sexta-feira, 12 de junho de 2015

Curitiba

Fim de semana retrasado, fomos a Curitiba visitar um casal de amigos que se mudou pra lá há 4 meses. Eles estão morando no Centro Cívico, exatamente na frente do “Museu do Olho” – que nada tem a ver com oftalmologia! Hahaha! É o nome popular do Museu Oscar Niemeyer (que, de fato, tem o formato de um olho).
A gente não visitou o museu (a lojinha parece bem legal! hahaha!), mas fizemos alguns outros passeios interessantes:

Chegamos sábado, perto do meio-dia e fomos almoçar em Santa Felicidade, que é um distrito mais afastado do Centro (como uma Barão Geraldo, de Campinas), CHEIO de restaurantes daqueles bem espaçosos para ir com a família inteira e comer uma bela comida de cantina. A Liginha (sim, a mesma das dicas de Bonito) nos levou ao Famiglia Fadanelli. Não tenho parâmetros para falar se é o melhor da região, mas posso dizer que estava bem gostoso. Voltaria feliz.
Tem um buffet de antepastos, cobrados por peso, com um monte de coisas gostosas. Comemos tantos queijos com geléia caseira que mal toquei no meu talharim com cordeiro assado e brócolis alho & óleo, mesmo estando bem gostoso (a bem da verdade, ele era MUITO bem servido!). O conchiglione com frutos do mar e alho porró, que o casal anfitrião pediu, estava muito bom, também! Por outro lado, o ravióli de abóbora do HK, apesar de gostoso, estava meio enjoativo.
Cordeiro 
Ravióli de abóbora
A conta saiu R$ 80 por pessoa (somente bebidas não alcoólicas).

Pulamos a sobremesa e fomos ao Jardim Botânico, um dos cartões postais da cidade. Nossa, os parques de Curitiba dão gosto! – grama rente, plantas bem podadas, tudo muito bem cuidado, sabe. Meu pai diz que isso vem do povo, e eu concordo... parcialmente: Já é provado e demonstrado como as pessoas tendem a preservar as coisas bem cuidadas e a degradar ainda mais as desleixadas. As pessoas que se comportam e não jogam lixo no chão do metrô de São Paulo são as mesmas que escrevem recadinhos de amor no banco do ônibus. Ou seja, uma parte é do povo, mas a outra é do governo, de mostrar que os parques SÃO zelados.
Desculpem a revolta, mas ando achando São Paulo uma terra de ninguém... os canteiros todos jogados, os parques ao léu... não ando NADA feliz com a administração Haddad.
 
Jardins europeus curitibanos
De lá, fomos à Cuore di Cacao, que já faz história nesse blog. Tomamos um chocolate quente superbom e compramos um pequeno estoque de bombons e barras ("pequeno" porque agora tenho meus personal contrabandistas do chocolate curitibano!!). 
Fato interessante é que o chocolate da Cuore é feito lá na fábrica de Curitiba, a partir de lotes selecionados de apenas 3 fazendas baianas, parceiras da loja (a bem da verdade, eu não sei como fazem as boas chocolaterias de São Paulo... mas eu achei legal e quis compartilhar! hahaha).

Caminhando pela vizinhança dos nossos amigos, ficamos bem intrigados com um lugar que inaugurou exatamente naquele dia, o Mary Ann Apple Factory - uma loja de... MAÇÃS DO AMOR GOURMETIZADAS!!!!!!!! Hahahahaha!
Quando a gente acha que já viu de tudo... não viu nada!
Neste caso, literalmente: a loja já estava fechada (ela abre somente de sexta a domingo, das 14 às 19h... outra bizarrice!!!).
Uma das coisas de que mais gostei foi o Bosque do Papa, que tem 7 réplicas de casas típicas coloniais polonesas bem bonitinhas. Já estavam todas fechadas àquela hora, mas a Liginha disse que uma delas abriga uma lojinha de souvernires bem bonitinhos (e caros).

Mais tarde, ainda bem satisfeitos do almoço, resolvemos só tomar uma(s) sopinha(s) no Dona Ambrosina, um lugar recomendado por uma colega de trabalho do Guilherme. O lugar estava cheio (mesmo sendo bem grande), mas sentamos rápido (em menos de 15 minutos).
(A Liginha diz que nunca esperou mais de 30 minutos para nada em Curitiba... que inveja!)
Havia umas 6 opções de sopa + 1 sobremesa (canjica). Eles são famosos pela sopa de milho, mas a minha favorita foi, de longe, a canja, bem caseirinha e levinha! Não era páreo para a da minha mãe... mas nenhuma é!
As sopas estavam gostosas, mas acho que não sou parâmetro para sopas, porque sou do tipo que topa até detox...
Foi um jantar light até na conta - R$ 30 por pessoa!

No dia seguinte, tomamos café da manhã no Família Farinha porque eu queria porque queria comer cuca. Além da cuca de uva (que estava BEM farofenta, do jeito que eu gosto), tomei um chocolate branco quente bem gostoso e gordinho!!
Minha fernandica pros Farinha é que eles precisam otimizar o espaço! A área dedicada a lanchonete é muito pequena... umas 3 mesas, quando muito! Enquanto isso, um espaço grande no andar de cima tomado por caixas e estoque... Aquele lugar podia facilmente virar a Galeria dos Pães de Curitiba!

Voltamos para o apartamento e alugamos Kuritbikes (R$ 10 por bike por 2h).
Nossos anfitriões são pessoas bastante ativas, ambos gostam de esportes e atividades outdoor e são grandes entusiastas das ciclovias de Curitiba
Como não ser?! Elas são um capítulo a parte - não acompanham as ruas para tráfego de carro (como todas as ciclovias que eu conhecia até então), mas, sim, cortam a cidade por caminhos alternativos, acompanhando parques, pistas para caminhadas e córregos limpos (havia gente pescando!). Fiquei completamente encantada com a Curitiba dos ciclistas!

Fomos pedalando até a Ópera de Arame, outra grande atração da cidade (gostei, mas não tem nem metade do charme do Jardim Botânico), e voltamos pedalando até o Centro, para dar uma rápida passada na Feira do Largo, de algumas comidinhas e muito artesanato e cacarecos.


Já bem perto do horário do nosso vôo, fomos almoçar correndo no Madero (sim, é o mesmo so-called "best burger in the world" do Itaim Bibi). Fiquei bastante decepcionada com meu sanduíche, cujo hambúrguer estava pra-lá-de passado e sem gosto. Nem vou continuar falando porque resolvi que só escreverei mal de lugares cujo atendimento seja ruim (e o atendimento de lá, apesar de não exatamente simpático, foi minimamente correto).

Fazia séculos que não ia a Curitiba. Acho que a última vez foi há... 14 anos! MEU DEUS! 
Continuo gostando da cidade!
Acho que ela é mais do tipo que cativa o morador do que do tipo que atrai turistas mil. Quem não gostaria de morar em uma cidade com aquela infra-estrutura (preciso falar dos pontos de ônibus?!), um parque em cada região, clima temperado e onde se espera no máximo 30 minutos para sentar em restaurantes?!!!!! Afe... me chama!
E ainda tem essa anfitriã charmosa??
Fotos: @autoindulgente, @fernanda.i e HK.