sábado, 30 de junho de 2012

Sopa toscana de feijão branco e suas variações

Há tempos já que eu sigo o blog Technicolor Kitchen... uns bons 3 anos, pensando bem! Eu adoro as receitas da Patrícia Scarpin e, principalmente, as lindas fotos que ela tira... são elas que mais me inspiram a reproduzir as receitas!

Há um tempinho, reproduzi a receita da Sopa Toscana de Feijão Branco - uma delícia!!!
Dá uma olhada na receita:

Sopa toscana de feijão branco

- xícara medidora de 240ml


2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 alhos-porós, somente a parte branca, bem picadinhos
1 cebola bem picadinha
6 dentes de alho bem picadinhos
400g de feijão branco seco, colocado de molho em água fria na véspera, escorrido
5 xícaras (1,2l) de caldo de legumes ou de galinha
1 ¼ xícaras (300ml) de creme de leite fresco
sal e pimenta do reino moída na hora
azeite de oliva extra-virgem, para regar

Aqueça o azeite em uma panela grande, em fogo médio. Junte o alho-poró, a cebola e o alho e refogue até que estejam macios (8-10 minutos). Junte os feijões e o caldo, deixe ferver e então cozinhe em fogo médio-baixo até que os feijões estejam bem macios (30-45 minutos; adicione mais caldo se os feijões começarem a secar).
Enquanto isso, prepare os croûtons: aqueça o azeite em uma frigideira grande, em fogo médio. Acrescente os cubos de pão e vá mexendo até que dourem e fiquem crocantes (2-4 minutos). Retire do fogo e coloque os croûtons sobre papel toalha.
Transfira a sopa para um processador de alimentos ou liquidificador e bata, aos poucos, com o creme de leite até obter uma mistura homogênea. 
Tempere a gosto e sirva quente regada com azeite e acompanhada dos croûtons.

Rend.: 6 porções



Na verdade, na primeira vez, fiz algumas alterações - fritei bacon, usei a gordura para refogar a cebola e não adicionei o creme de leite. Ficou ótimo.
Dessa vez, então, ficou melhor ainda - como não tinha alho poró no Pão de Açúcar, compramos couve manteiga. Fiz tudo igualzinho a primeira vez (com bacon) e, depois de pronto, acrescentei a couve e deixei mais uns 5 minutinhos. Além disso, também fiz na panela de pressão (20min depois da pressão) e não passei toda a sopa no liquidificador, gosto que ela fique com uma certa textura. E temperei com um toquinho de nada de Tabasco e de cominho.


Não ficou com uma cara ótima??

Foto: Helio Kwon.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pandaréu


Quem diria que isso sairia da minha boca... mas a época da Vila Olímpia deixou saudades.
Primeira coisa é o Boteco do Seo Gomes, que tem comidinhas memoráveis. Segunda coisa é o Shopping Vila Olímpia que, deliciosamente, está sempre vazio e em promoção, com suas lojinhas cariocas com roupas fofas!
(o HK ainda citaria o Triozinho, na Raja Gabaglia, que está para o Trio assim como a Marc by Marc Jacobs está para a Marc Jacobs – mesma qualidade, pela metade do preço. Até dividem a mesma cozinha. O restaurante, esquema buffet, opções não muito variadas mas sempre bem acertadas, é muito bom e recomendável. E ainda tem a melhor torta de banana que já comi na vida – e isso inclui a do Coco Bambu)

No Shopping Vila Olímpia, recomendo o Pandaréu para tomar um café, fazer um chazinho da tarde ou um almoço leve. HK e eu sempre comíamos um sanduíche aberto/ openface (o de frango tem aparência duvidosa, mas gosto bom. O de rosbife é meu favorito) e dividíamos um suco (todas as combinações são esdrúxulas, nem se dê ao trabalho), mas o que me faz voltar é o bolo de frutas, servido quentinho com uma cobertura de cream cheese no seu melhor momento “bolo de cenoura american style” (R$ 7,70). Adoooooro!!!!

Minha irmã também recomenda o crumble de frutas vermelhas. Mas ela nunca comeu o meu crumble de frutas vermelhas para saber... hahaha!

Voltarei? Sim, quando não estiver com gula apetite suficiente para pedir um bolo de cenoura American style da Joyce Galvão.
Para ir: quando estiver no Shopping Vila Olímpia.
Tipo: Café/ refeições rápidas.

Foto: Helio Kwon

Serviço de utilidade pública: Rua Olimpíadas, 360, Piso Térreo – tel. 3342-5391

terça-feira, 26 de junho de 2012

Coco Bambu


Uma das recordações mais tenras da minha infância são as missas budistas a que ia com minha família. Missa de 1 semana, de x meses, de x anos... Ninguém da minha família é religioso fervoroso (ninguém era, na época, pelo menos), mas a gente sempre tinha missa para ir. Era tio, primo de tio, tio-avô, um monte de gente que eu nunca conheci, mas juntava toda a parentada e, depois da missa, sempre tinha um “chá” cheio de guloseimas, tipo frango-com-tudo-dentro – de coxinha frita a makisushi! Hahahaha!
Agora, épocas modernas, minha família aboliu o tal chá. Dá um trabalho danado para os parentes mais próximos do falecido, que têm que preparar tudo... mas o hábito de se reunir e comer depois da missa, obviamente, permaneceu.

Sábado passado, depois da missa de 10 anos de falecimento do meu avô paterno, fomos ao Coco Bambu.
O Coco Bambu é um restaurante para eventos. Enoooorme, 3 andares, muitas mesas... Chegamos lá antes das 19h de sábado e não havia mais mesa para 14 pessoas (tinha no terraço, mas estava frio que só) – um andar inteiro reservado para um aniversário, outras mesas gigantescas reservadas para outras comemorações e por aí vai (ô desgraça de cidade)... Entretanto, felizmente, o atendimento é rápido, eficiente e prestativo – o Lailson, maître do andar JK (último), colocou nosso grupo em 2 mesas do lado uma da outra, quentinhos, dentro do salão.

A mesa “dos jovens” (hahaha), com 8 pessoas, pediu 2 porções de escondidinho de carne seca e 1 de lula à doré, de entrada; camarão internacional ecamarão jangadeiro, de prato principal, e uma cocada e uma torta de banana, de sobremesa. A mesa “dos velhos” (hahahahahahahahaha), com 6 pessoas, pediu uma moqueca e uma rede de pescador, de prato principal, além de um sorvete, uma cocada e uma torta de banana de sobremesa.
(Nem ouse me perguntar em que mesa me sentei!)
As entradas, as únicas coisas em tamanhos padrão, realmente só serviram para abrir o apetite. O escondidinho estava exagerado no creme e um tanto pesado, mas a lula estava boa – sequinha e não borrachuda. Os dois camarões, em porções trogloditas, servem tranquilamente 4 pessoas (eu diria 5), cada uma. Não recomendo o jangadeiro (espécie de arroz a grega com batatas gratinadas ao centro e camarões empanados, recheados de catupiry), que nada tem de especial, mas até pediria o internacional novamente (com arroz, batata palha, ervilha, creme branco, muito farto em camarão). Não lembro o valor exato de cada um, mas ambos próximos de R$ 100.


Camarão Internacional
Camarão Jangadeiro
Da rede de pescador (R$ 200 e pouco, servindo 4 pessoas), só tirei foto, porque acabou em poucos minutos... mas a moqueca de camarão estava bem gostosa e cremosa.

As sobremesas (na faixa dos R$ 15 – 20) estão longe de ser imperdíveis, mas, se o seu sweet tooth estiver gritando, vá de cocada, que lembra uma queijadinha quentinha e cremosa no centro. Gostosinha.

A mesa dos jovens, como não poderia ser diferente (alguns planejando casamento, uma só com bolsa de mestrado, outra muquirana mesmo...), pagou R$ 56 por pessoa; enquanto a mesa dos velhos pagou R$ 75. Preço definitivamente justo para uma cidade como São Paulo.

Mudando um pouco de assunto: a gente vê que está ficando velha quando acontecimentos dos quais você se recorda vivamente, porque era já grandinha na época, começam a completar 10 anos, né...

Voltarei? Claro que eu prefiro o Le Jazz ou o Mello e Mellão (restaurantes com custo parecido), mas vai tentar sentar 14 pessoas nesses lugares!!! Parafraseando o Luiz Américo, “a essência do programa é a seguinte: Porções tamanho G, recomendadas para mesas numerosas, com fartura de matéria-prima”. Voltarei, sim. Em aniversários, confraternizações, amigos secretos...
Para ir: Com muitas pessoas.
Tipo: Frutos do mar. E repito: “Porções tamanho G, recomendadas para mesas numerosas, com fartura de matéria-prima”

Fotos: Helio Kwon e Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: Av. Antônio Joaquim de Moura Andrade, 737, Itaim Bibi – tel. 3051-5255.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Post-scriptum: Izakaya Issa

Veja o primeiro post que escrevi sobre o Izakaya Issa aqui.

Voltamos ao Izakaya Issa no domingo à noite.
Tentamos o Aska primeiro, mas quê fila medonha era aquela??? E ainda fecha às 21h30...
Izakaya lotadão, só gaidjin, Dona Margarida e suas colegas sempre simpáticas e a postos – tudo como sempre... não tem erro.

Pedimos o nabeyaki udon (R$ 30) e um oniguiri de ume (R$ 6). O udon tem um tamanho razoável e, como o caldo é feito com missô, é forte e bem marcante e, por isso, acaba ficando meio enjoativo no final. No final, eu ressalto. O oniguiri estava delicioso. Ótimo ume (que é uma conserva azedinha de ameixa japonesa) e ótimo arroz!! Mas, se não tiver acabado de voltar de um churrasco, como eu, peça o outro oniguiri, com carne de porco fatiada (R$ 10)... eu amoooo!
Okonomiyaki (R$ 28) e tako yakis (R$ 28) continuam os mesmos ótimos.
Vá de saquê mesmo (R$ 18 a R$ 20), porque não compensa pedir refrigerante – superestimados R$ 6!!!
Agora, contas superiores a R$ 50 podem ser pagas em crédito. Se não, só débito/ dinheiro, ok?

Serviço de utilidade pública: Rua Barão de Iguape, 89, Liberdade – tel. 3208-8819 – abre todos os dias, 18h30 – 23h30

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Casa das Ostras: Caldinho de Sururu

Sábado passado, resolvi minha vida na 25 - comprei tecidos para as cadeiras da sala de jantar¹, escolhi tela para o tapete do quarto, comprei bexigas de botinhas para Theodoro... E depois de ser tão eficiente, me recompensei com uma ida ao Mercadão!! Como eu adoro aquele lugar!!!

(o HK tem um amigo, o Diogo, que me disse no próprio sábado que nunca havia ido ao Mercado Municipal. Ele vive em São Paulo há mais de 10 anos. Para mim, isso é uma confissão... porque é um crime nunca ter ido lá.
Daí, ele disse que se interessou por um curso do Viandier, em que o chef vai com um grupo de pessoas ao Mercadão, dá dicas de compras, de como escolher, faz um tour, compra os ingredientes e todos voltam ao Viandier para o preparo do almoço. Claro que é bacana e interessante e válido, mas... pelamor, Diogo, para com essa frescura e vai conhecer sozinho!)

Fui sedenta por um caldinho de sururu (R$ 10), d'A Casa das Ostras, que apareceu no Estadão na sexta-feira passada. A descrição era das melhores: "O caldinho de sururu da Casa da Ostra, no Mercadão, é para os fortes. (...) Com muita cebola, tomate e a dose certa de coentro, ele é servido num generoso bowl, que vem lotado do pequeno crustáceo", mas o que encontrei foi um caldinho ralo, numa cumbuquinha, com sururu para contar nos dedos de uma mão e, pior, MORNO!!! Afe... e pensar que eu poderia ter comido um sanduíche de mortadela! Humpf!
O que salvou foi o atendimento, super cordial, e o caldinho azul marinho, que me deram de cortesia (só para degustar). Para não passar aperto como eu, peça por este, feito de cabeça de garoupa e banana da terra, que dá a incrível coloração natural azul marinha. Estava bem gostosa!



¹A fernandica para comprar tecido para decoração é a loja Aladim, que tem muitas, muitas, muitas opções de tecidos e estampas. É praticamente impossível sair de lá insatisfeito!

Voltarei? Não pelo caldinho de sururu. As ostras seriam uma boa desculpa, mas são catarinenses, e eu prefiro as de Cananéia, menorzinhas. O caldinho de sururu, já prometi para mim mesma, só tomo de novo em São Paulo no Pirajá. Delícia!
Para ir: quando estiver de feliz na 25.
Tipo: estilo botequinho.

Foto: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: Rua Cantareira, 306 - R:A-Box 33, Centro - tel. 3313-4824 (não tem site, que eu tenha achado)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Bistro Kazu


Esta semana mesmo estava vendo uma reportagem no telejornal sobre uma enfermeira que foi despedida porque colocou no Facebook fotos suas no seu local de trabalho, um hospital. A enfermeira aparece abraçada com colegas, fotos absolutamente normais, como as que a gente tira com amigos. O hospital alegou que as fotos sugerem que a enfermeira estava brincando em serviço, e a enfermeira diz que era um momento de calma no hospital, durante um plantão. A Justiça deu razão ao hospital, e a enfermeira continua desempregada.

Essa história me faz me calar sobre a razão de porque experimentei o Bistro Kazu esta semana.
Melhor não comentar nada sobre o trabalho.

O Bistro Kazu é uma descoberta impagável da Camila, amiga da Patynha. Ela já morou um tempo no Japão e disse maravilhas do oniguiri (arroz japonês em forma de triângulo, podendo ser recheado ou não), que era "igualzinho ao do Japão".
Minha irmã, que é uma draga, não conseguiu esperar nem uma semana para pedir. Olha o relato da bicha lombriguenta:

Roger e Akemi,
Para vcs ficarem com água na boca: ontem, pedimos Bistro Kazu na janta! Peçam com bastante antecedência. Como já tem este aviso no site, liguei umas 19h e eles entregaram às 20:30, conforme informado.
Nós pedimos o obentô especial. Vinha com tirashisushi (que eu amo), acompanhado de umas 7 fatias de sashimi (salmão, atum e polvo), um pedaço de omelete meio adocicado, um gyoza, dois pedacinhos de peixe empanado, um pouquinho de harussame, um empanadinho de kani e um tempurá de camarão. Eita, vou dizer: tava muito bom! E vem embalado tão bonitinho, no capricho! Vem com shoyu e até wasabe embalado pequenininho!
Por causa da gula, ainda pedimos uns oniguiris recheados, mas depois de comer o obentô, não deu pro oniguiri. Falei pra mamãe não deixar papai comer tudo hoje antes de eu chegar.
oniguiri quando chegou estava quentinho! Devia estar bom que só! Pena que não coube... Hahaha!
Bom, não sei se é porque minha voz é mais bonita, mas meu pedido foi atendido em INACREDITÁVEIS 20 minutos!!
Pedi às 13h05, deram-me a previsão de 14h, mas, às 13h25, o motoboy me ligou, pedindo para descer ao térreo. Uhuuuu!
Meu obentô pequeno de yakiniku (R$ 14) veio superbem montadinho e caprichadinho, com o que devia ser quente, quente, e o que devia ser frio, frio. Vieram 2 oniguiris (arroz fantástico, bem macio, ótimo), yakiniku (carne refogada com cebola e molhinho, meio agridoce... adoro!), conservinhas japonesas, um guioza maravilhoso de massa finíssima, omelete adocicada e harussamê (aquele espaguetinho transparente japonês) – tudo em porções pequenininhas.
Olhando, parece pouco, mas satisfaz!! Estava tudo gostoso e muito bem feitinho!!
Infelizmente, eles estavam sem oniguiri...
A entrega custou R$ 2, e eles aceitam cartão de crédito (trazem a maquininha).

Voltarei? A pedir, certamente.
Para ir: direto ao telefone, quando não puder sair para almoçar...
Tipo: obentô/ fast food japonês

Fotos: Patrícia I. (eu não tirei foto do meu, porque estava sem celular)

Serviço de utilidade pública: tel. 5575-4711

quinta-feira, 14 de junho de 2012

210 Diner

Meus pais voltaram de NY com a corda toda (aliás, isso me lembrou de que a minha irmã está me devendo uns 3 posts, no mínimo, de NY, além do post do Bistrô Kazu... hmmmm). Só falam dos States desde que chegaram... dos prédios, dos inúmeros foras que deram, da grandiosidade da cidade, da comida... Se não estão falando de lá, estão falando de próximos destinos.
Agora, meu pai está a fim até de mochilar com a gente na Turquia. Eu já disse - pode vir, mas nem vem me reclamar de dor no pé! Hahahahaha!!


Por causa dessa febre toda, resolvemos comemorar o aniversário da Dona Rosa no 210 Diner, um bistrozinho especializado em comida norte-americana, como as costelinhas barbecue, o famoso mac & cheese, os famigerados tomates verdes fritos, além do óbvio burger (tem até BLT, mas não tem clam chowder... mimimimimi...).


O ambiente é todo bacanete, "bem americano", de acordo com o Senhor Nelson! Hahahaha!
Começamos com tomates verdes fritos (R$ 15, 4 rodelas gordonas de tomate), bem sequinhos e temperadinhos. Muito gostoso, mas bem diferente do que eu esperava (pelo filme). 
Depois, fomos de Piggie Burger (R$ 35, acompanhado de microsalada e onion rings ou batata frita), mac & cheese apimentado (R$ 37), e meus pais dividiram um new york strip (R$ 55) com arroz (R$ 10, uma tigelinha tamanho Etiópia) e quiabos fritos (R$ 10, uma porção americana de verdade).
O Piggie estava ótimo, bem suculento e compacto. Comi a saladinha antes, botei a cebola grelhada no meio do sanduíche e comi tudo junto. A qualidade do hambúrguer e das batatas é equivalente à do Butcher's Market (o preço também foi influenciado pela alta do dólar, como você pode ver). O mac & cheese estava bem melhor do que meus áureos tempos de Maine - fartura de molho bechamel e queijo, com um toque apimentado, gratinadão. Bem gostoso.
Os quiabos fritos, quem diria... estavam bem bons! Nada de baba e bem sequinhos! Ótima opção para pais desesperados que querem enganar ensinar seus filhos chatinhos a comer legumes...! Agora, o new york strip me decepcionou. Pelo que meus pais disseram, o gosto estava bom... mas olha o tamanho do bichinho, minha gente! Isso ia ser tira-gosto para americano de verdade! O garçom já tinha avisado que o prato era para uma pessoa, mas... por este preço, que viesse com acompanhamento, nénão??? Absurdo, eu achei.
Sem bebidas alcóolicas e sem sobremesa (já tínhamos comprado um bolinho para a minha mãe, para cortar em casa), a conta ficou R$ 52,03 por pessoa.


Voltarei? Provavelmente não. Não é uma má experiência, longe disso, mas não chega a ser memorável, nem repetível. Talvez eu vá para comer a sobremesa... fiquei morrendo de vontade de comer um pedaço do bolo red velvet ou do carrot cake. Mas, certamente, não voltarei para comer os grelhados. Para isso, tenho as parrillas... opção muito melhor.
Para ir: com família ou amigos, em grupos não muito grandes porque o lugar não é dos maiores.
Tipo: americano gourmetizado


Fotos: Helio Kwon


Serviço de utilidade pública: Rua Pará, 210, Higienópolis - tel. 3661-1219

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Menu-degustação no Guaiaó - estabelecimento fechou... :(

Logo após nossa lua-de-mel, em setembro, fizemos uma primeira visita ao Guaiaó, em Santos, antes mesmo da inauguração oficial. O chef e um dos sócios é primo do HK. Não escrevi nada no blog, porque não seria justo: era uma noite-teste.
Sábado passado, fomos novamente. O restaurante, aberto em outubro passado, é praticamente outro. O salão, pequenininho e acolhedor, continua o mesmo, mas os pratos foram todos reformulados, e o serviço está mais confiante e ágil.

Para abrir o apetite, pedimos uma taça de prosecco (R$ 14) e um bloody maria (R$ 14) bem feito.
O jantar começou com uma cortesia do chef - um simpático baldinho de cobre com um creme com iogurte, grãos e brotinhos, para ser comido com a mini-cenoura. Uma brincadeirinha, para despertar a curiosidade da gente.
Dispensamos o couvert (R$ 9), porque resolvemos ir de menu-degustação.

As entradas foram chegando: 1) carpaccio de melancia ao molho rôti, 2) ostra marinada no tamarindo com sorbet de wasabi, 3) tomate, tomate, tomate (tomate recheado com chèvre e mel, regado em gazpacho e acompanhado de umas plaquinhas de suspiro de manjericão muito delicadas), e, finalmente, 4) vieiras com purê de cará, redução de maracujá e flor de sal.
A estrela das entradas, na nossa opinião, foi o carpaccio - uma ótima forma de começar o menu-degustação. Causa um impacto e tanto! A melancia, que é assada por horas e horas a fio, em baixa temperatura, e, depois, defumada, fica com uma consistência inacreditável - parece carne, de tão tenra, mas ainda conserva um certo frescor da fruta, você morde e sente um croc-croc. Como é que alguém pode ter pensado numa coisa dessas???
A ostra também estava maravilhosa (amo ostra, é verdade), combinando perfeitamente com o docinho do tamarindo e o wasabi, leve, mas ainda ardido. Entrada muito fresca. Os tomates³ foram os menos inventivos, mas estavam gostosos (aliás, vi uma entrada muito parecida no Eñe, no menu de dia dos namorados - tomate recheado is the new black!). E a vieira ficou magnífica com o azedinho do maracujá e flor de sal - por mim, dispensaria o purê, que acaba mascarando os demais ingredientes, quando comemos tudo junto.


De prato principal, recebemos 1) nhoque de batata roxa, com camarão, vieira e medalhão de caju, 2) atum em crosta de gergelim com arroz negro e um molho de beterraba, 3) polvo com risoto de brie e abobrinha, 4) paleta de cordeiro com aligot (aquele feito divo pelo Alex Atala) e vegetais (frescos-frescos de tudo), 5) cupim com purê de alho poró e cogumelos (o menu degustação inclui 4 pratos principais. O quinto foi cortesia do chef!). 
Difícil eleger um favorito dentre tantas estrelas... O nhoque, alarmantemente roxo, estava bom, fantástico camarão, mas permaneço fiel ao Sal. O atum, que foi a escolha do HK na primeira visita... quanta diferença! Nunca imaginei que atum fosse ficar bom com beterraba! Fica!! O polvo estava perfeito, assim como a paleta, que é assada por nada menos do que VINTE E QUATRO horas! Na hora de cortar, ela permanece inteirinha, consistência de carne; mas, na boca, desmancha deliciosamente! O cupim, então... acho que nunca comi um cupim tão gostoso!! Estupefata.




De sobremesa, comemos 1) salada de frutas, 2) caldo de açaí com sorbet de alface e farofinha. Não fosse minha promessa estúpida, teria comido a areia de Santos, feliz da vida (com sorvete de chocolate branco), ou a releitura de Sonho de Valsa do André. Mas não posso me queixar - a salada de frutas, uma coisa normalmente tão chochinha, estava formidável - aplausos para as balinhas que estouram na boca!!!
E o caldo de açaí (olha outra brincadeira - não parece um caldinho de feijão com couve e farofa???) também estava ótimo. Como é possível alface combinar com açaí, né?!
O menu-degustação, a meu ver, deve ser entendido sempre como uma experiência, um passeio a que o chef te leva. Não dá para comparar com um jantar - há de compará-lo com uma espécie de experimento. Da mesma forma que você paga R$ 300 para saltar de paraquedas, você paga R$ [] para vivenciar um menu-degustação. Você não pode considerar que está pagando aquele preço somente por comida.
Dito tudo isto, acho que o preço do Guaiaó é mais-do-que-justo - R$ 180. Claro que, em termos absolutos, é caro... é algo para se fazer de vez em nunca quando. 
O jantar preparado pelo André é feito com extremo esmero e dedicação, paixão evidenciada. Já está soando rasgação de seda, mas não consigo lembrar um jantar tão inesquecível como este em muito, muito tempo, aqui em São Paulo.
E não posso deixar de mencionar o serviço, muito bem treinado e supervisionado pelo outro sócio, também André. A Margot, que atendeu nossa mesa, muito delicada, educada e bem instruída sobre os pratos. Atenciosa, sem ser "intrometida".

(Se você não for de menu-degustação, espere gastar por volta de R$ 75 por pessoa, considerando água, prato principal, sobremesa e 10%. Os pratos principais, com exceção do cordeiro, que custa R$ 75, estão na faixa de R$ 45-55.)

Fotos: Helio Kwon

Voltarei? Sim. Claro que, se o André não fosse parente, as 2h30 para ir-e-voltar pesariam mais... mas, para quem mora no ABC, por exemplo, já vale mais a pena descer do que vir para São Paulo.
Para ir: disposto a comer algo diferente.
Tipo: alta gastronomia.

Serviço de utilidade pública: R. Dom Lara, 65, Santos - tel. (13) 3877-5379

terça-feira, 5 de junho de 2012

Rolando Massinha

A internet faz mal para a minha saúde. Ou para a minha intenção de ficar magra, ao menos. Não fosse a internet, não seria obrigada a seguir tantos blogs de comida como sigo... os pôneis malditos blogs são uma fonte inesgotável de vontades que, apesar d’eu ficar quietinha, não passam de jeito nenhum.A última foi o Rolando Massinha, sobre o qual li no blog do Marcelo Katsuki. Esta, para piorar, ainda era barata... como resistir?? Como o que não tem solução, solucionado está, na sexta-feira passada, HK e eu fomos rolar massinha.

Um pequeno adendo: “Rolando Massinha” é um dos nomes mais bacanas que me apareceram na frente nos últimos tempos. Tudo bem que chama assim porque o dono chama-se Rolando, mas minha primeira impressão foi que tinha a ver com o verbo "rolar" em gerúndio... Hahahaha! Sem noção!
É o “restaurante” perfeito para levar aquele seu filhinho chatinho que só quer saber de comer hambúrguer e nuggets industrializado – quê criança não se intrigaria com um lugar chamado Rolando Massinha?!!! Engana bem, né não??

Tal como o Kats disse, o que encontramos foi um trailer servindo massa artesanal, com umas mesinhas dispostas no estacionamento de uma loja de lingerie, na esquina da Caiubi com a Sumaré.
As massas vem quentinhas, bem regadas em molho, numa cestinha de vime, que é para você não se queimar. HK pediu nhoque recheado de quatro queijos à bolonhesa, enquanto eu fui de torteloni de carne à bolonhesa (massas recheadas @ R$ 17,50). O nhoque, curiosamente carro-chefe do trailer, achamos completamente passável. Já meu torteloni estava bem gostoso, com massa suficientemente fina (não é um Picchi, claro, mas está longe de ser aquelas massas superpesadas), com recheio de carne pra-valer (desfiadinha, tipo carne louca). O molho bolonhesa, claro, não é nenhum molho da nonna (nem da mama, no meu caso), mas é gostoso – bem melhor que de muita cantina que conheço por aí.
De tão interessada que fiquei, até perguntei se vendiam a massa separadamente, refrigerada, para preparar em casa – sim, mas só na loja imóvel, na Homem de Mello, pertinho da Sumaré. #ficaadica


O Rolando Massinha não aceita cartões.

Outro adendo: estou super interessada nessas coisas de comida de rua. O HK desgramento-que-só me disse que tem uns trailers de comida coreana na madrugada da Aclimação (how come ele nunca me disse isso, em 4 anos de relacionamento??????). Também vimos um trailer de temakis e outras comidinhas japonesas na Clodomiro Amazonas (passamos lá na madrugada de sábado). Quero ir em todos!!!

Voltarei? Possivelmente! Pena que meus tempos de balada acabaram... ia ser ótimo sair da balada e ir direto rolar uma massinha antes de dormir...
Tipo: comida de rua!
Para ir: e comer depois da balada.

Fotos: Helio Kwon

Serviço de utilidade pública: Av. Sumaré, 1089, Perdizes – tel. 9827-9797

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Restaurante de motoqueiros

Dia desses conheci o Bar do Santa com o pessoal do trabalho na hora do almoço.
Pra você que é motoqueiro e/ou trabalha próximo à Vila Madalena e/ou gosta do Santa Gula, vai gostar deste estabelecimento, porque com R$45,00 você almoça (prato do dia) e lava a moto. Os vizinhos (de mesmo dono) compartilham sua cozinha, porém, no almoço, os preços dos pratos são mais amigáveis em comparação aos do Santa Gula (depoimentos dos colegas que já frequentaram ambos).
O lugar é bem grande e lembra um galpão. Como o dia estava agradável, pegamos as mesinhas de fora e pedimos os menus do dia: "um" pão recheado (acho que era queijo, e o "um" está entre aspas porque vieram 2, na verdade, para a mesa com 7 pessoas; daí como a comida estava demorando, eu pedi ao garçom mais um, e sabe o que ele fez? Pegou o resto de pão do "pessoal de lá" e pôs na frente do "pessoal de cá"), uma saladinha e, no meu caso, uma costela ao forno, que estava muito boa, com tutu de feijão e arroz. Os outros pediram bife à parmegiana e contra acebolado, que estavam bons também, mas nada fora do comum.

A minha conta ficou R$26,00 (menu do dia + água + 10%). Bom preço para um atendimento à la carte.
Bife à Parmegiana
Tutu de feijão
Costela Assada
Voltarei: talvez com o pessoal do trabalho
Para ir: com amigos motoqueiros 
Tipo: comida brasileira

Serviço de utilidade pública: Rua Fidalga, 330, Vila Madalena – tel. 3297-5448