Oi querido blog abandonado,
Estou aqui sem tv a cabo, sem internet e tentando cancelar
minha assinatura Vivo há aproximadamente 1h (não estou brincando, já tenho 13
números diferentes de protocolos); então, vou aproveitar para escrever (no
Word) sobre minha última viagem (a do Carnaval), com dicas gulosas (claro).
HK e eu fomos a... BELÉM! Sim, a terra onde Jesus nasceu! Hahahaha!
Pegamos um voo na sexta-feira, saindo de Guarulhos. O voo é
direto, dura umas 3h30 e é um dos piores que já peguei na vida (sem nenhum
entretenimento e poltrona mais dura que cadeira de escola).
Nos hospedamos no Portas da Amazônia por conta da ótimaavaliação no booking.com. Fiquei esperando o Ashton Kutcher aparecer a qualquer
momento para falar que eu havia sido prank’d...
O quarto parecia uma espelunca, o ar condicionado só funcionava no modo
blasterultraturbo (era isso ou o calor dantesco) e a cama era tão mole que eu
sentia molas nas minhas costas. Total não recomendo (mesmo a localização sendo
super central).
No primeiro dia, fomos ao Ver-o-Peso que, além do mercado de
peixes dentro da estrutura de ferro trazida inteirinha da Inglaterra (e que
está em restauração), conta com um enorme complexo de barracas que vendem desde
ervas medicinais (a dona Beth Cheirosinha já apareceu em um montão de programas
de tv), hortifruti “normal” e frutas da região (cupuaçu, bacuri, graviola e
outras que nunca vi mais gordas) a aves vivas para matar em casa, como
antigamente, PFs (onde você pode provar açaí recém triturado com peixe
empanado, como os belenenses da gema comem) e peixes amazônicos salgados como se
fosse bacalhau.
É bem interessante!!
Depois, voltamos para a Praça Frei Caetano Brandão, que é
rodeada por pontos turísticos de Belém – a Catedral da Sé, o Forte do Presépio,
o Museu de Arte Sacra (dentro da Igreja de Santo Alexandre) e o Centro Cultural
Casa das Onze Janelas.
Infelizmente, exceto pela Catedral, que, digamos, não tem
outra escolha, TODOS os demais estavam fechados durante todo o Carnaval! Sim,
afinal... para quê abrir quando os turistas estão na cidade, não é mesmo?!?!?!
Pegamos um táxi para o restaurante Remanso do Peixe, ultra
comentado por aí.
O restaurante fica num sobrado, sem placa nem nada, dentro
de uma vila residencial! Uma coisa de doido.
Pedimos a caldeirada de filhote (super recomendado) e não
nos arrependemos!! Gente... que prato mais simples e mais genial!!! Os sabores
de todos os ingredientes presentes, todos realçados... magnífico!
Apesar da conta não ter sido exatamente digestiva (R$ 128 + serviço),
saímos de lá satisfeitos que só – comida e atendimento ótimos! Melhor refeição
da viagem!
*Só um pequeno adendo: pedi uma cerveja Tijuca, que é uma
versão mais leve da Cerpa (caso você também,
como eu, não saiba, a Cerpa = Cervejaria Paraense!). Gostei bastante, mas não dá
para encontrar essa por aqui ainda, acho.
Fomos andando até o Bosque Rodrigues Alves, mas, por causa
da chuva torrencial que havia caído na hora do almoço, foi bem difícil andar
pelas alamedas enlameadas do parque... acabamos indo embora rapidinho. De qualquer
forma, pelo que vi... não voltaria em outra ocasião.
Pegamos um táxi e fizemos uma paradinha na doceria Abelhuda,
que havia sido recomendada pela minha ex-chefe, cuja mãe é belenense. Ela foi
específica na sua recomendação: bombom de cupuaçu! O de cupuaçu é realmente
gostoso, mas você precisa MESMO experimentar o de bacuri! UMA DELÍCIA!!!!!!!!
(na verdade, aparentemente, todas as coisas da loja são boas
– o movimento é impressionante... muitas pessoas entrando e levando bolos
inteiros! E o sanduíche de pão de batata com recheio de camarão é muito, muito
bom!)
Em seguida, fomos ao Polo Joalheiro São José Liberto, feito
num ex-presídio reformado. Fomos arrebatados pelo lugar – muuuuito bonito, bem
feito, com artesanato e joias bem feitos e de bom gosto (nada daquelas coisas
com cara de feira hippie) – e preços decentes!
Se estiver na pindaíba, compre pelo menos os raminhos de
patchouli (R$ 5), que previnem mofo no guarda-roupa e deixam tudo cheirosinho!
À noite, fomos jantar no Lá em Casa, na Estação das Docas.
Falando primeiramente das Docas, o lugar é charmosérrimo e
merece muito a visita – não deve em nada para a portenha Puerto Madero! Gostei muito!
Agora, quanto ao Lá em Casa... o que falar do restaurante mais falado
de Belém?! Ele é O embaixador da
comida paraense! Já serviu de Paul Bocuse a Imperador japonês!!!!
Tomei um tacacá (só para ter certeza que realmente não curto) e pedi um pato ao
tucupi (para descobrir que, no tacacá, o que não curto é o tucupi!). O HK foi mais feliz em seu pedido, com o Filhote a
Pai d’Égua – fresco, saboroso e rico!
A conta ficou R$ 130,30.
Uma boa opção é pedir o menu degustação para 2 pessoas (R$
90), com pequenas porções de vários pratos que fizeram a fama da culinária
paraense e da cozinha do Lá em Casa.
Depois, aproveitamos para tomar um sorvete de açaí e tapioca no Cairu, longe da
febre paulistana do gelato! Aprovado!!!
Fotos: Fernanda I.
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