segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Mimo


É engraçado como, de repente, você lê coisas sobre um restaurante/ lanchonete/ café novo em uma meia-dúzia de blogs, revistas etc. em que questão de menos de 1 semana. Obra do acaso?? Rá!
Ouvi falar do Mimo em uns 3 lugares diferentes e, com tantas críticas positivas, claro que fiquei com a expectativa lá em cima.

Fui sexta-feira passada, almoçar (executivamente) com mais 4 meninas do trabalho.
O salão é muito bonito, todo branco (inclusive chão), com bastante luz natural, mesas de laca e talheres caros (WMF).
Pedimos o couvert, que apenas reforçou minha convicção de que não vale a pena aceitar couvert¹. Os pãezinhos, gostosos e quentinhos, não deixavam de ser pãezinhos e, acompanhados de azeite aromatizado com alecrim, certamente não valeram os R$ 9 por pessoa cobrados.
Em seguida, a salada, em porção decente, estava um capricho só, com tomates e cenoura secos (imagino eu que lá mesmo) e flores comestíveis. Linda e gostosa.

Depois, ganhamos um mimo de coxinha, bem delicada, com um toque de limão siciliano. Minha bouche ficou amusée! Hahahahaha!
Bem depois, vieram os pratos (3 opções diárias) – eu fui de pescada branca grelhada, servida em molho de moqueca (tomate e pimentões), sob um creme gelatinoso frio feito com leite de coco. Até eu (que sou mulher e pequena) achei o prato minúsculo pequeno. E o creme gelado teria sido mais interessante se o peixe estivesse quente de verdade... Não estava ruim, mas tampouco estava bom.

Algumas das minhas acompanhantes foram de fraldinha grelhada com mix de legumes refogados. Ouvi reclamações sobre o ponto (passada demais) e sobre a (falta de) maciez da carne.
Por fim, pedimos o macarron de Romeu e Julieta e o sorvete de tapioca de sobremesa. O sorvete, feito numa máquina super diferentosa, tem uma consistência absurdamente cremosa (lembrou-me muito a creme catalana do Eñe – e isso basta para dizer que aprovei!). O macarron, por outro lado, comprovou outra teoria minha – a de que macarron tem que ser pequeno para ser bom.

Os R$ 36,80 do menu executivo (entrada, prato principal e sobremesa) viraram R$ 69 num passo de mágica... No jantar, seria ingenuidade imaginar uma conta menor que R$ 90~R$ 100 por pessoa.

O serviço precisa dos seus acertinhos. A dona está sempre lá e os garçons são muito simpáticos e atenciosos, mas os pratos demoram demasiadamente para chegar à mesa. Ainda mais na hora do almoço, isso é uma falta grave.

¹As exceções que eu conheço são Mello & Mellão (aceite o couvert e divida o prato com alguém), o Dalva e Dito (inesquecível), o Attimo (surpreendente) e A Peixaria (cortesia).

Voltarei? Acho que não. Por este preço, prefiro voltar ao Eñe.
Para ir: Em grupos pequenos ou com reserva. E sem pressa.
Tipo: Contemporâneo/ moderninho.

Fotos: Helio Kwon e Fernanda I.

Serviço de utilidade pública: Rua Caconde, 118, Jardim Paulista – tel. 3052-2517

2 comentários:

  1. Fe,

    A tal obra do acaso de sair em 3 lugares na mesma semana tem nome: assessoria de imprensa! hehehehe
    Já já sou eu brilhando na mídia! Aguarde...
    Mas faltou vc dizer o principal atributo do Mimo: ser quase vizinho da loja de biscoitos mais charmosa de São Paulo!!!

    Beijo

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    1. Faltou mesmo! Eu ia escrever que o Mimo serve como ótima desculpa para tomar um cafezinho super bem tirado com um cookie no Lu Bonometti! Mas esqueci! Que horror!!
      Bom, fica como punição por ainda não ter lançado a novidade de fevereiro! Hahahahha

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