segunda-feira, 31 de maio de 2010

Toque de Midas

Finalmente conheci o BottaGallo! Estava curiosa desde janeiro, quando a bottega inaugurou, pela simples força da reputação... Como essa palavra tem força, não é mesmo?! Logo que você fica sabendo que os sócios são os mesmos do Astor, do Bráz, do Quintal do Bráz, do Original, do Pirajá, da Lanchonete da Cidade (...), você já tem 99% de certeza de que o lugar é bom - como eles se meteriam numa empreitada ruim?? Agora, depois deste post, você completa o 1% restante.

Chopp muito bem tirado, comidinhas gostosas, atendimento exemplar e ambiente agradável estão presentes em mais esta casa dos sócios. O cardápio satisfaz tanto jantares familiares quanto animados happy hours: as porções podem vir pequenas ou grandes, mas a sugestão é sempre pedir um monte de porções pequenas e dividir!
Éramos em 3 e pedimos 3 porções - uma de cada "seção" do cardápio: a bolognesa para molhar o pão e comer até raspar a tigela; o panini de presunto com geléia de pimenta, e a polenta grelhada coberta com queijo, bolognesa e shiitake. Estava tudo ótimo, mas destaque (positivo) para o panini fantástico e (negativo) para a porção micro da polenta.

Para sobremesa, pedimos o tiramisú, a panacotta e o cheesecake. As sobremesas são todas preparadas lá e o cardápio é mais extenso do que nas outras casas, mas nem sempre quantidade = qualidade, e eles podiam ter focado mais. Entenda: o tiramisú estava realmente muito bom, e os demais não estavam ruins, mas a panacotta tinha um gosto muito marcado de creme de leite, e, ao cheesecake, faltou certa leveza...

O divertido é o linguajar do cardápio, que parece saído da nova novela Passione! Há várias referências à língua Italiana, mas, no pé da página, o restaurante explica: As expressões em língua italiana utilizadas neste cardápio são pura obra de ficção da cabeça deste Gallo. Qualquer semelhança com palavras ou termos cultos da língua de Dante terá sido mera sorte ou pura coincidência!!
Agora, o divisor de águas: 11 chopps + 3 pratos + 3 sobremesas + 1 água + 1 café = R$ 61,41 x 3.
Para mim, não chega a ser barato, mas, a contar pelo tamanho da fila que se formava quando fomos embora (perto das 22h), está bem pago.

Voltarei: talvez, prefiro o ambiente mais informal do Pirajá ou do Original
Para ir: com amigos
Tipo: barzinho bacana do Itaim

Fotos: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: R. Jesuíno Arruda, 240, Itaim Bibi - tel. 3078-2858

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Crepes & Waffles no Brasil

Outro dia (na verdade foi há uns 2 meses) fui conhecer o shopping Vila Olímpia, inaugurado no fim do ano passado. Foi lá que conheci a rede colombiana Crepes & Waffles.
Infelizmente, minha experiência não foi tão boa quanto ao da Flá.

Conseguimos sentar à mesa logo que chegamos, bom... só sentar, né?... porque demorou horrores (em torno de 20 minutos) até sermos atendidos! Talvez porque a filial brasileira seja ainda "nova", mas as garçonetes pareciam mais perdidas do que baratas tontas em meio a um tiroteio!
Digo-lhes o porquê:
1) Demoraram para marcarem nossos pedidos;
2) Faltou talheres e guardanapos na mesa (isso porque pedimos umas 3x e os talheres chegaram só depois da comida e os guardanapos depois disso ainda);
3) O café veio frio;
4) Como nossa mesa ficava próxima da cozinha, dava pra ver a confusão dos atendentes que não sabiam de que mesa eram os pratos, que ficavam em torno de 10 minutos esfriando no balcão);
5) Consequentemente, nossos crepes demoraram para chegar à mesa e vieram mornos.

Como eu esqueci de tirar a foto do meu crepe de frango com aspargos (que estava de regular a ruim, pois estava morno e foi meio estranho ver o frango em cubos e não desfiado como estamos acostumados nos buffets de festas), segue as fotos dos crepes doces: o de fondue e o de chocolate (este último que foi o que salvou a reputação do restaurante).


Como podem ver a apresentação dos pratos é boa. Talvez tenha sido azar no dia que eu fui, portanto, postem seus comentários concordando ou não com a percepção que eu tive.

Quanto aos preços, diria que é razoável, especialmente dos pratos doces (pelo que eu me lembre eram em torno de R$13,00). Já os crepes salgados custam em torno de R$25,00...

Voltarei: um dia... para provar os waffles
Para ir: quando não estiver com muita fome; com vontade de crepe ou waffles; com paciência
Tipo: crepe e waffles (rs)

Foto: Yummiest Photos

Serviço de utilidade pública: Rua Olimpiadas, 360, loja 503 - Shopping Vl. Olímpia - tel. 3047-6267

domingo, 23 de maio de 2010

Tirando do baú - Vicolo Nostro

Antes que a me destitua da posição de colaboradora deste blog, vou começar a tirar minhas dicas do baú (para também não correr o risco do restaurante não existir quando o post for publicado... kkkk).

Vou (re)começar a escrever este ano (minha nossa! não publico nada desde 2009!!!), contando de um restaurante italiano maravilhosamente romântico: Vicolo Nostro.

Demorou tanto para este post sair que já fui e voltei duas vezes, a primeira como almoço de despedida do meu antigo trabalho, em janeiro. E a segunda vez foi durante o Restaurant Week, em março (...pausa para o suspiro: momento nostalgia...).

Devo este achado aos meus ex-companheiros de trabalho que escolheram este restaurante para encerrar meu último dia lá com chave de ouro. Fiquei impressionada logo na entrada do casarão escondido numa rua calminha atrás da avenida Morumbi. O interior do restaurante é LINDO! Muito bem decorado, com três ambientes igualmente românticos e, é claro, com música ambiente italiana.
No courvet são servidos pãezinhos (os de sal grosso são quentinhos e macios, os melhores que já provei), patê de azeitonas, manteiga e azeite com balsâmico (hummm... dá água na boca só de relembrar).
Como prato principal pedi um risotto com camarões, mas também provei o ravióli de abóbora que minha ex-colega pediu. Não sei se foi por causa dos pãezinhos ou do ambiente, mas os pratos vieram sem demora e ambos estavam bem servidos e saborosos! (Nota: como uma apreciadora nata, devo ressaltar que os camarões estavam no ponto certo, com aquela textura "crocante e macia")

As sobremesas (tiramisu e gelato italiano com calda de frutos vermelhos) também estavam muito bem caprichadas (esteticamente), um tanto pequenas, é verdade, mas na medida certa depois de ter apreciado o couvert e o prato principal (ou seja, comido um monte).

Os pratos têm uns nomes chiques em italiano, mas devido ao tempo decorrido, não me lembro mais... o atendimento foi muito profissional, sem ladainhas ou "lenga-lenga". Enfim, virei fã do restaurante e recomendo sem dúvida alguma.

Quanto ao almoço durante a "Semana do Restaurante", fui com o meu namorado, chegamos antes do restaurante abrir (11h50) para ter a chance de pegar uma mesa que para nossa felicidade conseguimos sem contratempos. E almoçamos (couvert + entrada + prato principal + sobremesa) por R$27,50/pessoa (sem contar as bebidas e o serviço), esta foi a grande diferença e claro não comi camarão nesse dia, mas as opções eram muito boas de qualquer maneira.

Nos dias normais suponho (porque não paguei na primeira vez) que custe em torno de R$100,00/pessoa. No entanto, eles oferecem também um menu executivo no almoço que custa em torno de R$55,00 incluindo couvert, prato principal e sobremesa. Outro detalhe é que um suco de laranja SIMPLES (de 300ml) custa R$7,50!!! Isso mesmo e se você contar com o serviço vai para R$ 8,25! Mas vale a pena a indulgência (rs).

Voltarei: com certeza (principalmente se ele estiver participando do próximo Restaurant Week)
Para ir: acompanhado de pessoas especiais
Tipo: italiano com classe

Foto: Yummiest Photos e do site.

Serviço de Utilidade Pública: Rua Jataituba, 29, Brooklin - tel. 5561-5287

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Em Paris novamente

Acho que ando saudosa de Paris...

Quinta passada, fui ao La Tartine com uma amiga querida e finalmente experimentei a merecidamente famosa quiche de chèvre com tomate - muito saborosa e sem mesquinharia de chèvre. De sobremesa, experimentamos a crème brûlée, que estava gostosa, mas ficou fora da minha lista de favoritas.

No dia seguinte, fui com um casal amigo querido a um bistrô que faz tempo que queria experimentar, o Le Jazz Brasserie. Tinha lido críticas ótimas sobre o lugar - um bistrô francês autêntico, com pratos clássicos, água do filtro gratuita e preços decentes!

Chegamos às 20h15, mas a casa (pequenininha, aconchegante e com uma trilha sonora ótima) já estava lotada. Sentamos na mesinha de fora e esperamos... esperamos... esperamos UMA HORA E QUARENTA E CINCO MINUTOS!!! Quase soltei rojões de alegria quando nos chamaram para sentar (quem cuida do salão é o Gil Carvalhosa Leite, um dos sócios, que já foi gerente de hotéis de luxo no exterior e cuida do salão com gentileza e educação, sem perder o bom humor)!
De entrada, pedimos o camembert empanado, acompanhado de torrada, que estava ótimo. De prato principal, Carlos e eu pedimos o hachis parmentier (uma espécie de escondidinho de rabada), que estava DI-VI-NO, a Letti pediu o steak au poivre, que estava muito bom, também, e o HK, l'entrecôte da casa, que eu gostei, mas o HK acha que não estava no ponto correto. De sobremesa, os casais dividiram o claufoutis, uma espécie de torta de frutas vermelhas, acompanhada de sorvete de baunilha feito na casa, que estava absurdamente bom!

O preço é realmente decente, considerando que estamos falando de um francês: R$ 57/ pessoa, sem bebidas alcóolicas.
Da mesma forma que de Paris, saí do Le Jazz já pensando em quando voltarei...
A única coisa é que, da próxima vez, experimentarei o pato mal passado e reservarei a mesa para as 20h!!

Voltarei: sem sombra de dúvida
Para ir: quando estiver com saudades de Paris, com pessoas muito legais, porque, se é pra esperar muito, que seja em boa companhia!
Tipo: bistrô

Foto: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: Rua dos Pinheiros, 254, Pinheiros - tel. 2359-8141

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mais um...

Esta é a segunda receita do Hummingbird Bakery Cupcake Kit que eu testo: Red Velvet Cupcakes!!
Os bolinhos vermelhos de aparência, no mínimo, curiosa, são, na realidade, de chocolate e ficam assim por conta de duas colheres de sopa de corante vermelho, mas ouvi dizer que, na origem, o bolinho ficava vermelho da reação química do vinagre com alguma coisa aí...
A massa ficou úmida e uma delícia, não muito doce e nada enjoativa.
Enfim, lá vai minha tradução livre da receita:

Para o bolo:
- 60g de manteiga sem sal, a temperatura ambiente;
- 150g de açúcar super refinado (usei cerca de 120g de açúcar refinado peneirado);
- 1 ovo;
- 1 colher de sopa de cacau em pó (usei chocolate em pó);
- 2 colheres de sopa de corante em pó vermelho;
- 1/2 colher de sopa de extrato de baunilha;
- 120ml de buttermilk (que você pode fazer em casa, seguindo os conselhos da Cinara);
- 150g de farinha de trigo (peneirei);
- 1/2 colher de chá de bicabornato de sódio;
- 1,5 colher de chá de vinagre branco;
Pre-aqueça o forno a 170C.
Numa batedeira, bata o açúcar e a manteiga em velocidade média até que a massa esteja fofa e clara. Aumente a velocidade da batedeira para alta e adicione o ovo devagar, batendo até que tudo esteja incorporado à massa.
Em outra tigela, misture o cacau, o corante e a baunilha, formando uma pasta grossa e escura. Adicione à massa e bata até que tudo esteja uniforme. Diminua a velocidade da batedeira para baixa e, aos poucos, despeje metade do buttermilk, misturando até que tudo esteja incorporado; então, despeje metade da farinha, batendo novamente até que esteja uniforme. Repita o processo até que todo o buttermilk e toda a farinha estejam incorporados.
Aumente a velocidade da batedeira e bata até que a massa esteja lisa. Diminua a velocidade novamente e adicione o bicabornato e o vinagre. Aumente a velocidade e bata por mais alguns minutos.
Distribua a massa por 12 formas de papel, preenchendo 2/3. Leve ao forno por cerca de 25 minutos, ou até que a massa esteja pronta (se enfiar um macarrão cru no meio do cupcake, ele sairá limpo, sem vestígios de massa).
Os cupcakes devem estar frios antes de cobrir com a cobertura.

Agora, quanto à cobertura de cream cheese, testei duas receitas: a do livro, com bem menos açúcar que o recomendado, e a do site Joy of Baking, que leva mascarpone ao invés de manteiga. A segunda foi, de longe, a favorita aqui em casa - bem mais leve que a primeira, casou muito bem com a massa. Entretanto, não sei se não cheguei ao ponto correto, porque ela ficou bem molona e só podíamos cobrir o cupcake segundos antes de consumí-lo - tinha que ficar na geladeira o tempo todo...

Cobertura de cream cheese da Hummingbird:
- 300g de açúcar de confeiteiro peneirado (usei metade, de açúcar impapável, que realmente ficou mais lisinho que o de confeiteiro);
- 50g de manteiga sem sal em temperatura ambiente;
- 125g de cream cheese, frio.
Bata a manteiga e o açúcar em uma batedeira em velocidade média-baixa até que os ingredientes estejam bem misturados. Adicione o cream cheese de uma só vez e bata até que tudo esteja incorporado. Aumente a velocidade para média-alta e bata até que a cobertura esteja fofa e clara, por cerca de 5 minutos.

Cobertura de cream cheese da Joy of Baking:
- 113g (!!) de cream cheese a temperatura ambiente;
- 113g de mascarpone a temperatura ambiente;
- ½ colher de chá de extrato de baunilha;
- 60g de açúcar de confeiteiro (ou impapável, como usei) peneirado;
- 180ml de creme de leite fresco.
Na batedeira, bata o cream cheese e o mascarpone até estar bem misturado. Adicione a baunilha e o açúcar e bata bem.
Em outra tigela, bata o creme de leite até ponto de chantilly.
Grosseiramente, faça um buraco no meio do creme de queijo, coloque metade do chantilly e, com uma espátula larga, cubra-o com o creme, gentilmente. Repita o processo com o restante do chantilly até tudo que esteja uniforme.

Olha os filhinhos da mamãe:

sábado, 1 de maio de 2010

Peaches & cream cupcakes

E a saga dos cupcakes continua...

Em Londres, comprei um kit de cupcakes da própria Hummingbird, o "The Hummingbird Bakery Cupcake Kit", que vem com um livrinho de receitas e algumas forminhas de cupcake.
Chegando em casa, já testei duas receitas.
Uma delas é esta aqui: a Peaches and Cream Cupcakes, que eu traduzo livremente a seguir.

Para o bolo:
- 120g/ 1 copo de farinha de trigo (peneirei)
- 140g de açúcar "super refinado" (usei 120g de açúcar refinado comum, peneirado)
- 1 1/2 de colher de chá de fermento em pó
- uma pitada de sal
- 40g de manteiga sem sal, a temperatura ambiente (pique a manteiga em pedaços pequenos para agilizar, caso ela esteja gelada)
- 120ml de leite integral
- 1 ovo
- 1/4 de colher de chá de extrato de baunilha
- 400g de pêssegos em calda picados (dá pouco menos de 1 lata)

Pré-aqueça o forno a 170C.
Em uma batedeira, bata a farinha, o açúcar, o fermento, o sal e a manteiga em velocidade baixa até obter uma consistência arenosa e tudo estar bem misturado. Gradualmente despeje metade do leite e bata até que ele esteja incorporado.
Bata levemente, com um garfo, o ovo, a baunilha e o resto do leite por alguns segundos. Então, despeje esta mistura à anterior e continue batendo até que tudo esteja incorporado. Continue por mais alguns minutos até que a massa esteja lisa.
Distribua os pêssegos picados pelas forminhas de papel até que todos os fundos estejam cobertos (cubra 12 formas). Distribua a massa, com o auxílio de uma colher, pelas formas de papel, deixando 1/3 da forma livre.
Leve ao forno por cerca de 25 minutos, ou até que os bolos estejam dourados.
Retire do forno e deixe esfriar completamente antes de pôr a cobertura.

Para a cobertura de buttercream de baunilha:
- 250g de açúcar de confeiteiro peneirado
- 80g de manteiga sem sal, a temperatura ambiente
- 2 colheres de sopa de leite integral
- algumas gotas de extrato de baunilha
Em uma batedeira, bata o açúcar e a manteiga em velocidade média-baixa até que os ingredientes estejam bem misturados. Diminua a velocidade para baixa.
Combine o leite e a baunilha em um outro recipiente e, então, junte à manteiga aos poquinhos, batendo sempre. Assim que todo o leite estiver incorporado, aumente a velocidade da batedeira para alta e bata até que a cobertura esteja clara e fofa - cerca de 5 minutos.
Quanto mais a cobertura é batida, mais clara e fofa ela fica!
Com o auxílio de uma espátula, cubra os cupcakes e, se quiser, polvilhe um pouco de açúcar mascavo, para decoração.

Olha o resultado:


O bolo ficou muito bom, úmido, fofo, ótima combinação com o pêssego. A cobertura não ficou lá igualzinha a da padaria londrina, não... mas ficou gostosinha, também.
Da próxima vez, tentarei usar açúcar impapável, que é mais fininho, e tentarei pôr menos açúcar. Como? Baterei primeiro a manteiga, depois, o leite e a baunilha e, depois, vou acrescentando o açúcar até dar o ponto. De repente, dá certo...
Outra coisa que tentarei é colocar o pêssego no meio do bolo, como se fosse um recheio... mas, disso, não estou muito certa... tenho medo que o pêssego "pese" e a massa que ficar embaixo não asse direito...

Se tentar e der certo, me avisa?