quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dalva e Dito

Mais do que ciente da minha ânsia de conhecer novos restaurantes e sabores, meu querido e poupador namorado me levou ao Dalva e Dito para comemorar meu aniversário (não, ele não estava tão atrasado, este post é que está).
O Dalva e Dito é o terceiro filho do Alex Atala, depois do NaMesa e do renomadíssimo D.O.M. O nome é homenagem à estrela Dalva, a primeira estrela a despontar no céu, e ao São Benedito, padroeiro dos cozinheiros, e a cozinha é brasileira, inspirada nos pratos mais típicos e nos ingredientes mais caipiras.

Chegamos cedinho (20h) para a reserva e mal encontramos o restaurante. Não que ele seja pequeno, mas o único lugar onde se lê "Dalva e Dito" é no banquinho em frente ao restaurante... hahaha!
Seguindo: confusão desfeita, entramos e fomos recepcionados por uma hostess muito simpática que nos apresentou o salão, o jardim e nos levou até nossa mesa.
Pena estar uma noite quase-fria porque o jardim é nada menos que esplendoroso: o teto todo forrado de plantas, o chão todo de ladrilhos hidráulicos (perceberam que é minha nova mania, né?), as paredes vazadas para a rua... LINDO! De qualquer forma, o salão não deixa a desejar. A decoração também é muito bonita e a cozinha é aberta para o cliente, podendo-se ver toda a movimentação interna! Calma, há um vidro impecavelmente limpo separando a cozinha do salão - você não vai sair cheirando moqueca baiana.
Bom, vamos ao que interessa:
O couvert estava muuuuuuuito bom! Foram servidos: uma pimenta nada ardida recheada de patê de frango, patê de feijão preto (fantástico), manteiguinha Aviação numa latinha pra-lá de simpática (por que a da minha casa não é tão boa??), biscoitos de polvilho, alho assado (parecia uma pasta, de tão molinho) e conservinha de beringela.
A caipirinha de limão com maracujá (cachaça Leblon, que, apesar do nome, é mineira) estava muito boa, também, mas devo confessar que a do Souza continua hors-concours neste blog!
De prato principal, eu pedi o porco na lata com purê de batata com pequi (supercheiroso), e o HK foi de codorna recheada com risoto caseiro. Na hora de servir, surpresa agradável: a comida vem na panela e é montada no prato por um cozinheiro, na sua frente!
Meu porco estava desmanchaaaaaando na boca... MA-RA-VI-LHO-SO, tanto em textura quanto em sabor! O purê, achei ótimo, mas, por causa do pequi, estava um tanto enjoativo (você pode trocar o acompanhamento). O prato do HK também estava muito bom, e minha mãe precisa descobrir como fazer aquele recheio para o peru do Natal! Hahahaha!
A sobremesa, dividida irmamente, foi trio de sorbets de frutas brasileiras (graviola, pitanga e caju - este, o melhor), gostoso, mas é isso.

Agora, a parte que não interessa: O preço por pessoa girou por volta de R$ 90,00. Carinho, mas, claro, é um restaurante para ocasiões especiais, com a grife Alex Atala.
Veredito final:
Voltarei: Não. Foi ÓTIMO para conhecer, mas, com este preço, há vários outros que eu ainda quero experimentar. Eu e o HK, aliás, concordamos que, nesta faixa, o melhor que já fomos juntos foi o Miam Miam.
Ainda assim, recomendo altamente.
Para ir: em ocasiões especiais, com pessoas especiais.
Tipo: comida brasileira gourmet!

Fotos: Divulgação e Helio Kwon

Serviço de utilidade pública: R. Padre João Manuel, 1.115 - Jardins - tel. 3064-6183

Um comentário:

  1. Nossa Fê! Que chiqué!!!

    Será que pode ir lá pra para provar o couvert? kkkk
    Ou se comer SÓ o prato princiapl, sem nem pedir a bebida, caí pela metade esse R$ 90?

    Bom, acho que vale a pena, pq custou menos que o Lilló e é de grife!!! hahaha

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