segunda-feira, 30 de junho de 2014

Desperdício zero!

Odeio jogar comida fora. Por isso, tenho arranjado novos fins ao que tem sobrado nas refeições.

Outro dia, HK assou uma anchova inteira, só com sal e azeite. Ficou ótimo, mas um peixão para 3 pessoas foi demais. Sobrou 1/4 do peixe. Não era o suficiente para uma refeição de dois, mas não dava para jogar fora, né!
Foi aí que resolvi adaptar uma receita do Panelinha (anota aí, que este não encontrei no site):

Almôndegas Assadas
- 500g de filé de peixe (pescada branca, merluza ou linguado) - obviamente, fiz uma versão reduzida da receita e só usei o que tinha, já assado
- 1/2 cebola picada
- 1 dente de alho picado
- raspas de 1 limão
- 3 colheres de sopa de hortelã, salsinha ou coentro picado - só usei salsinha, porque não tinha mais nada no Pão de Açúcar...
- 1 colher de chá de sal
- 1 pitada de pimenta do reino moída na hora - usei caiena
- azeite de oliva para untar
- inspirada pela brandade de bacalhau, também usei 1 batata pequenininha, cozida no microondas mesmo* e acrescentei 1 colher de chá de requeijão, porque eu adoro engordar as receitas...

1) Preaqueça o forno a 180oC. Com o auxílio de um pedaço de papel-toalha, unte com azeite uma assadeira.
2) No processador de alimentos, bata todos os ingredientes por cerca de 2 minutos ou até obter uma pasta homogênea.
3) Para fazer as almôndegas, meça 1/2 colher de sopa da pasta e, com as mãos untadas em azeite, enrole uma bolinha; transfira para a assadeira. Repita o procedimento com toda a pasta.
4) Leve ao forno preaquecido para assar por 20 minutos. A cada 5 minutos, chacoalhe a assadeira para que as almôndegas assem por igual.

*basta lavar a batata bem, furar dos dois lados com um garfo e mandar bala no microondas. Nunca sei quanto tempo deixar, então coloco 2 minutos e vejo e assim por diante. Ajuda embrulhar no papel alumínio DEPOIS DE TIRAR DO MICROONDAS e deixar descansar alguns minutos.


Foi super rápido e prático de fazer e ficaram ótimas! Comemos vendo jogo do Brasil x México! **saudável**

O feijão, ao invés de ser requentado, também virou estrela principal aqui em casa! Segui esta receita do site Tudo Gostoso, com pouquíssimas alterações/ simplificações:
- não coloquei nem calabresa, nem ovo (porque já tinha calabresa originalmente no feijão e porque estava sem ovo em casa!);
- não precisa colocar óleo na panela para fritar o bacon, ele já solta óleo suficiente;
- usei o óleo do bacon para tudo - para fazer o tutu em si, para refogar a couve depois!

Ficou bem mais leve que a maioria dos tutus que comemos por aí e muito gostoso! Pretendo repetir mais vezes!!

Fotos: @fernanda.i

sábado, 28 de junho de 2014

La Guapa

Fui sedenta ao La Guapa depois de ter lido maravilhas deste lugar no blog do Luiz Américo Camargo! Adorei tudo, das empanadas ao ambiente. 
As empanadas (R$ 6,30 cada) tem massa finíssima, recheios fantásticos (salteña e pucacapas foram nossos sabores favoritos), são assadas na hora e vem queimadinhas no ponto certo!
Tem chimichurri para acompanhar!
O lugar é super despojado (não pseudo-despojado - despojado MESMO), com balcão e cadeiras altas, virado para a parede, pouquíssimas mesas, sem serviço de mesa. Simples como um lugar que vende empanadas deve ser.
E as sobremesas são poderosas! Não achei nada de mais do alfajor, na verdade, mas o tabletón (essa delícia abaixo, recheada de doce de leite argentino, bem suave, para comer com creme de leite batido antes de chegar ao ponto de chantilly) estava de lamber o prato (calma, não cheguei a esse ponto!).

Troco o Caminito? Hmmm... não sei - é como comparar o Ben's Cookies com o Lu Bonometti - ambos são deliciosos, um é mais simples, o outro é phyno! Não são excludentes! Hahahaha! Todos tem espaço na minha pancinha!

Voltarei? Sim, quero comer mais empanadas e provar o sorvete de doce de leite feito lá mesmo!
Para ir: com poucas pessoas, numa situação bem informal.
Tipo: lanchinho ou complemento de um hot dog do Dog Häus, que é quase do lado!

Fotos: @fernanda.i

Serviço de utilidade pública: Rua Bandeira Paulista, 446, Itaim Bibi - tel. 3079-2631

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Casa da Gabi

Tá bom, sou suspeita para falar, mas esse post não é patrocinado, não! O Gabinae (fala-se Gabiné) é o restaurante recém-aberto pelos tios do HK lá no Bom Retiro, de comfort food coreano. "Comfort food", fui eu que nomeei, mas a comida é caseirinha mesmo, e o cardápio está repleto de comidinhas simples coreanas, nada de bulgogui (churrasco coreano) ou outras coisas mais complexas.
Já comi um montão de coisas - o tempurá de legumes e de polvo (BEM crocantes por fora), o frango à parmeggiana coreano, a sopa de costela bovina, topokki, tonkatsu (original e com molho de curry), a salada com molho de mostarda com amendoim... é TUDO gostoso!!! Bem feito! 
Na última vez, pedimos karaague (frango frito) - bem crocantinho e super bem temperado! Muito bom!!

(acho que vou sugerir pra tia Sandra fazer um molhinho!)

Além de tudo, os preços são superdecentes (e nem é porque tenho desconto de parente, porque não tenho)! Na última vez, a salada + arroz + frango = R$ 32 por pessoa (e ainda levamos frango pra viagem!).

Se há uma crítica a ser feita, que seja para o cardápio - todo EM COREANO! 

Mas a Gabi (prima do HK) tá lá pra isso! Ela é uma fofa, superquerida e está sempre disposta a explicar todos os pratos com toda a paciência do mundo e fazer sugestões, se você estiver em dúvida.
Além disso, enquanto o restaurante não estiver servindo sobremesa (muito em breve, vai ter patbingsu - uma sobremesa oriental com doce de feijão, fruta e sorvete), a Gabi tem várias dicas de docerias coreanas na região, como o Fresh Cake Factory (que, pasmem! ficará fechado durante TODA A COPA!).

Voltarei? SEMPRE!
Para ir: na hora do almoço porque não sei exatamente a que horas está fechando, em um grupo não muito grande e meio sem pressa, porque ainda está um pouco demorado o serviço.
Tipo: comfy food coreano.

Fotos: @fernanda.i

Serviço de utilidade pública: Rua Lubavitch, 99, Bom Retiro - tel. 2768-2881.

domingo, 22 de junho de 2014

Vito

Fomos ao Vito de novo esta semana.
Pedimos uma tábua com copa, salame e pastrami, que vem com uma das focaccias mais fofas que já comi na vida. O salame estava uma coisa memorável de boa, em especial. Apesar de estar muito gostoso, de ser artesanal e todas aquelas coisas gourmet da vida, achei demasiadamente caro – pagar R$ 3,75 por fatia (a porção toda foi R$ 45) sobe mais minha pressão arterial do que todo o sal de uma peça de salame...

Depois, fomos de Ravioli Aberto com recheio de rabada (R$ 48) e Papardelle com ragu de Galinha D’Angola (R$ 49) – detalhe: HK jurava de pé junto que era coelho. A massa, feita lá mesmo, como manda o figurino, estava indefectível – fina e al dente. Ambos pratos estavam igualmente saborosos e frescos. Muito bons.


De sobremesa, dividimos um bolo de abobrinha (R$ 19). A casa não é lá muito chegada nas sobremesas... as opções são poucas e nenhuma parece imperdível. No caso do bolo, pelo menos, isso é fato: absolutamente nada de especial. PERCA.


A conta inteira, com uma taça de vinho, ficou R$ 213,29.

Vou chamar a atenção para o uniforme do pessoal – os homens de camisa social azul e suspensórios vermelhos, as moças de chemises. Sofisticado, chic e estiloso! Adorei!

Voltarei? É possível que sim, mas vou me ater aos pratos principais, que são realmente bons e bem feitos. Nada de sobremesa e de R$ 3,75 por fatia de salame de 3cm de diâmetro.
Para ir: Em grupos pequenos ou casal, porque o salão está maior mas continua pequenininho (originalmente, eles trabalhavam num salão ainda menor. Já faz tempo que eles se mudaram, mas nunca tinha ido na casa nova)! E não-faminto, porque as porções são diminutas.
Tipo: italiano refinado.

Fotos: @fernanda.i

Serviço de utilidade pública: Rua Isabel de Castela, 529, Vila Madalena – tel. 3032-1469

domingo, 15 de junho de 2014

Deliqatê

O ambiente do Deliqatê é uma graça - moderninho, muito cimento queimado, muita estante, muito aço e grafite. A área externa é agradabilíssima, e a mesona na entrada, que pode ser comunitária, é bem legal! Só tenho elogios.

A comida do Deliqatê tem seus destaques, também. A torta de frango (servida com saladinha de folhas ou maionese de batatas), por exemplo, é fantástica, uma das melhores que já comi. Parece... canja em formato de torta! Hahahaha! Isso pode soar como crítica, mas eu AMO canja!
A panqueca com frutas também é gostosa, bem fofinha.
Também tem seus deméritos... não gostei do rosbife (no sanduíche), tampouco HK aprovou os ovos beneditos (sic!).
French toast com bacon e ovos fritos e, no segundo plano, os ovos beneditinos 
Pão de queijo, um não-destaque
Agora, o que vai me fazer NÃO voltar lá é o atendimento do Deliqatê.
Na primeira vez que fui, quando ainda trabalhava na Paulista, o atendimento nas mesas estava muito bom, bem treinado e informado, mas a cozinha demorou um tempão para mandar nossos pratos.
Umas vezes depois, pedi o atum selado com salada verde - a garçonete repetiu o pedido enquanto anotava, para se assegurar de que não estava pedindo o sanduíche open face de atum em conserva com salada verde. Adivinha o que veio?!
E, na última vez, pedi o french toast e fiquei um tanto quanto frustrada quando chegaram dois pedaços de brioches amanteigados (que estavam bons) cobertos de bacon e 2 ovos fritos. "Será que há várias leituras do que é french toast?!" - pensei, enquanto minha mente ainda babava pela rabanada à francesa... Esperei chegar a conta e perguntei pra garçonete:
- Nossa, eu pensei que french toast fosse doce.
- Sim, tem dois no cardápio, o doce e o salgado, com ovo e bacon.
- Ah tá... eu tinha pedido o doce...
- Ah, eu pedi certo, então.
- Eu pedi o doce, você pediu o doce, mas veio o salgado?
- É... hehehe!

Pronto, acabou a conversa.

Fotos: @fernanda.i

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Izakaya Sanpo - estabelecimento fechou (virou Sanpo Bento Deli)

Vocês viram que o Guia Michelin vai lançar uma edição em SP (e RJ) em 2015?!? Li que os críticos todos foram "importados" dessa vez, mas que a ideia é contratar (e treinar) críticos brasileiros.

MICHAEL ELLIS, ME CHAMA!!!!!!!!!

Bom, voltando à vida real, segue uma boa dica para quem estiver por aí, sem fazer nada, querendo jantar informalmente uma comida bem pensada e bem feita - o Sanpo é um izakaya (boteco japonês), no miolo de Pinheiros (as mesas estão cheias de gaidjins, você não vai se sentir um peixe fora d'água), numa casinha quase sem letreiro.
Pedimos aguedashi dofu (tofu fritinho, num caldo leve e supergostoso), karaague (frango frito), agenasu (berinjela em um caldo superbom também) e oniguiri de umê (arroz em formato triangular, recheado de conserva azeda de ameixa japonesa).



Estava tudo muito gostoso!! O karaague, acho que é o mais gostoso que já comi na vida!! Casquinha SUPER crocante, mesmo depois de mergulhada no molho... tudo muito saboroso!

Acho que este é meu izakaya favorito de SP!!

A conta, com 2 chás, ficou R$ 76. Achei o preço bem decente. Eles só aceitam dinheiro ou cartão de débito.

Para ir: em casal (mas nada de primeiro encontro, já tem que ter uma liga, tá) ou com pequenos grupos de amigos, para experimentar mais coisas!!!
Tipo: comidinhas japonesas de bar. Eles não servem sushi, nem sashimi.
Voltarei? Com certeza!!!

Fotos: @fernanda.i

Serviço de utilidade pública: Rua Fradique Coutinho, 166, Pinheiros (sem tel, mas respondem rapidinho por mesagem no Facebook).

terça-feira, 10 de junho de 2014

Belga Corner, Faire la Bombe, apps e receitinha

Minhas fernandicas de apps pra vocês:

- Fat Secret - contador de calorias para o dia-a-dia.
Não sei se este é melhor que os outros, porque este foi o único que já usei na vida... mas gostei. Acho que mais pelo fato de ficar consciente das coisas que estou comendo do que pela contagem de calorias em si (que não deve ser lá muito científico).

- Big Oven - organizador de receitas e ingredientes.
Também não sei se é o melhor que há neste quesito, mas gostei deste app porque (finalmente) posso organizar todas as receitas - tanto as que tenho quanto as que quero testar um dia.
Especialmente com a internet, vira-e-mexe, me deparo com uma receita, quero fazer, mas depois esqueço dela, esqueço onde vi... e lá se foi. Agora, ficam todas lá!
Não é super user-friendly, mas já me ajudou bastante.

Falando em Big Oven, segue a última receitinha que saiu do fogão de casa:

Ovos no Purgatório (da Nigella Lawson, no programa Nigelíssima)

Ingredientes:
- 1 colher de sopa de azeite;
- 1 dente de alho - usei dois;
- 1/4 colher de chá de pimenta chilli em flocos - usei pimenta calabresa seca;
- 1 lata de tomates picados - usei uma lata de Raiola;
- 1/2 colher de chá de sal em flocos;
- 1 ovo grande - coloquei logo 3 médios;
- 2 colheres de chá de parmesão ralado;
- 2 fatias de pão branco.

Modo de fazer:
1) Coloque o azeite de oliva numa frigideira, rale o alho, polvilhe a pimenta e aqueça a panela em fogo médio, mexendo por 1 minuto.
2) Adicione os tomates, o sal e deixe ferver. É necessário estar quente o suficiente para cozinhar um ovo.
3) Quebre o(s) ovo(s), polvilhe o parmesão sobre o ovo, deixando um pouco da gema ainda exposta. Tampe a panela parcialmente. Deixe ferver por cerca de 5 minutos, quando a clara deverá estar cozida (branca) completamente, e a gema ainda mole. Fique de olho.
4) Remova do fogo e sirva com o pão (para mergulhar).


Ficou MUUUUUUITO bom!!! Podia entrar pro One is Fun do Panelinha, porque é o tipo de receita que pode ser feita para 1 pessoa tão facilmente quanto para mais. Basta colocar 1 ovo ao invés de 3!

Devo dizer que muito do sucesso aqui em casa do ovo infernal deveu-se ao pão, que teve todo um tratamento especial. Primeiro que fomos até o Itaim Bibi comprar uma baguette no Le Pain Quotidien (acho que o Bonheur de Pains fechou...); depois, chegando em casa, o HK fatiou, esfregou alho em toda a superfície, pincelou manteiga derretida e deu uma grelhadinha. Ficou de outro mundo de bom!!!

E já que fomos até o Itaim Bibi para a baguette, aproveitamos para conhecer dois lugares:

1) o waffle do Belga Corner, que achei absurdamente overrated e overpriced (isso aí embaixo custou VINTE reais! E está tão, mas tão longe de qualquer coisa que o Wildberry serviria!) -

2) e as mini-bombas do Faire la Bombe, das quais (somente) gostei, achei bem delicadas e doces na medida certa, mas a cobertura de chocolate podia ser mais fina - e também são bem carinhas: R$ 6,50 por uma bomba do tamanho do meu indicador está bem longe do que eu considero razoável.

É isso! Vou computar as calorias do dia agora. Hahahaha!

Fotos: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública:
Le Pain Quotidien - Rua Pais de Araújo, 178, Itaim Bibi - tel. 3078-0383 + 3 endereços
Belga Corner - Rua Pedroso Alvarenga, 666, Itaim Bibi - tel. 3078-4359
Faire La Bombe - Rua Pedroso Alvarenga, 677, Itaim Bibi - tel. 4563-7664 + 1 endereço, na frente do Le Jazz de Pinheiros.

domingo, 8 de junho de 2014

Kan

Minha maior falta ao blog, durante todo esse tempo que fiquei sem postar, foi não falar sobre meu jantar no Kan.
Fazia tempo que queria ir num japonês de respeito, um que não fizesse sushis com cream cheese, perguntasse se só queria sashimi de salmão e cuja trilha sonora não fosse à base de tecnopop, sabe. Felizmente, esse é tão tradicional que o cardápio é só escrito em japonês (e não tem preço de nada!)!

O restaurante fica numa galeria bastante improvável, na Paulista com a Brigadeiro. Uma portinha minúscula, fechada, quase sem letreiro.
Pedimos o menu degustação completo (seleção de sushis do chef custa R$ 200; com pratos quentes, R$ 230 - vale a pena ir de completo, porque os pratos quentes são uma delícia) e, uma a uma, vieram mais de 15 porçõezinhas de pequenos pedaços do céu. Chips de camarão, tofu com dashi, sashimi de toro (a parte mais nobre do atum), chawan mushi... depois, os sushis, feitos um a um, entregues um a um pelo chef sushiman Keisake Egashira, já com a quantidade correta de shoyu - uma leve pincelada.





Descobri que gosto muito de toro, que derrete na boca como dizem, mas sem aquele gosto de gordura de peixe que eu tenho horror, e que ouriço realmente não é pra mim. Também descobri que há muito espaço para criação em sushis - não é somente arroz temperado com um pedaço de peixe. E ratifiquei minha visão minimalista da cozinha - às vezes, menos É mais. Ingredientes frescos e bem combinados fazem milagres.

A parte triste é que, agora, fiquei mais fresca do que nunca! Não consigo mais saber desses japas rodízio por aí!!

Fernandica 1: faça reserva! Até para o almoço! O lugar é pequeníssimo. Liguei no começo da semana para ir no sábado. Tive que "jantar" às 18h porque não tinha mais reserva para as 20h...

Fernandica 2: Falando em almoço, este é imperdível - o executivo custa cerca de R$ 45, vem o suficiente (não é muito, mas o suficiente para um almoço de semana) e é feito pelo mesmo chef.

Para ir: sem o escorpião no bolso! Para conhecer o que a culinária japonesa realmente tem a oferecer além do sushi de salmão com cream cheese.
Voltarei? Sim!!! (quer dizer, não dá para ir sempre, né... mas eu certamente tenho vontade de voltar)
Tipo: japonês tradicional

Fotos: Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: Rua Manoel da Nóbrega, 76, Loja 12 - tel. 3266-3819

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Maoz

Fui ao Maoz de SP!
Mesmo esquema do de Paris, mas mais arrumadinho/ limpinho.
Sanduba de falafel por R$ 14! Salada e molhinhos à vontade!
A batata é mais saudável (assada), mas menos gostosa que a frita...

Nada bate L’As Du Falafel, infelizmente.

Foto: Fernanda I.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

NY

A última parte da viagem foi NY. Voamos de Southwest, de Omaha, e foi ótimo – os comissários eram engraçados e bem humorados e fizeram várias piadinhas durante aquelas instruções pré-vôo. Qualquer comida/ bebida durante o vôo é paga, mas i) é bem mais barato que outras cias “tradicionais”, como a United, por exemplo, e ii) eles são super pontuais. Recomendo!

Hospedagem: Fizemos um megadeal no Hotwire* e ficamos no Element Times Square.

*O Hotwire, para quem não conhece, foi minha melhor “descoberta” desde o Airbnb (graças ao Mario L.)! Basicamente, é um site que faz um “feirão dos quartos vagos” em hotéis. Os quartos são “sunk costs” para os hotéis – então, obviamente, os hotéis gostariam de ocupar seus quartos mesmo que seja por um preço abaixo dos que praticam normalmente. O problema é que isso acabaria ferindo a imagem deles perante seus hóspedes habituais. E é aí que o Hotwire entra: anunciando seus quartos por preços abaixo do normal, anonimamente! Como funciona? Você escolhe a região onde quer ficar, a categoria do hotel e o período (óbvio); paga toda a estadia, sem direito a reembolso, e fica sabendo o nome do hotel no segundo seguinte!
Funcionou super com a gente – pagamos USD 129 por uma diária que, no booking.com, custava mais de USD 300!
Mas, cuidado!!, o Hotwire pode não ser uma ótima opção em qualquer cidade... Em NY, funciona bem porque Manhattan está subdividida em MUITAS regiõezinhas, o que significa que, dentro de “Madison Square Garden Area”, por exemplo, simplesmente inexiste a possibilidade de você ficar num lugar de difícil acesso. Agora, São Paulo, por outro lado, é subdividida em TRÊS áreas!! Imagina – você pode ficar em Moema ou em Interlagos! Muito distantes um do outro!

Quanto ao hotel, gostei bastante. A cama é bem confortável, tudo limpinho... Havia lido várias reclamações quanto aos elevadores (são 3 para mais de 40 andares), então, logo no check-in, pedi quartos nos andares mais baixos. Assim, subíamos e descíamos de escada. Também li reclamações quanto à lotação no café da manhã, mas quase não comemos no hotel (em NY, espaço gástrico também é recurso escasso). A localização é ultra central (pertinho de Port Authority, a rodoviária de NY) e, apesar d’eu preferir o West Village ou o Soho, houve suas vantagens em ficar aqui (era parada de várias linhas expressas de metrô e quase não precisávamos fazer baldeação). Recomendo!

Por onde andei: Ai, é tanto site e tanto blog falando de NY, que não vou perder meu seu tempo falando de lugares para se visitar. Minha irmã fez um roteiríssimo aqui mesmo no blog...
Vou citar, só, os lugares que visitei: High Line ParkChelsea MarketWest VillageGreenwich VillageEast VillageSoHo (1),Madison Square ParkUnion SquareWashington SquareTenement Museum (2), Empire State BuildingHarbor Lights Cruise, 911 Memorialfree walking tour (3), 5a AvenidaColumbus CircleLincoln Center (4); MoMA (5); Biblioteca Pública de NYBryant ParkGrand Central TerminalChinatownTimes SquareGuggenheimCentral ParkMetBrooklyn (6); Rockefeller Center.

1) sinceramente, ainda acho superconfuso esses subnomes que são inventados para as áreas de Manhattan – tipo: onde começa o Greenwich e termina o West Village? Quais ruas formam o Hell’s Kitchen? Alphabet City e East Village são a mesma coisa?! Só sei que essa parte quase sul da ilha é superlegal! Ruas charmosas, cheias de apartamentos à la Carrie Bradshaw, restaurantes bacanas e lojas de designers.
2) pegamos o tour Sweatshop Workers; queria o Hard Times, mas estava esgotado para o resto do dia;
3) é do mesmo grupo do free walking tour da Europa e funciona da mesma forma: é de graça e você dá gorjeta no final, quanto achar que deve dar. HK e eu demos USD 30. Passa por todo o Financial District e conta várias curiosidades  e histórias interessantes. O guia Chris era bom, meio acelerado demais... aquele jeito desesperado de novaiorquino... mas valeu a pena mesmo assim.
4) vi com a minha mãe o espetáculo All Balanchine, do New York City Ballet, no David H. Koch Theatre, o mesmo que aparece no filme Cisne Negro (é a mesma cia de ballet). Foi LINDO, eu adorei.
5) Fernandica: se você for funcionário de empresa multinacional norte-americana, antes de viajar, procure saber se sua empresa patrocina/ é membro dos museus. Peguei fila preferencial e entrei de graça (incl. acompanhante) no MoMA, no Met e no Guggenheim (e no Museu de História Natural também, se tivesse ido). Normalmente, tem como saber nos sites dos museus, como aqui, por exemplo.
6) Fomos num sábado de manhã e passeamos por Williamsburg (concentre seus passeios em volta da Wythe Ave.), começando no Smorgasburg (mais infos abaixo), depois indo (tem vários spots interessantes no caminho, como a maior biblioteca de sketchbooks do mundo!) até a Mast Brothers, a marca de chocolate mais cool dos Estados Unidos e voltando até a Brooklyn Brewery (que tem tours gratuitos no sábado). Depois, pegamos um táxi até a região de DUMBO (down under Manhattan-Brooklyn overpass), caminhamos pelas ruas, entramos no Brooklyn Bridge Park e atravessamos a Brooklyn Bridge, sentido Manhattan (embaixo da maior chuva!).
Do High Line Park


Chelsea Market


Do Empire State Building


Do Harbor Lights Cruise


Financial District
911 Memorial - lugar de uma das Torres Gêmeas 
David H. Koch Theatre 

Fofura no metrô



Onde comi/ bebi: agora, vamos ao que interessa:

No Chelsea Market,
Losbter Place***: um mercado de frutos do mar que vende tanto para se comer lá quanto ingredientes frescos para fazer em casa. Ostras de tudo-quanto-é-tamanho, lagostas vivas etc. O clam chowder foi o melhor que tomamos nessa viagem (mas não melhor que o do Birches Resort...), e a Patynha aprovou o lobster roll.

Dickson’s Farmstand***:  é como o Lobster Place, mas açougue – vende tanto sanduíches para se consumir na hora quanto carnes in natura para se cozinhar em casa e galetos assados para levar. Os sanduíches estavam deliciosos! Rosbife e pastrami feitos artesanalmente. Rivalizam com os do Publican Quality Meats, de Chicago.


Doughnutery: os doughnuts em si não tem nada de mais, mas a máquina em que eles são fritos é tão legal!!!!! A máquina solta a massa no óleo quente, e as rosquinhas vão “nadando” para o outro lado da fritadeira, até que uma catapulta as alça para fora! Tudo automatizado. O máximo.


The Filling Station: minha irmã já tinha falado deste lugar, mas o que ela não havia falado é que o The Filling Station, além de azeites e temperos, também vende chopp! O chopp pilsner é bom, recomendo. Mas atenção – eles só vendem, você precisa tomar em outro lugar! Hahahahaha! É isso mesmo – eles não tem autorização para que as pessoas fiquem no balcão bebericando. Você deve pagar e sair bebendo pelo mercado – e somente dentro do mercado, porque você não pode andar na rua bebendo cerveja!

Na seção “comidinhas”,
Paris Baguette: rede coreana de bakery (pãezinhos, salgadinhos, sopinha, saladinha etcinha). Se estiver no meio do seu caminho e você estiver com fome, é um bom lugar para se parar. Coisas parecidas com as do Fresh Cake Factory.
Krispy Kreme: os doughnuts favoritos do HK, não tem pra ninguém. Eu gosto dos originais, glaceados, sem recheio (mas acho doces demais). Em NY, só tem na Penn Station.
Doughnut Plant***: meus doughnuts favoritos, mas não enrole – peça logo o de crème brûlée. É simplesmente fantástico!

Baked by Melissamicrocupcakes bonitinhos, fofinhos e coloridíssimos para você comer de uma bocada só. Gostosos, mas nada que ofusque os cupcakes da Luana.
Magnolia Bakery: uma decepção. Nem acredito, mas não curti. Achei a massa boa, mas a cobertura mole e gordurosa demais (eu sei, é pura gordura MESMO, mas alguns lugares, como o Hummingbird Bakery, conseguem disfarçar melhor). Também pedimos uma tortinha crumble de blueberry, que me deu saudades da do Reading Terminal Market, de Filadélfia.

Lady M***: campeão dos campeões entre os orientais (na loja que fica na frente do Bryant Park, em simplesmente 10 de 10 mesas, tinha pelo menos UM oriental). Os bolos mille-crêpes são levíssimos, delicadamente doces, maravilhosos. Uma versão 10x melhorada da sobremesa do Riviera.


Na seção “orientais”,
Miss Korea: fica na Koreatown (32nd, entre a 5th e a 6th Aves), indicação de uma amiga do Mario L. e da Patynha. Parece que as carnes lá são o forte, mas a gente comeu outro prato tradicional, o yukgaejang (um ensopado de carne com macarrõezinhos de arroz, meio apimentado). Estava gostoso. Preços ok também.
Hop Kee: um cantonês tradicional no meio de Chinatown, famoso por ter aparecido no programa do Anthony Bourdain. Fomos com os primos do HK e comemos exatamente os pratos que o Bourdain comeu. Como eles que fizeram o pedido, não sei o nome dos pratos... mas estava tudo gostoso, especialmente um camarão empanado com umas nozes caramelizadas... hmmm!!! Saiu baratinho.
Golden Unicorn: a gente foi atrás de um restaurante de dim sum, daqueles com carrinho e tudo mais, que nem em Hong Kong, mas “foi enganado” pelo Zagat e acabou nesse restaurante que até tinha dim sum, mas não era focado nisso. Estava bom (somente), e o atendimento foi lost in translation e até agora ainda não sei se fui mal tratada ou não!
Na dúvida, eu iria no Ping's, dica do Mario L. (ele já foi lá e, como bom chinês, entende de dumplings).
Momofuku Noodle Bar: superbadaladinho, juntamente com todas as outras casas Momofuku (Ma Pêche, Milkbar etc. etc. etc.). Aguardamos uns 30’ para sentar (mas estávamos em 6 pessoas). Caldo BASTANTE encorpado e saboroso. Bom, mas meio pesado. Continuo fiel ao Aska.

Totto Ramen: tem dois restaurantes sendo que um é megalotado e o outro é  cheio. O caldo é mais leve que do Momofuku, o macarrão é artesanal e o chashu (carne de porco) é chamuscado com maçarico para chegar à mesa. Muito gostoso, gostei bem mais que do Momofuku (mas ainda sou fiel ao Aska).

Fernandica: Perto do Totto, ainda tem um Ippudo, que é outro ramen na moda em NY (i.e. lotado). E a Pei, amiga do Mario L. que mora em NY, nos recomendou o Hide Chan, que ainda é desconhecido do grande público e, de acordo com ela, tão bom quanto os demais.

Na seção “Brooklyn”,
Juliana’s Pizza***: exatamente embaixo da Brooklyn Bridge (!) e do lado do Grimaldi’s, do mesmo dono. Casa super agradável, bom atendimento, pizzas ótimas! Gostamos muito. Tem pizzas biancas (sem molho de tomate), que são raríssimas (inexistentes?) em SP.


Black Mountain Winehouse***: parece uma cabana no interior de Montana, de tão aconchegante. Um winebar com uma carta não muito extensa e sem aquele ar pretensioso da maioria dos winebars. Um lugar simplesmente para você comer alguma coisinha e beber um vinho com um grupo pequeno de amigos ou com seu namorado. Muito intimista.

Smorgasburg***: uma “Feirinha Gastronômica” que acontece no Brooklyn todo sábado e domingo (em lugares diferentes). Foi lá que surgiu o Ramen Burger (embora não estivesse lá no dia em que fui....). Comemos um sanduíche supergostoso de pastrami e umas outras coisas diferentinhas. Gostoso e dá para conjugar com um passeio pelo Brooklyn, que vale muito a pena.






One Girl Cookies: nem lembro quem me indicou, mas não gostei. Achei as bolachinhas super sem graça. O ambiente é bonitinho, entretanto.
Almondine Bakery: uma bakery francesa superbem cotada. O croissant de amêndoas estava ótimo, assim como o croissant simples.

Na seção “fast food/ comida de rua”:
Shake Shack***: não tem erro! Todo o mundo gosta de lá. Nem sei porque, porque não tem nada de blaster especial, mas o hambúrguer é gostoso e tem um tamanho ótimo (se estiver com fome ou comer bastante, já peça logo dois!).

Luke’s Lobster: comemos o lobster roll (é bem pequeno) e tomamos um refri orgânico de blueberry bem gostoso! Do roll, gostei mesmo do pão! Supermacio e quentinho! A lagosta... mal senti o gosto...

Taïm Falafel: recomendado pela Vanessa L., prima do HK que mora em LA e que também ama falafels (coisa de família). O sanduíche de falafel é realmente gostoso! Quase tão gostoso quanto o do L’As Du Falafel. Os molhos são indispensáveis!

(falando em falafel, vocês viram que o Maoz abriu uma loja em SP?? Tô para ir faz tempo!)
Chichen and Rice***: o nome do lugar, de verdade, é Halal Guys – é um food-truck estacionado na 6ª Ave x 53rd (tem lojas imóveis, também) que vende uma quentinha de arroz temperado com cordeiro e frango e alface americana e um monte de outras coisas e você põe um molho branco que vem junto e mistura tudo muito bem misturado. Fica uma delícia! Uma das coisas mais **novaiorquinas** que se pode comer porque os locals caem matando na fila!
Há várias cópias na cidade, mas só confie no original!!!!!

Na seção “qualquer outra coisa”,
Eataly***: já se tornou ponto turístico – segunda maior concentração de brasileiro por m2 em NY  (só perde para a Macy’s! hahaha). Comi um sanduba ótimo e uma tábua de charcuterie. Estava tudo gostoso e, apesar de muito cheio, o atendimento é rápido.

Grand Central Oyster Bar: também é ponto turístico, de tão antigo e tradicional. Tomamos clam chowder (o do Lobster Place é melhor) e dividimos uma dúzia de ostras – as mais caras da minha vida (cerca de USD 3 cada uma). Vale como passeio, mas é muito caro para o que é.
As pequenas são da Costa Oeste, enquanto as grandes, da Costa Leste
DBGB: é a casa casual do Daniel Boulud. Tomamos brunch no Dia das Mães (reservei 1 mês antes). Pedimos as lingüiçasTunisienne e Beaujolaise, além de ovos florentine com presunto, omelete com salmão defumado (veio uma ninharia de salmão) e hash browns (batatas). As lingüiças, a batata e o ovo estavam bons, mas a omelete teria ficado intacta no prato, não fosse a fome!


Se você for ao DBGB, o que você não pode perder mesmo são os doces – pedimos o Baked Alaska (que é flambado na mesa! Lindo e gostoso!) e o french toast, que estava quase tão bom quanto as panquecas do Wildberry Café.

Não está com “***” porque, apesar de ser bom, achei muito caro para o que é.

Legenda: *** = lugares que eu acho que valem a pena de verdade! Pode se deslocar só por causa deles.

A gente também foi ao Meatpacking District **pagar de baladeiro**. As ruas lotadas de gente numa noite chuvosa e fria! Primeiro fomos numa balada (não lembro o nome, tinha a ver com Monkey), mas, como não tinha nenhuma americana fazendo twerking (hahahaha), fomos para o Biergarten do hotel The Standard. Gostei bastante de lá! As pessoas são bonitas, jovens, com cara de bem sucedidas (devem ser, para pagar tão caro numa cerveja)!

Fotos: Fernanda I.