sábado, 18 de julho de 2015

Carmelo

Carmelo é o lugar perfeito para se fazer NADA. Para se ter ideia, no próprio mapa turístico da cidade, o lugar apontado como #1 do Top5 é a Puente Giratorio abaixo, el único en Sudamérica movido a tracción humana! Hahahaha!



Fazer nada é a grande atividade de Carmelo, intercalado com visitar as vinícolas locais e aproveitar o conforto do seu quarto – a região está cheia de pousadas TOP. Pesquisamos a Posada Campotinto*, a Casa Chic, o Carmelo Resort & Spa (ex-Four Seasons e futuro Hyatt), mas resolvemos ficar na Narbona Wine Lodge, onde uma amiga casou no ano passado (suspiro...). A pousada fica dentro de uma vinícola fundada em 1909 e conta com apenas 5 quartos.
Os quartos são todos lindos, charmosos e confortabilíssimos, com chás Dammann Frères e café Illy à disposição, em louça inglesa, banheiros maiores que meu quarto e banheira estilo Lux Luxo! Ai, ai.... Ficamos no Pinot Noir, por ser o único com lareira.

*Quem quiser ficar na Campotinto, não deixe de checar as promociones! O Campotinto Getaway era o mesmo preço de duas diárias, mas contava ainda com almoço/jantar para 2 pessoas + chá da tarde no vinhedo! E este artigo também vale a pena ser lido. 


Pias duplas!! Meu sonho de consumo!!
Quando chegamos, a Manuela nos mostrou toda a propriedade, incentivando-nos a voltar, fotografar e explorar com calma cada espaço. Também nos mostrou as bicicletas e o carrinho de golf, à disposição dos hóspedes para explorar os vinhedos. A ideia, segundo a própria, é que o Narbona seja como uma casa de campo do hóspede!
Nova adega



À noite, jantamos no restaurante da Posada Campotinto. A decoração é bem rústica e charmosa. 
Compartilhamos duas entradas (bruschettas de tomate e polenta assada com queijo de cabra), um prato principal (peito de frango com arroz pilaf e molho de limão) e uma garrafa de vinho tannat da própria Campotinto, que começou a produzir os próprios vinhos, na bodega El Legado, recentemente. 
O tannat está para o Uruguai assim como o malbec está para a Argentina.
Apesar das críticas super positivas no Trip Advisor, achei o jantar bem media boca. Faltava sal em tudo, a polenta estava dura a ponto de confundir-se com uma torrada qualquer, o frango estava bem seco. O molho de limão estava bom. Nem nos animamos a pedir sobremesa.



A conta toda saiu UYU 1.380 (aproximadamente R$ 175), já com o abatimento do IVA (18,5%). Não é um ultraje, mas longe de valer a pena.

No dia seguinte, o café da manhã, servido à la carte, não me decepcionou! Ovos mexidos, cesta de pães, media-lunas bem gostosas, suco de laranja espremido na hora, salada de frutas, manteiga e geleia feita lá mesmo, iogurte também de lá... Muito bom!
Restaurante Narbona, num prédio da época da fundação


Íamos visitar a Família Longo, uma fazenda de azeites, mas os donos não estavam lá e teriam que se deslocar até a fazenda só para nos atender... Outras vinícolas* também não me apeteceram porque o processo de fazer vinho não pode mudar tanto assim (acho que já visitei umas vinte vinícolas na vida...), e as vinhas estavam todas sequinhas, feinhas...
*Se você for em outra época assim com clima mais ameno, procure mais informações sobre a Irurtia e a El Legado - parecem interessantes.

Fomos então a Puerto Camacho, uma marina de entrada exclusiva, do mesmo dono do Narbona, do Carmelo Spa & Resort e de tudo-quanto-é-coisa na cidade! Lá, há o restaurante Basta Pedro, que tem cara de lanchonete de píer de The O.C. ou Revenge. Hahahaha! É um lugar de comidinhas – chivitos (sanduíches uruguaios), pizzas assadas em forno a lenha, empanadas etc. Dividimos uma salada grande e comemos, cada um, um pedaço de torta e uma empanada. Estava tudo bem gostoso. Minha tarta de espinaca, curiosamente, tinha uma casquinha crocante de açúcar de cobertura – e mais curiosamente ainda, ficou gostoso!
Com uma cerveza Patricia chica para cada um, ficou UYU 762,29 (R$ 95), com abatimento e sem serviço (deixamos em cash na mesa).

Ao lado do Basta Pedro, a lojinha La Lechería vende produtos Narbona, como as massas, os queijos todos, o iogurte, o azeite, os vinhos, o doce de leite...
(o Puerto Camacho só é acessível para quem tem barco na marina, ou está no Carmelo Spa & Resort ou no Narbona)

À noite, jantamos no Narbona, claro. Chegamos às 20h, sem reserva. Todas as mesas estavam reservadas, mas, como éramos hóspedes, eles liberaram uma mesa, contanto que saíssemos antes das 21h45. O combinado não sai caro, né!
Pedimos a tábua de quesos, todos feitos na casa, de entrada. Não sou mega conhecedora de queijos, mas gostei muito! Uns 6 tipos diferentes (não sei o nome da maioria). Muito saborososo.
De prato principal, eu fui de tagliatelle al ragú de ossobuco, enquanto HK pediu o raviole de espinafre ao mesmo molho. O raviole poderia estar mais delicado, minha massa estava ótima. O ragú estava bom.


A sobremesa foi um suflê de doce de leite com sorvete de banana. Apesar do nome, o que surgiu na minha frente foi um petit gateau. Apesar da confusão semântica, estava gostoso. Para finalizar, recomendo tomar um calicezinho de grappa no balcão, cortesia do restaurante. Muito docinha. Gostosinha!


Tomei uma taça do tannat da casa, e HK bebeu uma Patricia chica. A conta saiu USD 80,33 (sim, os preços deste restaurante são, assustadoramente, em dólares!).

Mais tarde, já no quarto, como avisamos a Manuela que sairíamos muy temprano no dia seguinte, um garçom veio nos trazer uma marmitinha para tomarmos de café da manhã!
É ou não é o TOP do TOP??!

Fotos: @autoindulgente e Helio K.

Para quem vai ou está pensando em ir, recomendo que dê uma olhada no ótimo blog Uruguai por uma Brasileira, cheio de dicas boas!

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