segunda-feira, 18 de março de 2013

Relato gastronômico maceioense por Patrícia I.


"Já aviso, desde logo, que meu relato de Maceió para este blog não vai trazer grandes novidades, ou indicações diferentes das encontradas nos principais guias de turismo, blogs ou reportagens sobre o destino... Afinal, foram nelas que me baseei e 4 dias não são suficientes para explorar muito e trazer muitos "achados", né?
Mas posso garantir que foram 4 dias muito bem aproveitados, turística e gastronomicamente falando!

Vamos lá: as praias urbanas de Maceió são lindíssimas; de um verde-água incrível, que eu nunca havia visto antes na vida. O problema é que o trecho da orla "aproveitável" é meio estreito. Digo isso porque uma parte fica tomada por algas, o que, queira ou não, prejudica o banho. Mas o pior problema, sem dúvida, é o cheiro de esgoto que empesteia uma grande parte da orla (na Jatiúca principalmente). Não dá pena, não!   Dá ódio! Desses governantes que não sabem cuidar da principal fonte de receita da cidade! Não estou nem falando das questões ambientais, de saúde e qualidade de vida da população. Aí, já seria pedir demais! Me dá ódio da torpeza e da pobreza de espírito, acima de tudo!
Dito isso, cumpre prosseguir dizendo que a melhor praia urbana, na minha opinião, é a de Ponta Verde, mais próximo à Pajuçara. Especificamente no trechinho entre duas famosas barracas de praia: a Lopana e a Kanoa. Eu só estou repetindo a dica que vi em todo lugar, mas comprovei que é mesmo verdade!
A farofada de praia de Maceió, como não poderia deixar de ser, tem suas deliciosas particularidades! Saem bixcoitos Globo, mate, salgados do "califa", picolés Rochinha, queijo coalho (pra ficar no litoral carioca e Norte de SP), e entram os caldinhos de camarão, feijão, sururu, acarajé, espetinhos de camarão e os alardeados "picolés e suvetes Caicó"... 
As atrações geladas foram provadas, mas não muito apreciadas...
Já os caldinhos... Que delícia! Super no capricho! O de camarão recebe, a critério do cliente, complementos como pimentinha da braba, camarõezinhos, coentro, ovo de codorna... O de feijão recebia ainda uns torreminhos e carne seca desfiada!


Nossa, mas deixa eu me concentrar nos restaurantes! Vou ser sincera: demos uma de coroné e acho que fomos nos melhores da cidade! Afinal, "quem gosta de pobreza é sociólogo"! Desculpem-me a crueza das palavras e dos posicionamentos  no post mas a inspiração é Lampião, pois me parece que o cabra foi morto em Alagoas, junto com a Maria Bonita, e tá espalhado nas lembrancinhas da cidade! Oxi! Hahaha!

O melhor foi também o mais distante do centro da cidade, e mais escondidinho! Fez toda busca valer a pena! Estou falando do Vila Chamusca, localizado em Ipioca, uma das melhores praias do litoral norte da capital! Fica em uma pequena vila, atrás da igreja, e conta com esta vista maravilhosa!

Começamos com uma meia porção de macarajés (acarajés com massa de macaxeira) em dois recheios diferentes: siri e camarão! Fiquei com muuuuiiiita vontade de pedir mais, mas havia o prato principal, né, gente?...

Fizemos bem em deixar lugar de honra reservado para o prato principal pois este estava DIVINO! Foi bem difícil escolhê-lo, pois todas opções do cardápio pareciam imperdíveis! Mas, enfim, optamos pelo Lagostim a belle meunière! Escolha perfeita (mas o terrível hábito de bizoiar o prato das mesas vizinhas me fez concluir que qualquer escolha teria mesmo sido acertada!). Até agora, salivo ao lembrar do gosto dos camarões com a manteiga, alcaparras e limões. Hummmm!

Eu dificilmente peço sobremesa mas desta vez, não teve jeito! Pudim de queijo coalho com calda de rapadura... Fechamos com chave de ouro!

Com caipirinha nevada, refrigerantes, água e cafés, a conta ficou em R$ 76 para cada. Bem razoável para padrões paulistanos, considerando os lagostins...

Neste mesmo dia,  horas mais tarde, jantamos no Divina Gula! Nome mais apropriado, impossível! A especialidade do restaurante é comida mineira, mas misturada com ingredientes típicos do Nordeste. O ambiente é aconchegante, e o atendimento, excelente! Sem dúvida, uma das melhores refeições da viagem!
A entrada foi queijo coalho  com pipoca de alho. Vem acompanhado de um delicioso pão de alho. 
Prato principal (vocês já sabem: tough decision!!! Rsrs), fomos de Desfiada confiada, que consistia em carne de sol desfiada sobre purê de inhame, abobrinhas frescas, queijo minas e banana da terra frita.
Sensacional! Isso, sim, que é comfort food! rsrs! Tiramos duas fotos: a versão intocada, e a desconstruída! Dá só uma olhada:



Dei umas bicadas na sobremesa alheia: sorvete de tapioca com pastel de banana! O pastel estava bom, mas sorvete de tapioca frustrou minhas expectativas. Além disso, eu já tinha comido demais para apreciar qualquer outra coisa... A avaliação da sobremesa, portanto, ficou prejudicada.

Com cerveja, café, total de R$110,00, mas todos os pratos dariam, com sobra, para mais uma terceira pessoa.

Dia seguinte: pancinha pronta para muito mais! Rsrs! Mas isso fica pro próximo post!"

Post por Patrícia I.

Fotos: Patrícia I.

Serviço de utilidade pública:
Vila Chamusca: Rua Djamira Bezerra de Omena, 130, Alto de Ipioca - Maceió/AL - tel. (82) 3355-1639 (sem site)
Divina Gula: Av. Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85, Jatiúca - Maceió/AL - tel. (82) 3235-1016/1262

3 comentários:

  1. Sim, os caldinhos são de babar, já o "suveti" caicó deixou a desejar!!! Agora que eu estou lendo os relatos da Sa, fiquei com água na boca ao me lembrar dos restaurantes!!!

    By Gordinho Suado

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  2. Ola,

    Muito obrigada pela visita e pelos elogios. Estamos sinalizando melhor nosso lugar pois realmente é bem escondidinho, mas faz a diferença. Na ocasião que esteve aqui estávamos se placas pois estavam sendo renovadas. Ainda bem que valeu a pena. A equipe do Vila Chamusca agradece.

    Silvana Chamusca
    Chef e restauranteur

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