terça-feira, 26 de junho de 2012

Coco Bambu


Uma das recordações mais tenras da minha infância são as missas budistas a que ia com minha família. Missa de 1 semana, de x meses, de x anos... Ninguém da minha família é religioso fervoroso (ninguém era, na época, pelo menos), mas a gente sempre tinha missa para ir. Era tio, primo de tio, tio-avô, um monte de gente que eu nunca conheci, mas juntava toda a parentada e, depois da missa, sempre tinha um “chá” cheio de guloseimas, tipo frango-com-tudo-dentro – de coxinha frita a makisushi! Hahahaha!
Agora, épocas modernas, minha família aboliu o tal chá. Dá um trabalho danado para os parentes mais próximos do falecido, que têm que preparar tudo... mas o hábito de se reunir e comer depois da missa, obviamente, permaneceu.

Sábado passado, depois da missa de 10 anos de falecimento do meu avô paterno, fomos ao Coco Bambu.
O Coco Bambu é um restaurante para eventos. Enoooorme, 3 andares, muitas mesas... Chegamos lá antes das 19h de sábado e não havia mais mesa para 14 pessoas (tinha no terraço, mas estava frio que só) – um andar inteiro reservado para um aniversário, outras mesas gigantescas reservadas para outras comemorações e por aí vai (ô desgraça de cidade)... Entretanto, felizmente, o atendimento é rápido, eficiente e prestativo – o Lailson, maître do andar JK (último), colocou nosso grupo em 2 mesas do lado uma da outra, quentinhos, dentro do salão.

A mesa “dos jovens” (hahaha), com 8 pessoas, pediu 2 porções de escondidinho de carne seca e 1 de lula à doré, de entrada; camarão internacional ecamarão jangadeiro, de prato principal, e uma cocada e uma torta de banana, de sobremesa. A mesa “dos velhos” (hahahahahahahahaha), com 6 pessoas, pediu uma moqueca e uma rede de pescador, de prato principal, além de um sorvete, uma cocada e uma torta de banana de sobremesa.
(Nem ouse me perguntar em que mesa me sentei!)
As entradas, as únicas coisas em tamanhos padrão, realmente só serviram para abrir o apetite. O escondidinho estava exagerado no creme e um tanto pesado, mas a lula estava boa – sequinha e não borrachuda. Os dois camarões, em porções trogloditas, servem tranquilamente 4 pessoas (eu diria 5), cada uma. Não recomendo o jangadeiro (espécie de arroz a grega com batatas gratinadas ao centro e camarões empanados, recheados de catupiry), que nada tem de especial, mas até pediria o internacional novamente (com arroz, batata palha, ervilha, creme branco, muito farto em camarão). Não lembro o valor exato de cada um, mas ambos próximos de R$ 100.


Camarão Internacional
Camarão Jangadeiro
Da rede de pescador (R$ 200 e pouco, servindo 4 pessoas), só tirei foto, porque acabou em poucos minutos... mas a moqueca de camarão estava bem gostosa e cremosa.

As sobremesas (na faixa dos R$ 15 – 20) estão longe de ser imperdíveis, mas, se o seu sweet tooth estiver gritando, vá de cocada, que lembra uma queijadinha quentinha e cremosa no centro. Gostosinha.

A mesa dos jovens, como não poderia ser diferente (alguns planejando casamento, uma só com bolsa de mestrado, outra muquirana mesmo...), pagou R$ 56 por pessoa; enquanto a mesa dos velhos pagou R$ 75. Preço definitivamente justo para uma cidade como São Paulo.

Mudando um pouco de assunto: a gente vê que está ficando velha quando acontecimentos dos quais você se recorda vivamente, porque era já grandinha na época, começam a completar 10 anos, né...

Voltarei? Claro que eu prefiro o Le Jazz ou o Mello e Mellão (restaurantes com custo parecido), mas vai tentar sentar 14 pessoas nesses lugares!!! Parafraseando o Luiz Américo, “a essência do programa é a seguinte: Porções tamanho G, recomendadas para mesas numerosas, com fartura de matéria-prima”. Voltarei, sim. Em aniversários, confraternizações, amigos secretos...
Para ir: Com muitas pessoas.
Tipo: Frutos do mar. E repito: “Porções tamanho G, recomendadas para mesas numerosas, com fartura de matéria-prima”

Fotos: Helio Kwon e Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: Av. Antônio Joaquim de Moura Andrade, 737, Itaim Bibi – tel. 3051-5255.

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