sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Dia 2 em Istambul

No segundo dia, fomos andando até o Palácio Dolmabahce (é uma descidona a partir da Praça Taksim, e, na descida, todo santo ajuda).
Esse passeio, sugiro fazer bem no começo da manhã, porque, pela obrigatoriedade de  fazer a visita com guia, você tem que esperar os horários dos tours e isso acaba gerando filinhas...
O que poderia ser ótimo (sempre ter guia), acaba não dando muito certo: O nosso parecia estar naqueles dias em que você daria tudo para mandar seu chefe às favas, sabe... Falava sem qualquer entusiasmo, baixo, para um grupo enorme, de umas 20 pessoas. Quando fizemos uma pergunta, simplesmente respondeu monossilabicamente e 'bora pro próximo cômodo!!
Este palácio foi construído entre 1843 e 1856 para ser sede do governo, substituindo o Topkaki, que fica em Sultanahmet e estava "ultrapassado" esteticamente. A ideia era mostrar como a Turquia/ Império Otomano permanecia importante e indiferente às fofocas de crises financeiras. Para parecer mais "moderno", ele foi construído com muitas coisas importadas da Europa (como os magníficos candelabros de cristal) e com cara bem ocidental (o que faz dele menos interessante para nós). Ainda assim, vale a pena a visita.
Também fomos ao harém deste palácio, que inclui uma visitinha ao quarto onde Atatürk morreu (ele, para quem não conhece, é um dos maiores heróis nacionais da Turquia - não só levou a Turquia à independência depois do país ser ocupado pelos Aliados, após a I Guerra Mundial, como também modernizou o país, tornando-o, por exemplo, um Estado laico. O homem é simplesmente venerado no país inteiro e seu nome, que não é o de batismo, significa nada menos que "Pai dos Turcos").
O harém do Dolmabahce é bem menos famoso que o do Topkaki, mas gostei mais dele que do último.

Depois do Dolmabahce e seus jardins fabulosos, pegamos um ferry boat em Kabatas para Kadiköy - o lado asiático de Istambul.
Andamos pelas ruelas da região de Moda Caddesi e Guneslibahce Sokak - elas estão cheias de lojas de ingredientes e comida, como uma feira de rua... tendas de peixes marinhos e de doces turcos... tudo lindo! Recomendo muito!!

E, depois de ouvir tantas boas críticas ao Ciya, sequer restou dúvidas onde almoçaríamos!
Este restaurante, especializado em comida otomana, é bem simples... quase um self service. Primeiro, você se serve das saladas e paga por peso:

E, depois, pede porções pequenas ou grandes dos pratos quentes (o cozinheiro te serve e o garçom leva na mesa). Eles te explicam na hora o que é cada coisa e, na dúvida, até te oferecem um pouquinho para experimentar!

O prato mais "exótico" que comemos foi a tripa recheada (não tinha nenhum gosto específico - nem superbom, nem super ruim). As demais coisas eram iguais ou bastante próximas às que já comemos nos restaurantes árabes de São Paulo.
Foi uma das maiores decepções de Istambul, na minha opinião. Longe de ser ruim (comemos bem e barato), mas tinha ouvido falar tããão absurdamente bem de lá que estava com as expectativas nas alturas.

Na frente, tem o Ciya Kebab, com um ambiente mais arrumadinho e com críticas igualmente boas.

Quando voltamos ao lado europeu, tentamos pegar um táxi para casa. Por causa do engarrafamento gigantesco, em determinados horários, é praticamente impossível achar um. Quer dizer, impossível achar um taxista disposto a enfrentar o trânsito!! Os poucos se oferecem a um preço fechado e astronômico, para te desanimar.
Acabamos subindo a pé - o que foi uma burrice, porque devíamos ter pego o funicular, que sobe de Kabatas para a Praça Taksim por TL 3.

Mais tarde, a ideia era jantar na região da Istiklal Caddesi, mas... vocês se recordam das manifestações que estavam rolando na Praça Taksim na mesma época do vem-pra-rua-vem aqui no Brasil?? Pois é - até na Turquia esse assunto me persegue! Hahaha!
Chegamos na Praça Taksim, e a entrada para a Istiklal estava fechada por policiais. Até pensei "magina, que bobagem, a gente é turista"... mas, quando vi um deles pegando sua mascarinha a prova de gás lacrimogêneo, pensei "magina, que bobagem, tem tanto restaurante bom perto de casa!" e chispei!
Comemos num chinês demibouche total do lado de cá da Praça Taksim e fomos dormir sedentos por mais notícias!

Fotos: Fernanda I.

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