terça-feira, 9 de novembro de 2010

Neologismos

Sexta passada, fui com um casal amigo ao nBox.
O Carlos e a Letti não têm frescura e sempre topam experimentar lugares diferentes.
Da última vez, fomos ao Le Jazz; daí, fiquei com um pontinho positivo na conta.

O nBox se define “= pop up + dinning + art”. “Pop up”??? Tenho um problema grave para entender esses neologismos descolados… Levei um século para entender o que vinha a ser jetsetter e, agora, já vem mais essa??
Neste contexto (e não o das janelinhas de internet que saltam à tela, independente da sua vontade), o “pop up” tem a ver (acho) com a temporalidade – ele fica onde está até fevereiro de 2011, quando se muda para outro endereço em Sampa ou outra cidade.

Enfim, na minha definição, o nBox é um lugar que aceitou que é difícil um bar se manter em voga em São Paulo por mais de uma temporada e que resolveu usar isso a seu favor: instalações um tanto quanto improvisadas (com aquele tapinha de decorador), menos burocra (deve ter sido mais fácil conseguir os alvarás de funcionamento) e ainda ganha publicidade por ser um “novo conceito” e por ser por prazo limitado – “ou vem agora, ou não virá mais”.

Agora, ao que interessa:
O ambiente deixou a desejar – os galpões têm um cheiro forte de borracha (queimada), e o ar condicionado estava fraco que só (nem pense em ir no alto verão)...
A música também não salva: Primeiro porque o repertório não segue um padrão, nem evolui gradativamente (logo após tocar Pixies (outside there’s a box car waiting...), eles já emendavam um California Gurls!); segundo porque o volume não se ajustava nunca – às vezes, alto a ponto de atrapalhar a conversa, para logo ficar abafado...
Pelo menos, o que realmente interessa, i.e. a comida, estava de não se botar defeito!!
O cardápio criado pelos irmãos Torres (do Eñe) está recheado de tapas espanholas que me deixaram com saudades de lá:


(gazpacho de Salamanca vs. gazpacho do nBox)
O gazpacho, sopa fria feita de tomate, pimentões, cebola e temperos, estava cremosa e deliciosa (mas devo admitir que gosto mesmo é de sopa quente!).


(pincho moruno de Salamanca vs. pincho moruno do nBox)
O pincho moruno, que nada mais é que um espeto de carne, estava FANTÁSTICO!


(patatas bravas de Barcelona vs. patatas bravas do nBox)
As patatas bravas, que levam este nome por conta do molhinho picante que as acompanha, conseguiu ganhar das do bar perto da casa do Arashiro, em Barcelona!
E as croquetas de jamón (finalmente em uma porção quase normal) também estavam indefectíveis – cremosas e com sabor bem marcante.
A Letti também elogiou a tortilla, uma omelete com batatas.

Fiquei com ainda mais saudades da Espanha ao ver o lado direito do cardápio – enquanto, lá, pagava, em média, EUR 2 por um copo de cerveja + 1 tapa; no nBox, paguei R$ 15 por uma sangria (com cava Freixenet) + R$ 12 (média) por 1 petisquinho!!!!
ESPAÑA, ¡TE ECHO DE MENOS!

Ah, informação importante: você tem a escolha entre pagar uma entrada ou um valor consumível. A consumação mínima é R$ 30 e R$ 50, para mulheres e homens, respectivamente. Recomendo esta alternativa, porque este valor acabará num piscar de olhos!

Voltarei: acho que não...
Para ir: com amigos algo descolados
Tipo: bar meio baladinha

(este post me lembrou que estou devendo um sobre as comidinhas da Espanha, com minhas dicas aleatórias)

Fotos: Fernanda I. (não me vá comparar a qualidade das fotos da Espanha, que foram tiradas com câmera fotográfica, com a das fotos do nBox, tiradas com meu celular)

Serviço de utilidade pública: Av. São Gabriel, 600, Jardim América – tel. 7826-4789 (ligue antes e reserve uma mesinha no lounge, que tem sofás e é mais agradável)

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