quarta-feira, 20 de março de 2013

Segundo relato gastronômico maceioense por Patrícia I.


"Depois de explorar os litorais norte (Ipioca) e sul (Gunga) no mesmo dia (não vale a pena a correria, mas era só para aproveitar que estávamos com o carro alugado...), passamos o dia seguinte na parte central de Maceió novamente. A praia escolhida foi a mesma do primeiro dia: Ponta Verde, perto da Lopana. Desta vez, tivemos a prudência de maneirar nos caldinhos para não desperdiçar o almoço.

Escolhemos o Picuí, com a melhor carne de sol da cidade, segundo a Vejinha Comer/Beber 2012-2013.  Não deixem passar o escondidinho delicioso (única foto tirada no Picuí. Sorry... ;o))

Para dizer a verdade, esperava mais. Mas tenho certeza de que pedimos o prato errado. O escolhido foi o Maria Bonita (carne de sol de contra filé desfiada, acebolada, puxada na manteiga de garrafa e coberta com queijo catupiry). Estava bom, não me entendam mal... mas sei que teria sido mais feliz se tivesse seguido a sugestão do garçom e me jogado de uma vez na “Picanha de sol assada em brasa, com feijão tropeiro, macaxeira frita, arroz, paçoca de carne de sol, farofa e vinagrete”. Humm, quem sabe da próxima vez...
Com refrigerantes e cafés, a conta ficou em R$ 45 para cada.

Depois de passar a tarde comprando renda (filé) e artesanato no Pontal da Barra, fazendo um city-tour “não-programado” com o ônibus circular da cidade (não vou falar nada sobre isso. Esse blog é sobre comida e coisas boas; e não sobre Renans Calheiros, Collors, coronelismo e descaso com a cidade...), e procurando sem sucesso excursões para o Delta do Rio São Francisco para o dia seguinte  (não encontramos absolutamente nenhuma operadora/ van/ perua etc. etc. que faça tal passeio às terças-feiras, mesmo que feriado...), o jantar foi luxo absoluto! Rsrs!

Fomos ao famoso Wanchako! Foi eleito pelo já mencionado guia da Vejinha o melhor restaurante da cidade, o melhor de peixes e frutos do mar, e na categoria melhor chef também! Bom, infelizmente não levou o prêmio de "bom e barato"... ;o)
Também já li que foi o primeiro peruano do país. Pode ser, mas hoje, o que se vê lá não é muito peruano, não. À parte das ceviches e do pisco sour, os pratos são peixes e frutos do mar em criações super inspiradas, que fogem do óbvio, mas sem ligação direta com a culinária peruana tradicional (falou a entendida, né? Hahaha!)
Vamos ao que interessa: para começar, o pisco sour. Acho que já tomei melhores, mas tá valendo...

Para entrada, fomos de piqueo. Basicamente, uma seleção de frutos do mar empanados (peixe, lula e camarões) deliciosamente crocantes e sequinhos para "picar". Muito bom, mas espiando a mesa ao lado (os pratos demoram um pouco mais do que o normal, e as mesas ficam um pouco mais próximas do que o desejável. Portanto, desta vez, a culpa não foi da minha curiosidade! ;o)), ficamos arrependidos por não provar uma das várias opções de ceviches...

Os pratos principais selecionados foram: Lula recheada com arroz e shimeji ladeada por pescado em salsa levemente picante (não lembro o nome do prato, nem achei na web) e Otani (peixe grelhado e camarão ao molho agridoce de gengibre, com arroz de alho). Os dois estavam maravilhosos. É engraçado. No meu, é claro que o pescado estava ótimo, mas excelente estava mesmo o arroz de alho! Rsrs! Raspei o prato literalmente, pra não deixar nadinha do molho, nem grão de arroz sobrando!


As porções são generosas. E as sobremesas não nos apeteceram tanto. Assim, depois do café, chegou a hora de mandar descer a "dolorosa"... ;o) Ficou R$110 por pessoa.

Dia seguinte, madrugamos pois havíamos fechado um passeio para Maragogi. Não vou emitir opinião sobre se vale a pena ou não fazer bate-e-volta de Maceió a Maragogi. Para mim, valeu. Primeiro porque queria fazer algo fora de Maceió, e não tinha conseguido achar o passeio para o Rio São Francisco. São duas horas para ir e outras duas para voltar, e apenas 1 hora e meia nas piscinas naturais. E lá é lindo mesmo. Por isso, talvez valha a pena ficar mais tempo, como recomendam muitas pessoas.

Mas eu descobri que sou uma fresca. Enjôo no barco, escuna, bote etc. etc. 1h30 ininterruptas no mar, por mais lindo, cristalino, com peixinhos e verde-água que ele seja, é meio too much, me pinica, me dá sede e não há protetor solar que resista. Ou seja, só ia aguentar ficar lá por mais de um dia se ficasse naqueles resorts (o Salinas de Maragogi não seria nada mau! Rsrs!). Não adianta. A viagem serviu bastante para mostrar que algumas belezas naturais, para mim, funcionam muito melhor no cartão postal do que ao vivo. Pronto, falei! É difícil, mas aos 30 e poucos, a gente precisa começar a se aceitar do jeito que realmente é... Fazer o quê, né?
Na volta das piscinas naturais, o almoço não foi digno de nota. Então, passemos logo ao jantar, a última refeição da viagem! ;o)

Escolhemos o Akuaba, que encontramos bem próximo ao hotel, em Jatiúca, cuja proposta é oferecer cozinha afro-baiana! ;o) O atendimento foi excelente, a propósito! Começamos com um acarajé enooorme (um só dá tranquilamente para duas pessoas). A idéia é bem bacana, pois os ingredientes vêm separados, de modo que cada um pode colocar o que mais lhe agrada, na medida que quiser.

Para seguir na linha baiana, pedimos o bobó de camarão, que veio lindo e borbulhante como na foto:


Pena que não dá para sentir o cheirinho e gosto! Estava muito bom. Não bate o da minha mãe, mas aí, já é covardia. Rsrs! Nem lembro se houve sobremesa, pois como vocês podem ver, dava para ficar bem satisfeito, né? Ah, houve sim: uma cocada de forno! Mas nada memorável. Nem foto...
Com cerveja e café, pagamos R$ 50 cada.

Maceió tem muitas opções gastronômicas a serem exploradas! Não cabem numa viagem só! Felizmente! Porque eu já não estava cabendo na minha calça jeans! Hahaha!"

Post por Patrícia I.

Fotos: Patrícia I.

Serviço de utilidade pública:
Picuí: Av. da Paz (antiga av. Dq. de Caxias), 1.140, Jaraguá - Maceió/ AL - tel. (82) 3223-8080
Wanchako: R. São Francisco de Assis, 93, Jatiúca - Maceió/ AL - tel. (82) 3377-6024
Akuaba: Rua Ferroviário Manoel Gonçalves Filho, 6, Mangabeiras - Maceió/ AL - tel. (82) 3325-6199

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