente... não há nada pior para qualquer coisa do que altas expectativas...

Neste sentido, devo admitir que meu blog deve ser uma péssima propaganda para os restaurantes dos quais gosto... acaba com qualquer surpresa... a pessoa chega esperando a 8ª maravilha do mundo quando, na verdade, é só um prato muito, muito bem feito.

Voltando: Primeiro que o "melhor bolo de chocolate do mundo" nem é um bolo, é uma torta, porque é feito de camadas de merengue e de ganache de chocolate, sem massa.
Segundo que ele é gostoso, mas está longe de ser o melhor bolo/torta de chocolate do mundo. Já comi melhores de todas as minhas tias. E isso porque não sou uma apreciadora voraz de chocolate e não como todos os bolos de chocolate que tenho chance.
Terceiro que o café é médio.
Este último comentário nada tem a ver com o bolo/torta, mas o HK, que é especialista em café, não gostou e pediu para mencionar.

Mas a questão resume-se a: se o café chamasse Um Bom Bolo de Chocolate, eu esperaria um bom bolo de chocolate e ficaria satisfeita.

Serviço de utilidade pública: R. Oscar Freire, 125, Jardins - tel. 3061-2172 + 3 endereços em São Paulo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um cupcake para chamar de meu

Depois de procurar, procurar, procurar, acho que finalmente posso me dar por satisfeita! Os cupcakes da Cupcakeria podem não ser iguais aos da Hummingbird ou aos da Cakes by Jan, mas são bastante gostosinhos e já têm uma nova fã!!
Ontem, experimentei 5 sabores: red velvet, chocolate com coco, piña colada, três limões e baunilha. O de piña colada, meu pai comeu e eu nem senti o cheiro, mas os demais estavam bem gostosos: bolos úmidos, mas não a ponto de achar que a massa está mal assada; cobertura docinha de buttercream, mas em quantidade suficiente para não enjoar; recheio, sim, mas bem pouquinho...
Como disse minha mãe, não tem supergosto de feito-em-casa, mas, num momento de quero-comer-um-bolinho-bom-sem-sujar-a-louça, é uma nova ótima opção!!! Aliás, meu favorito foi o red velvet.

O melhor de tudo é que minha vontade não precisa dar um aviso de alguns dias de antecedência: a Cupcakeria abriu uma vendinha no Shopping Paulista, do lado da Praça de Alimentação!
* Obrigada, Sorah, por esta ótima dica!!

Não bastasse isso, as caixinhas são lindas!

Ponto negativo? Eles ainda não aceitam cartão... só dindim... mas isso será resolvido em breve!

Cada um custa R$ 6.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Liquidação na Oscar Freire

Você, chic, que faz compras na Oscar Freire (aproveitem, está tudo em liquidação de inverno), já tem onde comer sem comprometer o budget destinado a roupas & sapatos: Oscar Café!

O Oscar está dividido em dois ambientes: a rampa de cima leva ao restaurante; a de baixo leva a um charmoso café, que eles chamam de "empório" porque, além de quitutes, também vendem livros, charutos e presentinhos!


O ambiente é charmoso e a decoração tem toques inspirados (espelhos venezianos, milhares de quadros com motivos mil, papel parede - AMO), mas a música oscila bastante: há dias com agradável música ao vivo (voz e teclado), outros com jazz e outros com dance completamente destoante.


Você vai olhar o cardápio e pensar "Fernanda, você deve estar ficando louca... almoçar aqui vai me custar um sapatinho da Capo D'Arte", mas isso porque se esqueceu de notar a lousinha bem na entrada do restaurante: durante o almoço, há o menu du jour, com entrada, prato principal e sobremesa por R$ 29; à noite, o menu de la nuit, com os mesmos pratos + 1 drink (muitas vezes, alcóolico) por R$ 35! Nada mau, concorde...

No dia em que HK e eu fomos, o menu de la nuit era composto de tartelette de brie com cebolas caramelizadas + caldinho de cenoura com leite de coco de entrada, risoto de alho poró com escalopes ao Porto de prato principal, soda sabor amora e merengue de morango de sobremesa.
A tartelette de brie tinha um tamanho indecente de pequeno - meu nome para ele seria microcanapé de brie. Independente disso, estava muito gostoso. O risotto não estava tão ao dente quanto deveria, mas estava muito saboroso, assim como a carne, que poderia estar menos passada. O molho de vinho do Porto estava indefectível. Muito gostoso! E a sobremesa estava boa, mas... senti falta de mais suspiro... e teria, se pudesse, escolhido outra das sobremesas do cardápio.

Em outra visita, com a Patynha e minha irmã, experimentei outras sobremesas muito boas, como o brulê de tapioca e o petit gateau com pedaços de banana. Boa pedida!


Na hora da conta, sem surpresas: R$ 35 + 10% do serviço!

Mas não se engane: exceto pelos menus, o resto do cardápio é bem carinho... foi lá, por exemplo, que a Z comeu a omelete mais cara da vida dela!! Rs

Voltarei: Sim, boa opção!
Para ir: com grupos pequenos
Tipo: café com pratos

Fotos: Fernanda I. e Helio Kwon

Serviço de utilidade pública: R. Oscar Freire, 727, Jardins - tel. 3063-5209