terça-feira, 29 de novembro de 2016

Tokyo - Demais dias

Dia 2: Tsukiji Market, Hama Rikyu, Ginza, Uniqlo, Shinjuku, jantar no Jimbocho Den

Era uma quarta-feira e acordamos cedo para ir ao Tsukiji - o maior mercado de peixes do mundo! Não tão cedo para ver o leilão, nem era nossa intenção. O leilão acontece de madrugada e só turistas com senha conseguem assisti-lo. Acho que você precisa estar na fila lá pelas 2, 3h da madrugada para conseguir a senha. Uma amiga que assistiu ao leilão, a Letti, me disse que não dá para entender nada do que está acontecendo e, quando você menos espera, ele já acabou.
Seja como for, fato é que o mercado está fechado na maioria das quarta-feiras e nossa ida foi completamente em vão! Hahahaha! Que raiva!
Vaziozinho
Então, aproveitamos que estávamos na região para ir ao Hama Rikyu, um parque bem bonito que rende umas fotos bem legais com os altos prédios da região ao fundo.


De lá, fomos andando a Ginza, cuja badalação concentra-se basicamente pelas ruas Chuo e Harumi.
Depois de almoçar num lugar qualquer que achamos (bom como sempre), fomos à papelaria Kyukyodo, que existe desde 1662 (!!!) com uma infinidade de coisas fofas para babar: papel para presente, cartões, canetas, carimbos de nomes... um montão de coisas bacanas (e relativamente inúteis). Eu AMEI!
E finalmente nos rendemos à maior loja do mundo da Uniqlo - nada menos do que DOZE andares para tornar HK a maior perua louca de Tokyo!!!!
Com aquele monte de sacolas, não tivemos outra opção a não ser voltar para o hotel.

*Para quem está acostumado a comprar na Uniqlo e acha que conhece a tabela de medidas deve rever o conceito quando vai ao Japão - os manequins são orientais: as mangas são mais curtas, os tamanhos são menores. As camisetas do HK, sempre P nos Estados Unidos e Europa, viraram M no Japão, por exemplo.

O resto do dia, passeamos pelo próprio bairro do hotel, Shinjuku, que tem uma área comercial bem ampla (tem uma loja bem grande da Muji, que eu adoro), vários shoppings e muitos prédios inteiros só de fliperamas!! É bizarro entrar em um desses prédios e ver adultos perdendo horas e horas em tudo que é tipo de maquininha de jogo. Uma coisa meio doentia...
Olha o Godzilla no meio de Shinjuku!!!
À noite, fomos jantar no Den, que merece um post só dele porque foi o jantar mais especial da viagem. Única coisa que adianto é que voltamos para casa de metrô, morrendo de medo de ficar pelo caminho porque já estava perto da meia noite. Os trens estavam cheios (tinha lugar para sentar, mas estava longe de estar vazio) de gente engravatada voltando para casa, com cara de acabada. Japonês trabalha bizarramente. Uma tristeza.

Dia 3: Mais Ginza, Shibuya Crossing, jantar no Fukusushi e birita no Golden Gai

No Den, conhecemos a Marie-san, uma mulher super-ultra chic e muito simpática que nos deu muitas, muitas dicas de Tokyo. Lugares bons e baratos para comer ramen, lojinhas legais para comprar um presentinho de última hora etc. Não podíamos ignorá-las!
A primeira dica, que você TEM QUE anotar quando for a Tokyo, é o Ginza Kagari, um ramen shop com 7 lugares no balcão e uma fila sempre grande que serve um ramen diferente da maioria dos que você vai encontrar no Japão (caldo de galinha bem cremoso) e muito, muito bom!! Peça com extra vegetables. É baratinho... tipo USD 10 e vale cada micrograma que pesa!
A placa do lado de fora só está escrito "Soba". NÃO suba as escadas, que dão num outro restaurante que, de acordo com a Marie, não é bom.


A segunda dica é o Akomeya, uma loja LINDA de arroz, com vários outros produtos correlacionados  (comprei um furikake maravilhoso lá) e uma seleção LINDA de louças no segundo andar. Coisas finérrimas e carésimas que você pode não comprar, mas que seus olhos agradecerão.
Na loja, há gohan de tudo quanto é região do Japão - você compra por quilo, integral, e pede para beneficiar de acordo com seu gosto. Na hora, eles colocam numa máquina e o arroz sai branquinho (ou menos branquinho), exatamente como você pediu!



A terceira e a quarta dicas da Marie, eu repasso, mas não endosso, porque não consegui experimentar. É o Honmura An, em Roppongi - um lugar para soba que ela disse ser muito, muito bom, e o Sushisho Masa, em Minato - um lugar bom de verdade para sushis sem a reserva ridiculamente difícil do Saito e outros estrelados Michelin (mas com preços super altos, então, pesquise antes de ir).

Já a minha fernandica para lembrancinhas e afins para o pessoal de casa é a Tokyu Hands, uma depato super legal e cheia de coisas com um preço bem decente. Tem uma grande em Shibuya, mas está espalhada pelo país inteiro. Tem de tudo, desde setos para chá e sakê, até papelaria, panelas, lenços para fazer furoshiki (que é meio que uma febre no Japão - há lojas só de bolsas feitas de furoshiki! Lindas!!!) e... BÓIAS PARA BEBÊS! Hahahaha!
Dá uma olhada nesse vídeo e me fala se não é a coisa mais engraçada ever:

Fernandica extra é apresentar o passaporte no Customer Service para conseguir 5% de desconto em todas as suas compras!

Ao cair da noite, voltamos ao Shibuya Crossing, para ver a loucura do maior cruzamento do mundo no seu horário de pico.


Você pode observar a loucura tanto do Starbucks que tem em uma das esquinas (teoricamente, não pode tirar foto de lá), mas tem que lutar para encontrar um lugar ao sol no balcão; ou da estação de metrô, que tem uma passarela envidraçada.
Ficamos lá uns bons 10 minutos, observando aquele intenso vai-e-vem, centenas de guarda-chuvinhas passando de um lado para o outro.

Depois, jantamos no Fukuzushi, em Roppongi. É uma tarefa árdua escolher um restaurante de sushi em Tokyo (se já tem muita oferta em São Paulo, você pode imaginar como é lá...). A gente não podia queria pagar uma pequena fortuna como as que cobram nos top notch, 3 estrelas Michelin... tampouco queria um sushi de esteirinha do tipo que comeríamos melhores em São Paulo... claro!
Depois de muito ler e procurar, resolvemos ir ao Fukuzushi assim, na sorte. Deu certo. Não foi a melhor experiência da minha vida, mas a verdade verdadeira é que eu não sou tããão fã de sushi assim e eu realmente não sei quão melhor que o Kan pode ser um sushi. Então, pagamos caro, mas não absurdamente (cerca de USD 60 por pessoa), e comemos bem.
(o melhor mesmo do Fukuzushi é que a hostess, uma senhora de uns 40 anos japonesa, literalmente cantava as saudações de boas vindas, de obrigada, de adeus! Hahahahaha!)



Antes de voltar para o hotel, fiz questão de dar uma passeada pelo Kabukicho, o maior "distrito da luz vermelha" do Japão! É uma zona (literalmente) bem bizarra de Shinjuku, CHEIA de inferninhos com fotos de meninas plastificadas (são todas iguais a animes) semi-nuas e caras enormes do lado de fora, convidando os transeuntes para entrar. Eu total não teria me sentido ok lá se estivesse sozinha, mas não me senti ameaçada em nenhum momento. Tokyo é uma cidade realmente segura.
Também passamos pelo Golden Gai, um "setor" de Kabukicho com micro-ruelas e mais de 200 microbares com menos de 6 lugares cada um (o bar onde entramos tinha 3 lugares!). É um tourist trap, mas que o turista cai conscientemente. Cada lugar cobra um fee de uns USD 10 de entrada e ainda "obriga" que cada um beba uma bebida (nada de dividir). Foi a cerveja mais cara da minha vida e uma das experiências mais estranhas: o bar onde entramos tinha duas pessoas servindo - a dona, uma senhora japonesa de uns 40 anos, bem apessoada, e uma menina de no máximo 14 anos.  A menina, uma graça, conversou conosco (com seu pouco inglês) sobre nosso roteiro de viagem, sobre as Olimpíadas do Rio de Janeiro (os japoneses estão muito animados com as Olimpíadas de Tokyo, em 2020) - e entre um papo e outro, nos servia cerveja... Meu Deus!


*Outro lugar interessante para conhecer em Shinjuku deve ser Omoide Yokocho, também cheia de micro-izakayas. A região também é conhecida como Piss Alley devido ao seu "valor histórico": durante o pós-guerra, centenas de soldados norte-americanos iam à região beber e afogar as mágoas e as saudades de casa e, bêbados, acabavam aliviando-se por ali mesmo...!

Dia 4: Tsukiji Market (agora, sim) & Edo Tokyo Museum

No nosso último dia em Tokyo (que nem foi um dia inteiro...), acordamos relativamente cedo novamente para ir novamente ao Tsukiji! Dessa vez, sim, estava funcionando!
O Tsukiji, diferente do Noryangjin, em Seoul, não vende para o Varejo e é o único lugar de Tokyo onde você pode esperar não ser bem tratado como turista. Lá, você é um estorvo, está no meio do caminho, com cara de bobo, enquanto eles precisam correr, entregar as mercadorias (os famosos atuns enormes congelados) antes das 10h, quando o dia praticamente está terminado para eles. Por isso, cuidado! Eles não pensam duas vezes antes de te atropelar!
Mesmo assim, corra para ir! É um dos lugares mais interessantes de visitar em Tokyna cidade e está com os dias contados: o imóvel virará alguma coisa nas Olimpíadas de Tokyo, e o mercado mudará de lugar para outro bem menos geograficamente turístico e sem o charme histórico do atual. A data, já postergada, era novembro de 2016. Agora, não sei quando será. Mas será.

Carrinhos para levar e trazer os pescados
*Apesar de não atender varejo, o Mercado tem uma área voltada para o público em geral: alguns corredores com lojas de utensílios, comidinhas (temperos e conservas) e restaurantes de suhis. Os com maiores filas são o Daiwa e o Dai. Meus tios gostaram tanto do Daiwa que enfrentaram a fila de 2h nada menos do que duas vezes em uma semana!
A Marie, nossa "amigona" do Den, acha que ambos são pega-turistas. E devem ser mesmo... mas nem por isso devem ser ruins.
Se você se animar, peça o omakase - o "menu degustação".
Fila gigantesca no Daiwa - não tem placa em romaji, então, se quiser ir, anote como são os kanjis do restaurante!
*Nas imediações do Mercado, há uma série de ruas com barraquinhas de comida (de sushi a espetinhos de unagui - enguia) e lojinhas de utensílios domésticos (louças japonesas, shamojis, esteiras para fazer sushi etc.). Também um bom lugar para achar uma lembrancinha para os amigos e parentes. A variedade é boa, e os preços não são exorbitantes.

Depois do Tsukiji, voltamos para o Hotel, fizemos check out e deixamos nossas malas nos lockers do terminal de ônibus de Shinjuku, de onde saem os limousine buses para Narita. Considerando que Narita fica longe do centro de Tokyo e que táxi é caro no Japão, achamos que seria o meio com melhor custo/benefício para chegar ao aeroporto. Foi uma boa escolha, de fato.

Almoçamos no próprio shopping onde fica o Terminal (há muito boas escolhas nos shoppings de Tokyo, em geral. No Isetan, você pode encontrar o Maisen, com o que é considerado um dos melhores katsus da cidade, e os macarrons da Pierre Hermé; no Takashimaya Times Square, há as galettes francesas do Breizh e os dim sums do Din Tai Fung... e assim por diante) e fomos de metrô para o Edo-Tokyo Museum.
Este museu conta a história de Tokyo desde antes do Período Edo até hoje - as transformações que ela viveu com a abertura para o Ocidente, os desastres naturais e grandes incêndios, as Grandes Guerras, a modernização... não somente a cidade em si, mas como viviam os moradores, como estava organizada a sociedade... É super interativo e conta com maquetes em tamanho real, inclusive de casas e teatros!
Eu adorei e recomendo fortemente a visita! Infelizmente, porque o tempo estava curto, acabei não pegando o tour guiado gratuito, mas #ficaadica!
Maquetes de casas do período rural de Tokyo
Um teatro... no meio do museu!!

Voltamos para o Terminal e contamos as horas entre a saída do ônibus e a chegada em Guarulhos (com uma conexão de 4h em Dubai, passadas em meio a duchas no spa e hamburgueres do Shake Shack - que não está incluso no voucher da Emirates, mas que vale a pena!) - minha gente... foram TRINTA E SEIS HORAS!! Não é fácil, não!! Meu Deus! Não fosse o outro lado do mundo tãããão legal como é, nem pensaria em ir à Ásia novamente... Mas vale cada minuto gasto no avião e nas salas de embarque! #vaipormim

Ah, acho que esqueci de falar nos outros posts, mas não se dá gorjeta no Japão! Quer MAIS razão para ir pra lá??!!

Fotos: @autoindulgente e @fernanda.i

sábado, 19 de novembro de 2016

Última parada: Tokyo!!!!!!!!!!!

Sempre que vou falar da viagem ao Japão, falo para as pessoas "tem que ir para as cidadezinhas pequenas... são a essência do Japão! É a parte mais legal...", mas logo me arrependo: Tokyo também é tããããão legal!!! Ó dúvida cruel!! O que é o melhor do Japão?!?! Não sei! Não sei!! Não sei!!! :o

Hahahahaha!

Ficamos apenas 3,5 dias em Tokyo - desnecessário dizer que foi um tempo ridículo de curto para a imensidão de coisas que aquela cidade tem a oferecer. Não tanto em pontos turísticos, mas em ruas para se perder e se maravilhar. Não conheci nada ao Norte da cidade (onde ficam o Parque Ueno e o Senso-ji), não fui à tradicional Akihabara (o antigo bairro dos eletrônicos), nem peguei nenhum boat cruise pela Baía de Tokyo para Odaiba. Muito menos perdi um dia inteiro para uma curta viagem a Hakone para tentar ver o Monte Fuji. Simplesmente não tive tempo... Por isso, sugiro PELO MENOS 5 dias inteiros em Tokyo (mais, se for a Hakone).
Mas, se 3,5d for o que você tiver... fazer o quê, né?!

Para ir de um lado para o outro, usamos o Icoca ("bilhete único" de Kyoto, que também pode ser recarregado e usado em Tokyo!). No primeiro dia, é um pouco overwhelming aquele monte de linhas de trem e metrô no meio da cidade (tem estação que é só trem, outras que é só metrô - mas você sempre pode fazer baldeação nas estações em comum), mas, uma vez que você se acostuma, é muito mais simples que o metrô de Londres ou o de NY, por exemplo. Em Tokyo, nem precisamos de app nenhum - bastava o bom o velho mapinha que dão nas estações (além do meu querido app Pocket Earth, que sempre menciono aqui no blog).
*Ah, uma coisa importante de se falar é do horário de funcionamento do metrô. Ele varia de estação para estação (entre meia-noite e 1h), como metrôs de várias outras cidades do mundo, mas o que é engraçado é que NÃO, você NÃO pode respirar aliviado ao entrar no vagão: o comboio pára, onde quer que esteja! Não tem dessa de ir até a estação final. Então, olho no relógio!!!

Ficamos hospedados no Citadines Shinjuku Tokyo, que reservamos via Booking.com, por  ¥15.444 por dia. O hotel fica muito bem localizado, perto de uma estação de metrô e de uma de trem. O quarto é bem espaçoso (considerando que estamos no Japão), tem até uma saletinha. Gostamos bastante de lá!
Shinjuku é um ótimo bairro para se hospedar - e deve ser o que mais tem oferta de hotéis. Se fosse hoje, talvez tivéssemos preferido ficar em Ginza, que é (um pouco) mais tranquila e onde acabamos passando bastante tempo; mas foi bem prático ficar em Shinjuku. Shibuya e Harajuku são outros bairros queridinhos dos turistas.

Dia 1 - Yoyogi Park e Templo Meiji, Harajuku (Takeshita Dori), Omotesando, Shibuya Sta., Hedgehog cafe, Roppongi Hills e Mori Art Museum, jantar no TMG

Este é um passeio que você quer fazer num domingo, que é quando o Meiji Jingu fica cheio de casais casando-se de forma e vestimentas tradicionais e Harajuku fica cheia das Harajuku girls. Infelizmente, eu não tinha nenhum domingo em Tokyo...

Começamos o dia no Yoyogi Koen, onde fica o Meiji Shrine e o Meiji Jingu.
Ah, posso falar?! Não curti os parques de Tokyo! Ok, fui em poucos e não fui ao Parque Ueno, que dizem ser muito legal, mas não achei agradáveis os que visitei. Nenhum dos dois tem lugares para se sentar e contemplar o que for que você queira contemplar...
Dezenas e dezenas de barris de sakes, doados por empresários anualmente

Enfim, depois de lá, descemos a Takeshita Dori, a rua mais famosa de Harajuku, que tem as lojas mais bizarras que se pode pensar neste planeta (onde as Harajuku girls compram as suas roupas-cosplays-fantasias de loucas) e aquele monte de lojinhas que vendem crepes gigantes com sorvete, como nos vídeos do youtube:




*Às 10h e pouco, havia pouquíssimo movimento na rua, ainda muitas lojas abrindo... deixe para fazer este passeio um pouco mais tarde.

Seguimos descendo até chegar à av. Omotesando, que é linda, arborizada, cheia de lojas chic!

Numa ruela paralela, fica a filial japonesa (primeira loja fora de NY) da Dominique Ansel Bakery - sim, aquela do Soho onde filas homéricas se estendem todas as manhãs atrás de cronuts, o filho bem sucedido do doughnut com croissant! E o melhor de tudo: com atendimento padrão japonês!!
Para nossa surpresa, os cronuts estavam lá, disponibilíssimos ao nosso bel prazer, mas... fresca ou não, a verdade é que não achei "tudo isso". A visita, entretanto, continua valendo a pena: os demais doces estavam com uma cara ótima, o atendimento é super e a loja, uma graça!
(Talvez eu só tenha pouca sorte, porque os sabores de cronuts mudam mensalmente e o de abril deste ano era médio - abacaxi com chocolate... Meu, , quê combinação bizarra é essa?! Nada a ver!)



A partir do DAB, descemos a Omotesando mais um pouco e viramos na Aoyama Dori. Minha sugestão é voltar um pouco e descer a Cat Street, que dizem ser cheia de lojas legais (enquanto a Aoyama não tem graça nenhuma). Assim, chega-se à estação de Shibuya.
Depois de nos perdermos um pouco pela estação bizarramente grande, chegamos à Saída Hachiko (sim, ela se chama desta forma!), onde, além da estátua do Hachiko (o cachorro do Richard Gere), há outra coisa que chamou ainda mais a nossa atenção: o Tokyu Foodshow!!! É o subsolo de uma loja de departamento (depato) CHEIA de quiosques com as mais variadas e vistosas comidas EVER!! Tem de doces franceses a saladas, de chocolates a bentôs chics, de tudo! Fiquei tão pasmada que nem tirei nenhuma foto, só fiquei vagando pelos corredores, com os olhos arregalados e a boca aberta, como se nunca tivesse visto "comida" em toda a minha vida!

*Todas as depatos (ou quase todas, só para não generalizar) tem subsolos cheios de lojinhas de comidinhas. Tem coisas de tudo quanto é preço, mas certamente é um bom lugar para encontrar um almoço rápido e em conta.
O mais engraçado é que eu ainda não consegui descobrir onde as pessoas comem. Não há mesinhas e eu não vi ninguém comendo e andando, tal qual um novaiorquino. Meu primo disse que isso não é bem visto pelo japonês.
A gente comeu sentado num banco de frente para a estátua do Hachiko, com o maior cuidado do mundo para nenhum grãozinho de gohan cair no chão. Em plena hora do almoço, não havia nenhuma outra pessoa comendo, com exceção de outro grupo pequeno de, óbvio, turistas. Quando eles se prepararam para ir embora, quase pedi encarecidamente para ficarem mais 10 minutinhos, para que eu pudesse acabar minha refeição tranquilamente!
Não é a toa que aquele povo é magro daquele jeito... com tantas regras de etiqueta para comer!
*Sinto dizer que, dentre tantas opções, minha refeição foi... uma salada! Nossa, não aguentava mais comer naquela viagem! Precisava de uma refeição detox!!

De frente para a saída do Hachiko, fica o famoso Shibuya Crossing - o cruzamento mais conhecido do planeta! Mas ele merece ser visto à noite (quando o movimento é pleno) - então, ficamos de voltar outro dia, apropriadamente.

Pegando o metrô/ trem, descemos em Roppongi para conhecer outra coisa tipicamente japonesa: os animal cafes!
*O metrô é outro capítulo a parte no manual de etiqueta japonesa - ninguém conversa, não se houve barulho nenhum. Os telefones são colocados no vibrador e, se for para atendê-lo, que seja somente para falar que está no trem e que liga quando sair. Inacreditável.
*Outra coisa que nos abismou quando andamos de metrô foi ver algumas criancinhas muito pequenas (cerca de 5-7 anos) andando sozinhas, sem supervisão adulta, indo para a escola ou voltando para casa. A coisa mais fofa deste mundo! Queria muito roubar uma para mim!

Acho que o Japão foi precursor nessa história de animal cafe. Hoje em dia, já tem em outros lugares da Ásia, também. Basicamente, são cafés onde você vai para beber algo e acariciar um bichinho. Há os que você paga uma taxa e fica por 15-30 minutos, há os que você compra a bebida e pode ficar lá. Tem de coelhinhos, de gatinhos, de cachorrinhos (esse deve ser meio fedido), de coruja (esse, eu achei judiação) e de... hedgehogs! Foi meu escolhido, o Harry the Hedgehog.
Neste, você paga ¥1.000 para ficar 30 minutos "brincando" com o hedgehog de sua preferência. Tem que pagar um fee extra se for tirar fotos com câmeras (iPhone é de graça). Eu escrevi "brincando" porque esses bichinhos tem hábitos noturnos e só querem dormir... judiação! Quando conseguem uma posição confortável (i.e. forma "bolinha"), já se põe a dormir. Foi bizarro e não recomendo a experiência. Talvez os cafés de coelhinhos seja mais agradável.


Saindo de lá, fomos ao Roppongi Hills, um complexo meio doido de lojas, escritórios, residência, museu, restaurantes... tudo junto e misturado. Outro lugar que dá para ficar meio perdido (sentimento básico em Tokyo).

No topo de um dos prédios, fica o Mori Art Museum, um museu de arte moderna, e o Tokyo City View, um dos observatórios de Tokyo (há também no novo Tokyo Skytree, no tradicional Tokyo Tower e no Tokyo Metropolitan Government Building, o TMG, onde jantei naquela noite). O legal deste é que é num heliponto (na verdade, ele fica fechado em dias encobertos).
HK, pagando de fotógrafo


À noite, meu primo veio nos encontrar e jantamos no TMG, o prédio da Prefeitura de Tokyo, que fica numa área mais calma e de escritórios de Shinjuku e tem um restaurante de comida italiana (sic!) no topo. A comida não é das mais baratas e não estava das imperdíveis, mas tampouco estava ruim. Na verdade, estava esperando algo péssimo, bem pega-turista mesmo... então, até saí feliz. (teria escolhido outro lugar, se tivesse outra oportunidade, mas meu primo também não mora em Tokyo e não tinha nenhum lugar em mente - como ele tinha poucas horas conosco, não dava para ficar enrolando)
O legal do TMG (além de seu aspecto Big Brother-opressor) é que o observatório é gratuito! Mas você vê a cidade pelas janelas, então, não é tããão legal assim. Se não tiver tempo de visitar o TMG, não se martirize.

Fotos: Fernanda I. e HK.