quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Estevão

Acabei de lembrar que o Estevão, meu professor de espanhol, a quem chamávamos de Estebán, deve estar neste exato momento desbravando estradas espanholas, ou tomando sangría em algum bar de Granada...
Invejinha...

Mas lembrei do Estebán, na verdade, porque fui outro dia num bar recomendado por ele, o Adega Santiago, dos mesmos donos do igualmente bom Espírito Santo.

Ao contrário do Espírito Santo (que foca forte em comida lusitana), o Adega é especializado em comida ibérica, ou seja, o bacalhau marca presença, mas são as tapas espanholas que fazem a festa!
Para acompanhar nossos chopps Brahma bem tirados, pedimos tapas do dia (que eram de jamón serrano com figo e queijo e estavam absolutamente fantásticas - foram as campeãs da noite) (foto), bolinho de bacalhau (diria que tão bom quanto o da Ofner), croquetas de jamón con verduras (muito bom), patatas bravas (que não se comparavam às da casa do Arashiro, em Barcelona, nem às do nBox), sardinhas portuguesas na lenha (vejam a foto no site para ficar com água na boca) e caldo verde (foto).

(infelizmente, só lembrei de tirar fotos no final, quando estava com menos fome!)

De sobremesa, ainda teve creme catalão (bom, mas não se compara ao do Eñe, infelizmente), torta de santiago (feita de nozes, lembra marzipan), pudim de queijo e mel (gostoso, mais leve do que eu imaginava) e pastel de nata (= pastelzinho de Belém).


Nossa... listando desse jeito, parece que comemos un mogollón de comida!!! Em nossa defesa, explico que éramos 7, e as porções são pequenininhas!

O preço não é exatamente um atrativo do lugar... o chopp custa R$ 6,30, e as porções não são exatamente baratas: as patatas bravas foram R$ 21, as sardinhas (vem 4) custam R$ 30,50; as tapas do dia (4), R$ 20 e assim por diante...
Se a intenção for uma refeição, os pratos saem por volta de R$ 50 por pessoa.
A conta do nosso happy hour foi R$ 56 por pessoa. Saímos satisfeitos de lá.

Voltarei: possivelmente. Comida muito boa.
Para ir: com amigos (não muitos - ou chegue cedo, porque lota)
Tipo: barzinho gourmet
Fotos: Fernanda I. e Mario Liao, na sua primeira (de muitas) contribuições ao blog
Serviço de utilidade pública: R. Sampaio Vidal, 1.072, Jardim Europa - tel. 3081-5211

Nossa... lembrei, também, que devia escrever um e-mail ao Estebán agradecendo as aulas e a paciência... voy a escribirlo ahorita.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

No vaca/ Yes drop

Neste post, vou falar sobre o Vacavéia, mas, antes, vou contar uma das inúmeras histórias do Bruninho, o filho de 3 anos de uma amiga:

O Bruninho é um menino desses bem moleques, sabe... ele é todo espertinho e adora aprontar uma! Para se ter uma idéia, ele acabou de completar 3 anos e já está andando de skate! Quer dizer - ele ensaia andar, mas já faz pose e tudo!
O pai do Bruno é surfista e anda de moto... e a mãe também tem um Q de aventureira, um certo ar de rebeldia... o Bruninho, afinal, não podia ter saído diferente!
Outro dia, ele estava com a mãe em Maresias, no rasinho, e insistia em ir mais pro fundo. Ela falava "não pode... tem onda... você vai se machucar", mas, com o pouco que descrevi dele, já se pode imaginar que "não" não é uma palavra que ele aceite facilmente. "Ah é? Quer ir? Então, vai.". E, claro, ele foi. E, claro, tomou um capote, rodou, bebeu água até não poder mais. A mãe ajudou-o a se levantar e voltaram para a areia. Quando encontraram o pai, ele disse "Pai, tomei uma VACA!"

Gente... não é o MÁXIMO?

Voltando ao bar Vacavéia (que eu não sei se é junto ou se é separado, porque já vi escrito dos dois jeitos)...

Fui almoçar lá outro dia, na semana que antecedia o Natal. Ótima opção para quem trabalha na região!!
Há várias opções de PF (pedi um com arroz, feijão preto, ovo estalado, farofa, banana à milanesa, picadinho cortado na ponta da faca e pastel de palmito - ufa!) que não chegam a custar R$ 30 e incluem uma saladinha e sobremesa (do dia, que era pudim de leite, ou frutas). O prato vem numa porção pra-lá-de farta (se você não come muito, dá até para dividir com uma amiga) e estava gostoso! Não é algo que te desperte para a vida, mas tem ótimo custo/ benefício!
Com Original e café, ficou R$ 42 por pessoa.

O ambiente é bem informal e fica cheio (de gente bonita) à noite!

Voltarei: possivelmente. No HH dessa vez.
Para ir: com amigos e beber cerveja de garrafa
Tipo: boteco bacana

Foto: Fernanda I.
Serviço de utilidade pública: Rua Manuel Guedes, 199, Itaim Bibi - tel. 3073-1292

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ñ (Fechou...)

Gentem! Eu amo sites de compra coletiva!
Melhor dizendo: eu AMO-DORO!!
Hahaha!

Explico: Comprei um voucher do Oferta Única que valia por um Gran Menu Degustação no Eñe. Pelas regras e condições da oferta (que retardadamente só li depois de adquirir), pensei que tinha acabado com um grande King Kong nas mãos (já que ele só é servido para, no mínimo, 2 pessoas e que cada um custa R$ 150 - ou seja, mesmo com o voucher, a conta sairia nas alturas), mas... qual foi minha surpresa quando, ao vir a conta, descobri que o voucher valia por DOIS!!!!!!!!!!!!!

Agora, vamos ao que interessa:
O ambiente do restaurante não tem nada de mais. É sóbrio e elegante.
Os garçons são muito atenciosos, e a sommelier, uma mocinha novinha, é muito simpática, dá boas sugestões e explica os vinhos de forma simples e entusiasmada. Nós fomos de rosé Torres De Casta, da Catalunha (a carta de vinhos da casa é, claro, toda espanhola). Como o Gran Menu Degustação é **surpresa**, é difícil saber qual vinho escolher, por isso, ela nos sugeriu este, que é leve e não rivalizaria com nenhum prato.
A garrafa foi R$ 68 - está no primeiro quartil da carta.

O menu degustação tem nada menos que OITO pratos, sem contar o couvert - pãezinhos servidos um a um, mas a vontade (boa forma de evitar o desperdício) e batatinhas recheadas de jamón.
Os 8 pratos foram:
- 2 tapas frias: tartar de ostra (fantástico! Vem dentro de um tomatinho cereja, comido de uma mordida só!) e gazpacho (mesmo comentário do do nBox - claro: criação dos mesmos chefs)

- 2 tapas quentes: vieira com purê de batata e emulsão de salsinha ("o prato" mais curioso da noite vinha numa colher e devia ser consumida em uma única mordida - apesar de estranho, com certeza repetiria - MUITO gostoso!) e sopa de lentilhas (boa, mas sem surpresas)
- Corvina com purê de (acho) mandioquinha - muito gostoso, mas sem surpresas - Vitela com mix de cogumelos e redução de molho de carne - desmanchando na boca!
- pré-sobremesa: seleção de queijos, com torrada e geléia de figo
- sobremesa: creme catalão, a versão espanhola da crème brûlée - ABSURDAMENTE BOM! Creme beeeeeeem leve e aerado, doce na medida certa e com um toque cítrico... fantástico!

Num dia "normal", o couvert custa R$ 15 por pessoa (e não vale quanto pesa) e os pratos giram em torno de R$ 50~60.
Há uma versão condensada do menu degustação, também, por R$ 75 por pessoa. Boa opção.

Voltarei: talvez, mas para comer o cochinillo.
Para ir: em dias especiais
Tipo: Nueva cocina española
Fotos: Fernanda I.
Serviço de utilidade pública: Rua Mario Ferraz, 213, Jardim Europa - tel. 3816-4333

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!!!!

A todos os leitores deste blog, um Natal bem recheado de presentes, de comidinhas gostosas e rodeado de pessoas muito queridas, de sinceridade, de amor, de saúde e de esperança!

Foto: Tudo Mesmo

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Crepom

Crepe também está naquela categoria "é ruim mas é bom" - quer dizer, é bom, sim, mas não é AQUEEEELA coisa... nunca vai ser fantástica, não é mesmo? Mas mesmo assim, eu adoro!
Minha última descoberta na catIgoria (em homeagen ao Rio, que está "sob ataque", como disse o marido, carioca, de uma amiga da minha irmã) foi o Crepon, pertinho da estação Vila Madalena, numa rua supertranquilinha e agradável.

O Crepon é pequenininho, tem atendimento simples e simpático, decoração rúsutica, música ambiente agradável e um cardápio bem menos extenso que o do Central das Artes, mas com boas opções: Eu fui de alho poró, molho branco e queijo gouda (R$ 25), e o HK, de milho com frango e molho bechamel (R$ 23). A crepe, dobrada ao meio, vem acompanhada de uma saladinha modesta de cenoura, beterraba, alface e batata palha. Estavam ambas muito boas, mas, se tiver que escolher entre os dois sabores, prefira o meu - o molho bechamel deixa a crepe um pouco mais pesada.
De sobremesa, dividimos uma suzette (R$ 17), feita com geléia de laranja, flambada na mesa com Cointreau e acompanhada de uma bolinha de sorvete de creme. Estava tão boa que esta foto ao lado foi a única que lembrei de tirar...! Prato raspado!!

A conta, com um guaraná, ficou R$ 37,85 por pessoa.

Voltarei: possivelmente
Para ir: em casal ou com amigas
Tipo: comidinha leve

Fotos: Fernanda I e Helio Kwon
Serviço de utilidade pública: Rua Paulistânia, 602, Sumarezinho - tel. 3032-7907 + 1 endereço em Maringá (!!)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Casa de fazenda

Outro dia, fomos jantar no Dona Lucinha. Faz um tempão que meus pais queriam ir lá, e a gente descobriu que este gosto pela comida mineira é uma coisa da colônia - tanto lá quanto no Graça Mineira, quanto no À Mineira... estão sempre lotadaços de famílias japonesas!
Mas vou te dizer que japonês sabe o que é bom, viu!
Hahahaha!

Visitamos a filial de Moema, que deve seguir bem o estilo das demais.
O ambiente é bem casa de fazenda, com bastantes móveis rústicos, panelas de barro e afins. Uma delícia.
O buffet (R$ 43) inclui uma mesa de saladas com frios, uma de pratos quentes e outra de sobremesas. Da salada, passei longe, minha gente, e não tenho comentários por pura falta de interesse realmente... claro que estava interessada nos pratos frios: moela ensopada, vaca atolada (carne bovina com mandioca), carne seca com abobóra, canjiquinha com costela defumada (AMOOOOOOOOO!), caldo de feijão preto (engraçado que não havia os grãos), linguiça com um molhinho fantástico de rapadura e muitas outras iguarias regionais.
Estava tudo muuuuuuito gostoso e bem feito, quentinho e (relativamente) leve (ou não demasiadamente pesado... como preferirem). As sobremesas, bem de fazenda, estavam de comer ajoelhado... repeti o espera-marido (doce de doce de leite com canela) e o doce de leite, o mais leve e claro que já comi na vida!

Voltarei: sim, sempre que quiser comer comida mineira. É uma ótima opção a preço justo.
Para ir: com família e no almoço, porque ninguém merece dormir com a barriga tão cheia.
Tipo: comida mineira, sem frescura, bem familiar.

Fotos: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: Av. Chibarás, 399, Moema - tel. 5051-2050 + 3 unidades em Belo Horizonte.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

(Sor)Riso

Quando eu trabalhava no Itaim Bibi, adorava descobrir restaurantes pela região - e material era o que menos me faltava, porque este bairro está cheio de restaurantes bacanas e, a cada ano que se passa, mais e mais são inaugurados.
Um de que eu gostava desde aquela época e que continua bom é o Riso, na Mário Ferraz - rua cheeeeia de ótimas opções.

A começar pelo ambiente: o restaurante, pequenininho, fica ao fundo de um corredor estreito e cheio de plantas; por isso, ele é silencioso e mal dá para lembrar que você está no meio do burburinho. A iluminação natural é um plus a mais adicional.
Eu e a Fê pedimos o bacalhau a Zé do Pipo (bacalhau em lascas com brócolis, coberto por purê de batata e gratinado), disponível às sextas-feiras, o Nivaldo pediu o risoto de bacalhau, e o André pediu picadinho com batata palha e arroz.
Meu prato estava ótimo! E a porção é gigantesca; da próxima vez, certamente dividirei com alguém. O risoto é do tipo "yakimeshi", ou seja, mais sequinho. Eu prefiro o tipo mais tradicional, bem caldoso... E a carninha que o André pediu estava muito boa... o molho estava ótimo!

Dividimos 3 Originais, comemos 3 sobremesas (petit gateau de goiaba com sorvete de coco - aprovado!) e tomamos um cafezinho - a conta saiu R$ 51 por pessoa. Justo!

Voltarei: provavelmente.
Para ir: com amigos. Se for com muitas pessoas, reserve antes.
Tipo: boa comidinha, para comer no dia-a-dia, sem frescura.

Fotos: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: R. Dr. Mário Ferraz, 529, Itaim Bibi - tel. 3078-3994

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Inconformada

Por que? POR QUE????
Por que não há cupcakes em São Paulo iguais aos da Hummingbird Bakery?
Por que a Hummingbird Bakery não abre uma filial aqui?
Por que eu não posso ter cupcakes tão lindinhos pro meu casamento??
Por que as pessoas que lêem o blog não postam comentários?

Fotos: Hummingbird Bakery

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ahn-treh-KOHT #2

Quarta-feira passada, fui jantar com a minha irmã.
A gente mora na mesma casa, minha mãe cozinha superbem e faz jantar todos os dias.
Ainda assim, tivemos que jantar fora na quarta porque... nosso voucher estava para vencer! Hahahaha!
Há meses, compramos um voucher desses sites de compra coletiva, R$ 24 valendo R$ 60, para L'Entrecôte de Paris. Já tinha prometido para mim mesma não fazer compras coletivas que eu já não faria normalmente (e jantar fora com a minha irmã em plena quarta-feira não está muito para a rotina), mas não resisti. Você sabe que eu adoro um bistrôzinho!

Enfim:
A decoração é um charme... chão de ladrilhos hidráulicos, uma grande adega, mesinhas pequenas, sofazinho de couro vermelho, fotos de Paris espalhadas pelo salão inteiro... A que eu mais gostei foi uma que mostrava duas cadeiras, simples, vazias, uma do lado da outra, com uma mesinha redonda na frente de ambas, voltadas para a rua - nada mais parisiense do que isso.
O atendimento também é atencioso, e a música ambiente é uma graça - músicas tradicionais francesas, com Edith Piaf reinando absoluta, óbvio.
O entrecôte, único prato da casa, estava muito bom, também: Mal passado (como pedi) na medida, coberto por um molho delicioso (pode vir a parte) a base de mostarda, acompanhado de fritas fininhas crocantes nas pontas e molinhas no meio! As fritas são servidas à vontade, e o entrecôte também tem chorinho!! E a sobremesa (pedimos o crème caramel, que é um pudim de leite, e o cheesecake) estava cremosa, gostosa e em boa porção - não é nem enorme, nem deixa a gente chupando o dedo.


Inevitável fazer uma comparação com L'Entrecôte d'Olivier (novo nome de L'Entrecôte de Ma Tante), que conheci em setembro deste ano... Sinceramente, gostei bem mais do entrecôte de Paris: o molho é mais gostoso, a carne estava mais gostosa e o ambiente é mais autêntico (não diria isso se não fosse verdade, porque longe de mim falar mal de qualquer coisa do monsieur Anquier, não é mesmo...)!

Sem compra coletiva, o prato custa R$ 39,80 (sai um pouquinho mais barato na hora do almoço, durante a semana), a jarra de vinho (300ml - Côte du Rhone) (eles também têm uma carta de cervejas! Com muitos rótulos disponíveis) foi R$ 35, as sobremesas giram em torno de R$ 15, e o couvert custa R$ 6,50.

Voltarei: possivelmente. Viu que tinha compra coletiva de lá novamente? No Bananarama, dessa vez.
Para ir: em casal, com amigas.
Tipo: bife com fritas e sotaque francês.

Fotos: Fernanda I. e Patrícia Iqueda
Serviço de utilidade pública: R. Pedroso Alvarenga, 1.135, Itaim Bibi - tel. 3078-6942

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Não só fofo como gostoso!

E lá estava eu em mais um dia de trabalho. Tinha voltado do almoço e estava calmamente andando pelo corredor, com aquela vontade de comer DOCE! Gente, depois do almoço um docinho é bom demais!

Foi quando, de repente, vi uma movimentação vindo do departamento de marketing. Resolvi conferir e... surpresa! Todo mundo comendo cupcake!

PARA TUDO! Como aqueles cupcakes chegaram lá? Tinha alguém vendendo? Era festa? Não dava para acreditar naquela maravilha confeitada sendo distribuída bem depois do almoço!

Foi então que descobri tudo: minha amiga Dani estava divulgando os cupcakes do Madame Fofa, empresa da amiga dela. Gente, que cupcake delicioso! Juro, já provei vários destes bolinhos, dicas inclusive da Fê, porém esse é realmente bom! O que eu provei é exatamente o da foto do post do blog dela, do dia 26 de outubro: massa super fofinha de vanilla, recheio (sem exagero) de nozes e cobertura de frosting de vanilla (base de cream cheese), que foi a melhor parte de todas!!!

Todas as informações de sabores e encomendas estão no blog. Eu super recomendo! Além de lindos para presentear, são muito saborosos! Está ai uma excelente dica, ainda mais agora no final do ano!

domingo, 14 de novembro de 2010

Anita (FECHADO...)

O povo lá do banco virou habitué da Daslu. E o povo da Daslu, com todo aquele arzinho esnobe, acabou se acostumando ao povo de crachá vermelho que passou a perambular por lá na hora do almoço.
Quem nunca entrou na Daslu, provavelmente não sabe que há vários restaurantes lá dentro (o Leopoldina, o Buddha Bar, o Pati Piva, o Forneria San Paolo...). Nós viramos a sua maior fonte de renda, e eles viraram nossa única opção para um almoço bom e relativamente rápido fora do banco.
Semana passada, experimentei o mais novo restaurante do complexo, o La Dolce Vita, que fica do lado de fora da Daslu, como quem vai para o Buddha Bar).
O ambiente é inspirado: decoração caprichada, com um lindo piso de madeira de demolição, poltronas de veludo e pôsteres enormes de Anita Ekberg banhando-se na Fontana di Trevi, célebre cena do filme La Dolce Vita, de Federico Fellini.
Durante os dias úteis, no almoço, eles servem um menu executivo por R$ 49, com duas opções de entrada, três de prato principal (a massa do dia, o risoto do dia e um prato) e duas de sobremesa (uma fruta e um doce).
Fui de terrine de salmão; papilotte de salmão com espaguete de legumes (legumes cortados bem fininho) e zippoli de ricota:

Todos os pratos, em suas porções diminutas (tamanho perfeito para mulheres), estavam muito gostosos. Preço justo para a qualidade da comida, o ambiente agradabilíssimo e o atendimento superatencioso.
Para finalizar com chave de ouro, entre na Daslu, dirija-se ao 3o andar e tome um café com uma trufa de pistache da Pati Piva. É um pedacinho de céu no meio do dia!

Voltarei: sim.
Para ir: com pequenos grupos, em dias de clima agradável, para sentar nas mesinhas externas.
Tipo: li que é mediterrânea, mas acho que é um italiano contemporâneo.

Fotos: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, Vila Olímpia - tel. 3044-3517

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Neologismos

Sexta passada, fui com um casal amigo ao nBox.
O Carlos e a Letti não têm frescura e sempre topam experimentar lugares diferentes.
Da última vez, fomos ao Le Jazz; daí, fiquei com um pontinho positivo na conta.

O nBox se define “= pop up + dinning + art”. “Pop up”??? Tenho um problema grave para entender esses neologismos descolados… Levei um século para entender o que vinha a ser jetsetter e, agora, já vem mais essa??
Neste contexto (e não o das janelinhas de internet que saltam à tela, independente da sua vontade), o “pop up” tem a ver (acho) com a temporalidade – ele fica onde está até fevereiro de 2011, quando se muda para outro endereço em Sampa ou outra cidade.

Enfim, na minha definição, o nBox é um lugar que aceitou que é difícil um bar se manter em voga em São Paulo por mais de uma temporada e que resolveu usar isso a seu favor: instalações um tanto quanto improvisadas (com aquele tapinha de decorador), menos burocra (deve ter sido mais fácil conseguir os alvarás de funcionamento) e ainda ganha publicidade por ser um “novo conceito” e por ser por prazo limitado – “ou vem agora, ou não virá mais”.

Agora, ao que interessa:
O ambiente deixou a desejar – os galpões têm um cheiro forte de borracha (queimada), e o ar condicionado estava fraco que só (nem pense em ir no alto verão)...
A música também não salva: Primeiro porque o repertório não segue um padrão, nem evolui gradativamente (logo após tocar Pixies (outside there’s a box car waiting...), eles já emendavam um California Gurls!); segundo porque o volume não se ajustava nunca – às vezes, alto a ponto de atrapalhar a conversa, para logo ficar abafado...
Pelo menos, o que realmente interessa, i.e. a comida, estava de não se botar defeito!!
O cardápio criado pelos irmãos Torres (do Eñe) está recheado de tapas espanholas que me deixaram com saudades de lá:


(gazpacho de Salamanca vs. gazpacho do nBox)
O gazpacho, sopa fria feita de tomate, pimentões, cebola e temperos, estava cremosa e deliciosa (mas devo admitir que gosto mesmo é de sopa quente!).


(pincho moruno de Salamanca vs. pincho moruno do nBox)
O pincho moruno, que nada mais é que um espeto de carne, estava FANTÁSTICO!


(patatas bravas de Barcelona vs. patatas bravas do nBox)
As patatas bravas, que levam este nome por conta do molhinho picante que as acompanha, conseguiu ganhar das do bar perto da casa do Arashiro, em Barcelona!
E as croquetas de jamón (finalmente em uma porção quase normal) também estavam indefectíveis – cremosas e com sabor bem marcante.
A Letti também elogiou a tortilla, uma omelete com batatas.

Fiquei com ainda mais saudades da Espanha ao ver o lado direito do cardápio – enquanto, lá, pagava, em média, EUR 2 por um copo de cerveja + 1 tapa; no nBox, paguei R$ 15 por uma sangria (com cava Freixenet) + R$ 12 (média) por 1 petisquinho!!!!
ESPAÑA, ¡TE ECHO DE MENOS!

Ah, informação importante: você tem a escolha entre pagar uma entrada ou um valor consumível. A consumação mínima é R$ 30 e R$ 50, para mulheres e homens, respectivamente. Recomendo esta alternativa, porque este valor acabará num piscar de olhos!

Voltarei: acho que não...
Para ir: com amigos algo descolados
Tipo: bar meio baladinha

(este post me lembrou que estou devendo um sobre as comidinhas da Espanha, com minhas dicas aleatórias)

Fotos: Fernanda I. (não me vá comparar a qualidade das fotos da Espanha, que foram tiradas com câmera fotográfica, com a das fotos do nBox, tiradas com meu celular)

Serviço de utilidade pública: Av. São Gabriel, 600, Jardim América – tel. 7826-4789 (ligue antes e reserve uma mesinha no lounge, que tem sofás e é mais agradável)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Comida Caseira Baiana

Já conheço este restaurante há mais de 2,5 anos - fica na rua da casa do HK, mas só descobri o nome dele há menos de 2 meses. Antes disso, estava certa de que o Pão de Festa chamava-se, na realidade, Comida Caseira Baiana:

Confusões a parte, este restaurante com cara de almoço em família (as mesas, todas diferentes entre si, assim como as cadeiras, ficam onde seria a garagem da casa; o atendimento é bastante informal, e o clima que reina é o de domingo à tarde - se bem que, de fato, fui num domingo à tarde) serve comida baiana deliciosa e leve (considerando que estamos falando de comida baiana) a preços bastante justos!

Pedimos pão de festa de entrada (pãozinho recheado de queijo), que veio quentinho e é ótima pedida. De prato principal, fomos de moqueca de siri catado (desfiado - siri mole é o siri inteiro), que serve perfeitamente 3 pessoas. Se for com mais, sugiro reforçar a entrada com os cheirosos acarajés ou com uma porção de escondidinho, que também estava com uma cara ótima!


As sobremesas, infelizmente, ficaram para uma próxima oportunidade, mas acompanhamos o cafezinho com doce de leite enrolado em palha... ai, que delícia!!

As moquecas custam por volta de R$ 60 e pouco; os pratos individuais, R$ 30 e pouco. A conta por pessoa ficou em R$ 34,28, com cerveja Bohemia long neck.

No restaurante, você também encontra uma mini mercearia com produtos baianos, como o doce de leite em palha, cocadas em caixinha, manteiga de garrafa, azeite de dendê, barquinhas de tapioca (ótimas para fazer aquela entradinha especial quando for oferecer um jantar em casa, hein?!)...

Voltarei: com certeza, ainda há muitos pratos que quero provar
Para ir: com amigos
Tipo: comida baiana

Fotos: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: R. Araguari, 84, Moema - tel. 5531-3823

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Testando a dica

Sábado passado, HK e eu resolvemos experimentar uma dica gastronômica do Petisco, o restaurante Nicota, em Pinheiros.

O restaurante é fofo, fica numa região fofa (Pinheiros é uma delícia, né? Estou muito tentada em morar lá, porque, além de tudo, os imóveis ainda estão com preços relativamente decentes) e conta com um staff igualmente fofo - a moça que nos atendeu era supersimpática e até foi compreensiva quando eu disse que não tinha gostado da terrina de mandioca!
Falando nela, vamos aos pratos: HK pediu tranche de peixe ao forno (dourado do mar com crosta de castanhas, creme de pimentões vermelhos, purê de cará defumado e juliana de alho poró), e eu fui de paleta de porco, assada em baixa temperatura, acompanhada de terrina de mandioca, farofa de tapioca e folhas de mostarda.


Apesar da mandioca (que tem toques completamente desnecessários de laranja) permanecer praticamente intocada no meu prato, a paleta e a farofa praticamente desapareceram em poucos minutos - a paleta estava muito saborosa (embora já tenha comido outras mais tenras) e a farofa, croncatíssima, estava de comer de joelhos. Trocava a terrina (é, eu realmente não gostei dela) por uma porção mais farta de mostarda refogada.
Já o Helio... saiu bastante insatisfeito com seu prato: o purê estava pesado, "massudo"; o creme de pimentões veio gelado (se era para ser assim, não sabemos, mas não combinou muito...) e o peixe estava bom, mas só na medida em que é difícil um peixe ser ruim.
Para acabar, pedimos crème brûlée com notas de lavanda, que estava gostoso e delicadamente perfumado.

Os pratos custam cerca de R$ 40 e poucos (os que pedimos custavam R$ 44), e a sobremesa, R$ 14. A conta (com refrigerante e cerveja) ficou R$ 66 por pessoa.
Durante a semana, há almoço executivo, com preços bastante convidativos.

Voltarei: talvez... a experiência não foi ruim, mas, por este preço, há opções tão charmosas quanto e mais gostosas, como o Le Jazz.
Para ir: em casal ou com pequenos grupos de amigos
Tipo: restaurante charmoso com pratos contemporâneos, com ingredientes bem brasileiros.

Fotos: Fenanda I. e Helio Kwon

Serviço de utilidade pública: R. Costa Carvalho, 72, Pinheiros - tel. 3031-6373/ 3034-5573

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aonde tomar Chardonnay Viña Aquitania 2007

Todos meus amigos já conhecem a história do Chardonnay Viña Aquitania 2007, "o melhor chardonnay do Chile". Agora, meu pai pode não ser o único a conhecê-lo: quem quiser degustá-lo, pode se dirigir ao Vinheria Percussi!
HK e eu fomos lá sexta-feira passada. A casa, italiana, conta com uma carta de vinhos bem variada, com algumas sugestões para a estação atual (o que eu achei bem simpático e coerente) (aliás, só é possível pedir taça dessas sugestões - o resto da carta só se pode pedir a garrafa), e foi o único lugar so far em que encontrei o tal vinho.
Como a garrafa do Viña Aquitania custava R$ 197, acabei pedindo outro branco (um argentino) para acompanhar meu mezzaluna de brie com damasco (massa mais pedida da casa), que estava leve, fresco e delicioso, e o Helio pediu uma taça de um vinho tinto toscano (ai, gente, desculpa, não guardo mesmo nome de vinho) para harmonizar com seu ravióli com tomates cereja, nirá e azeitona, que não estava assim tão delicioso quanto o meu, mas não deixava tanto a desejar.


Uma pequena pausa para festejar a massa fresca:
Gente, como massa fresca é bom, né?? Não vejo a hora de ganhar o acessório da KitchenAid para massas frescas...

De sobremesa, dividimos um caffè e leche (pudim de leite com creme "brûlée" de café) que estava de comer de joelhos. De verdade, quase tivemos que nos ajoelhar para procurá-la (de lupa), de tão pequena que é, mas dizem que o bom mesmo é deixar aquele gostinho de "quero mais", né? Taí, deixou!

A "dolorosa" saiu um pouco menos de R$ 100 para cada um, incluindo estacionamento: os pratos saem por volta de R$ 55; as taças, uma média de R$ 15; e as sobremesas, a mesma quantia.
As garrafas de vinho custam a partir de R$ 70 (não lembro de ter visto nenhuma mais barata), sendo o céu o limite (havia uma a R$ 2.100 - e não era a mais cara).

Voltarei: talvez. Estava bom, mas, por este preço, prefiro o Due Cuochi (ok, lá sairia um pouco mais caro, mas não muito mais).
Para ir: em pequenos grupos de amigos.
Tipo: italiano phyno.

Fotos (mal tiradas, porque o celular melhorou, mas ainda não é uma câmera de verdade): Fernanda I. e Helio Kwon

Serviço de utilidade pública: Rua Cônego Eugênio Leite, 523, Pinheiros - tel. 3088-4920/ 3064-4094