quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dicas FAMINTAS de Manaus

Depois de falar bastante sobre a cidade, vamos ao que realmente interessa: a COMIDA!

Depois de ir duas vezes ao Banzeiro, não posso negar: gostamos muito do lugar!
O ambiente não tem nada daquele ar tropical-chic que eu esperava (estilo Aprazível, sabe). Poderia estar, muito bem, em São Paulo. Gostei disso porque percebe-se que não é um restaurante para turistas (tanto que a maioria das mesas estava ocupada por moradores) e, sendo frequentado pornativos, muito menos provável de ser uma armadilha, né!
O atendimento é louvável – desde antes da visita, havia trocado uns e-mails com a Fabiane perguntando sobre a necessidade de reserva. Acabei não reservando porque não sabia se o voo atrasaria etc. mas ela se dispôs a reservar uma mesa tão logo eu ligasse do aeroporto avisando que havia pousado! Uma fofa!
Não bastasse ela (que veio me cumprimentar na mesa), o maître Sidney, o garçom Francisley e a hostess são todos simpaticíssimos e muito prestativos, sem serem intrometidos (odeio restaurante em que me sinto pressionada). O Sidney, inclusive, ofereceu-nos uma visita à cozinha para que víssemos “a cara” de um tambaqui. Olha a cara (e todo o resto do corpo) aí:

De boas vindas, o restaurante oferece um caldinho de peixe delicioso. Pode mandar bala na pimenta, que é saborosa e não muito forte.

Depois, comemos bolinhos de peixe (gostosos, mas meio pesados... podiam ser mais sequinhos). De principal, as Costelas de Tambaqui Parrilla(costelinhas grelhadas com flor de sal, acompanhadas de farofa de ovo com farinha do uarini e baião de dois) (R$ 108,90, para duas pessoas esfomeadas e ogras). DELICIOSO!!!! Esqueça seu trauma de peixe de rio, com gosto de barro!! O tambaqui, apesar de gordo, não tem aquele sabor marcante de gordura de peixe, tem carne mais firme, lembra bastante carne de porco. Fantástico!! Os acompanhamentos também estavam memoráveis – farofa deliciosa, com uma textura bem interessante, e um baião diferente dos usuais, sem perder a identidade.


Continha saiu R$ 180 para 2 pessoas, que mais parece preço paulistano... mas, considerando que era uma viagem e que a comida estava realmente boa, achei justo.

Na nossa segunda visita, pedimos o Pirarucu Amazônico (filé de pirarucu grelhado coberto com banana pacovã e queijo coalho, acompanhado de arroz com brócolis e batatas sauté) (R$ 76,90, para duas pessoas). MUITO bom!!! Outro peixe aprovado!! O pirarucu tem carne bem firme e magra, parece um pouco carne de frango. A combinação com a banana ficou ótima (acho que peixe + banana é uma das melhores), mas dispensaria o queijo coalho, que deixou o prato meio pesado. O arroz com brócolis também foi dispensado por mim... trocaria fácil por uma porção daquele baião do primeiro prato!!
Dessa vez, pedimos sobremesa – sorvete de tapioca e de açaí. Ambos não merecem muitos comentários e, tivesse mais tempo, teria ido atrás de uma Sorveteria Glacial.
A conta foi mais modesta (R$ 110 para 2 pessoas).

Acho que minha maior queixa contra o Banzeiro é o tamanho das suas porções – como todos os pratos servem 2 pessoas, não pude experimentar outros pratos e só fiquei na vontade de comer o risoto de pato a tucupi... :o(

Também ouvi falar bem do restaurante Choupana, mas, como não fui, não posso falar.

De comidinhas, provei o tacacá da Gisela (R$ 12), cujo quiosque no Largo São Sebastião, na frente do Teatro Amazonas, abre todos os dias, das 15 às 22h.

Para quem não sabe, tacacá = tucupi temperado (sal, cebola, alho, coentro e cebolinha), com goma de tapioca, camarão seco e jambu.
Para quem sabe menos ainda, tucupi = caldo de cor amarela extraído da raiz da mandioca brava, que é descascada, ralada e espremida. Depois de extraído, o molho "descansa" para que o amido (tapioca) se separe do líquido (tucupi). Inicialmente venenoso devido à presença do ácido cianídrico, o líquido é cozido (processo que elimina o veneno), por horas, podendo, então, ser usado como molho na culinária.
O tacacá é servido quente, em cuias, com uma cestinha charmosa de vime, para impedir que você queime os dedos. O gosto é diferente de tudo que já tomei na vida, e as folhas de jambu dão uma sensação muito estranha na boca... é um misto de dormência e salivação intensa... Ainda não sei dizer se gostei, mas continuo intrigada pelo prato!
Também comemos bolinhos de bacalhau e sanduíche de pernil do Bar do Armando. Depois de tanto ler sobre este tradicional bar, fiquei muito decepcionada... o pernil estava seco que só (sou muito mais o Bar Estadão) e os bolinhos não eram nada de mais (sou muito mais a Ofner).  
 
De regionalidades, tomei o sorvete Glacial (sabor tapioca – super cremoso, nada doce e bem bom) e o guaraná Baré (igualzinho a Tubaína). Não custa experimentar, mas não vai mudar sua vida.

O HK tomou açaí num quiosque da Ponta Negra – vem um copão de açaí, bem menos doce do que o que comemos por aqui, com direito a 2 coberturas: das mais usuais, como banana e granola, até as mais exóticas, como leite condensado (levando a ferro e a fogo a nossa crença de que TUDO fica melhor com leite condensado) e chocolate!! Bem diferente...

Fotos: Fernanda I. e Helio Kwon

Serviço de utilidade pública:
Banzeiro – Rua Libertador, 102, Manaus – tel. (92) 3234-1621
Bar do Armando – Rua 10 de Julho, 593, Manaus – tel. (92) 3232-1195

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