sábado, 19 de novembro de 2016

Última parada: Tokyo!!!!!!!!!!!

Sempre que vou falar da viagem ao Japão, falo para as pessoas "tem que ir para as cidadezinhas pequenas... são a essência do Japão! É a parte mais legal...", mas logo me arrependo: Tokyo também é tããããão legal!!! Ó dúvida cruel!! O que é o melhor do Japão?!?! Não sei! Não sei!! Não sei!!! :o

Hahahahaha!

Ficamos apenas 3,5 dias em Tokyo - desnecessário dizer que foi um tempo ridículo de curto para a imensidão de coisas que aquela cidade tem a oferecer. Não tanto em pontos turísticos, mas em ruas para se perder e se maravilhar. Não conheci nada ao Norte da cidade (onde ficam o Parque Ueno e o Senso-ji), não fui à tradicional Akihabara (o antigo bairro dos eletrônicos), nem peguei nenhum boat cruise pela Baía de Tokyo para Odaiba. Muito menos perdi um dia inteiro para uma curta viagem a Hakone para tentar ver o Monte Fuji. Simplesmente não tive tempo... Por isso, sugiro PELO MENOS 5 dias inteiros em Tokyo (mais, se for a Hakone).
Mas, se 3,5d for o que você tiver... fazer o quê, né?!

Para ir de um lado para o outro, usamos o Icoca ("bilhete único" de Kyoto, que também pode ser recarregado e usado em Tokyo!). No primeiro dia, é um pouco overwhelming aquele monte de linhas de trem e metrô no meio da cidade (tem estação que é só trem, outras que é só metrô - mas você sempre pode fazer baldeação nas estações em comum), mas, uma vez que você se acostuma, é muito mais simples que o metrô de Londres ou o de NY, por exemplo. Em Tokyo, nem precisamos de app nenhum - bastava o bom o velho mapinha que dão nas estações (além do meu querido app Pocket Earth, que sempre menciono aqui no blog).
*Ah, uma coisa importante de se falar é do horário de funcionamento do metrô. Ele varia de estação para estação (entre meia-noite e 1h), como metrôs de várias outras cidades do mundo, mas o que é engraçado é que NÃO, você NÃO pode respirar aliviado ao entrar no vagão: o comboio pára, onde quer que esteja! Não tem dessa de ir até a estação final. Então, olho no relógio!!!

Ficamos hospedados no Citadines Shinjuku Tokyo, que reservamos via Booking.com, por  ¥15.444 por dia. O hotel fica muito bem localizado, perto de uma estação de metrô e de uma de trem. O quarto é bem espaçoso (considerando que estamos no Japão), tem até uma saletinha. Gostamos bastante de lá!
Shinjuku é um ótimo bairro para se hospedar - e deve ser o que mais tem oferta de hotéis. Se fosse hoje, talvez tivéssemos preferido ficar em Ginza, que é (um pouco) mais tranquila e onde acabamos passando bastante tempo; mas foi bem prático ficar em Shinjuku. Shibuya e Harajuku são outros bairros queridinhos dos turistas.

Dia 1 - Yoyogi Park e Templo Meiji, Harajuku (Takeshita Dori), Omotesando, Shibuya Sta., Hedgehog cafe, Roppongi Hills e Mori Art Museum, jantar no TMG

Este é um passeio que você quer fazer num domingo, que é quando o Meiji Jingu fica cheio de casais casando-se de forma e vestimentas tradicionais e Harajuku fica cheia das Harajuku girls. Infelizmente, eu não tinha nenhum domingo em Tokyo...

Começamos o dia no Yoyogi Koen, onde fica o Meiji Shrine e o Meiji Jingu.
Ah, posso falar?! Não curti os parques de Tokyo! Ok, fui em poucos e não fui ao Parque Ueno, que dizem ser muito legal, mas não achei agradáveis os que visitei. Nenhum dos dois tem lugares para se sentar e contemplar o que for que você queira contemplar...
Dezenas e dezenas de barris de sakes, doados por empresários anualmente

Enfim, depois de lá, descemos a Takeshita Dori, a rua mais famosa de Harajuku, que tem as lojas mais bizarras que se pode pensar neste planeta (onde as Harajuku girls compram as suas roupas-cosplays-fantasias de loucas) e aquele monte de lojinhas que vendem crepes gigantes com sorvete, como nos vídeos do youtube:




*Às 10h e pouco, havia pouquíssimo movimento na rua, ainda muitas lojas abrindo... deixe para fazer este passeio um pouco mais tarde.

Seguimos descendo até chegar à av. Omotesando, que é linda, arborizada, cheia de lojas chic!

Numa ruela paralela, fica a filial japonesa (primeira loja fora de NY) da Dominique Ansel Bakery - sim, aquela do Soho onde filas homéricas se estendem todas as manhãs atrás de cronuts, o filho bem sucedido do doughnut com croissant! E o melhor de tudo: com atendimento padrão japonês!!
Para nossa surpresa, os cronuts estavam lá, disponibilíssimos ao nosso bel prazer, mas... fresca ou não, a verdade é que não achei "tudo isso". A visita, entretanto, continua valendo a pena: os demais doces estavam com uma cara ótima, o atendimento é super e a loja, uma graça!
(Talvez eu só tenha pouca sorte, porque os sabores de cronuts mudam mensalmente e o de abril deste ano era médio - abacaxi com chocolate... Meu, , quê combinação bizarra é essa?! Nada a ver!)



A partir do DAB, descemos a Omotesando mais um pouco e viramos na Aoyama Dori. Minha sugestão é voltar um pouco e descer a Cat Street, que dizem ser cheia de lojas legais (enquanto a Aoyama não tem graça nenhuma). Assim, chega-se à estação de Shibuya.
Depois de nos perdermos um pouco pela estação bizarramente grande, chegamos à Saída Hachiko (sim, ela se chama desta forma!), onde, além da estátua do Hachiko (o cachorro do Richard Gere), há outra coisa que chamou ainda mais a nossa atenção: o Tokyu Foodshow!!! É o subsolo de uma loja de departamento (depato) CHEIA de quiosques com as mais variadas e vistosas comidas EVER!! Tem de doces franceses a saladas, de chocolates a bentôs chics, de tudo! Fiquei tão pasmada que nem tirei nenhuma foto, só fiquei vagando pelos corredores, com os olhos arregalados e a boca aberta, como se nunca tivesse visto "comida" em toda a minha vida!

*Todas as depatos (ou quase todas, só para não generalizar) tem subsolos cheios de lojinhas de comidinhas. Tem coisas de tudo quanto é preço, mas certamente é um bom lugar para encontrar um almoço rápido e em conta.
O mais engraçado é que eu ainda não consegui descobrir onde as pessoas comem. Não há mesinhas e eu não vi ninguém comendo e andando, tal qual um novaiorquino. Meu primo disse que isso não é bem visto pelo japonês.
A gente comeu sentado num banco de frente para a estátua do Hachiko, com o maior cuidado do mundo para nenhum grãozinho de gohan cair no chão. Em plena hora do almoço, não havia nenhuma outra pessoa comendo, com exceção de outro grupo pequeno de, óbvio, turistas. Quando eles se prepararam para ir embora, quase pedi encarecidamente para ficarem mais 10 minutinhos, para que eu pudesse acabar minha refeição tranquilamente!
Não é a toa que aquele povo é magro daquele jeito... com tantas regras de etiqueta para comer!
*Sinto dizer que, dentre tantas opções, minha refeição foi... uma salada! Nossa, não aguentava mais comer naquela viagem! Precisava de uma refeição detox!!

De frente para a saída do Hachiko, fica o famoso Shibuya Crossing - o cruzamento mais conhecido do planeta! Mas ele merece ser visto à noite (quando o movimento é pleno) - então, ficamos de voltar outro dia, apropriadamente.

Pegando o metrô/ trem, descemos em Roppongi para conhecer outra coisa tipicamente japonesa: os animal cafes!
*O metrô é outro capítulo a parte no manual de etiqueta japonesa - ninguém conversa, não se houve barulho nenhum. Os telefones são colocados no vibrador e, se for para atendê-lo, que seja somente para falar que está no trem e que liga quando sair. Inacreditável.
*Outra coisa que nos abismou quando andamos de metrô foi ver algumas criancinhas muito pequenas (cerca de 5-7 anos) andando sozinhas, sem supervisão adulta, indo para a escola ou voltando para casa. A coisa mais fofa deste mundo! Queria muito roubar uma para mim!

Acho que o Japão foi precursor nessa história de animal cafe. Hoje em dia, já tem em outros lugares da Ásia, também. Basicamente, são cafés onde você vai para beber algo e acariciar um bichinho. Há os que você paga uma taxa e fica por 15-30 minutos, há os que você compra a bebida e pode ficar lá. Tem de coelhinhos, de gatinhos, de cachorrinhos (esse deve ser meio fedido), de coruja (esse, eu achei judiação) e de... hedgehogs! Foi meu escolhido, o Harry the Hedgehog.
Neste, você paga ¥1.000 para ficar 30 minutos "brincando" com o hedgehog de sua preferência. Tem que pagar um fee extra se for tirar fotos com câmeras (iPhone é de graça). Eu escrevi "brincando" porque esses bichinhos tem hábitos noturnos e só querem dormir... judiação! Quando conseguem uma posição confortável (i.e. forma "bolinha"), já se põe a dormir. Foi bizarro e não recomendo a experiência. Talvez os cafés de coelhinhos seja mais agradável.


Saindo de lá, fomos ao Roppongi Hills, um complexo meio doido de lojas, escritórios, residência, museu, restaurantes... tudo junto e misturado. Outro lugar que dá para ficar meio perdido (sentimento básico em Tokyo).

No topo de um dos prédios, fica o Mori Art Museum, um museu de arte moderna, e o Tokyo City View, um dos observatórios de Tokyo (há também no novo Tokyo Skytree, no tradicional Tokyo Tower e no Tokyo Metropolitan Government Building, o TMG, onde jantei naquela noite). O legal deste é que é num heliponto (na verdade, ele fica fechado em dias encobertos).
HK, pagando de fotógrafo


À noite, meu primo veio nos encontrar e jantamos no TMG, o prédio da Prefeitura de Tokyo, que fica numa área mais calma e de escritórios de Shinjuku e tem um restaurante de comida italiana (sic!) no topo. A comida não é das mais baratas e não estava das imperdíveis, mas tampouco estava ruim. Na verdade, estava esperando algo péssimo, bem pega-turista mesmo... então, até saí feliz. (teria escolhido outro lugar, se tivesse outra oportunidade, mas meu primo também não mora em Tokyo e não tinha nenhum lugar em mente - como ele tinha poucas horas conosco, não dava para ficar enrolando)
O legal do TMG (além de seu aspecto Big Brother-opressor) é que o observatório é gratuito! Mas você vê a cidade pelas janelas, então, não é tããão legal assim. Se não tiver tempo de visitar o TMG, não se martirize.

Fotos: Fernanda I. e HK.

Um comentário:

  1. Wow, I think shopping is so much fun in Tokyo. There are many choices on jackets; from the lightweight jacket men up to the leather bomber jackes for women, surely you can find the best design to shop in Tokyo.

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