segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Viagem pelo Reino Unido - roteiro pré e pós-maternidade

Estou para escrever este post há pelo menos 3 meses. A demora foi tanta que nem vou me alongar em discursos sobre a maternidade, como ela me mudou etc. etc. Vamos logo para o roteiro e para as dicas.

Fomos para o Reino Unido, por 2 semanas, no início de agosto, no auge do verão europeu. Foi ótimo - os dias duravam uma eternidade, o clima era super agradável (uns 20-24oC, com pouquíssimos dias chuvosos) e os gramados escoceses não poderiam estar mais verdes. Claro que houve desvantagens - Londres estava bem cheia (Edimburgo, então... nem se fale!) e os hotéis estavam mais caros... mas estou longe de reclamar!

Bom, para você que já era leitor do blog antes e não virou pai junto comigo, vou falar qual era meu roteiro **ideal**, i.e. aquele que inclui muitas atividades, acordando cedo, dormindo tarde e aproveitando o dia ao máximo:
- Dia 0: chegada a Londres;
- Dia 1: passar o dia em Londres para se ambientar, entrar no fuso etc.;
- Dia 2: alugar carro de manhãzinha, pegar a estrada para Oxford (1h35 - 94km), dar uma volta pela cidade, almoçar, pegar a estrada para Bourton-on-the-water (0h50 - 53km), dar uma volta pela cidade e pegar a estrada para Stratford-upon-Avon (0h40 - 40km), a cidade de Shakespeare, dormir lá;
- Dia 3: conhecer Stratford-upon-Avon, visitar a casa onde nasceu Shakespeare etc. No início da tarde, pegar a estrada para York (2h30 - 241km), passear pela cidade (dizem que é uma das mais charmosas do interior da Inglaterra, com uma cidade murada muito bem preservada), dormir lá;
- Dia 4: após um café da manhã tranquilo, pegar a estrada para Edimburgo (3h45 - 325km), passando pelas Lowlands Parque Nacional HousesteadsHadrian's WallsJedburgh Melrose, num passeio bem parecido com este da Drieverywhere;
- Dias 5 e 6: Edimburgo;
- Dia 7: de Edimburgo, partir para as Highlands, começando por Fort William (3h - 233km), passando por Loch Lomond Glencoe, onde foi filmado 007 Skyfall;
- Dia 8: de Fort William, ir a Eilean Donan Castle (1h30 - 105km), depois a Inverness (1h30 - 112km), passando por Loch Ness (sim, o famoso, com o Monstro), Urquhart Castle Fort Augustus;
- Dia 9: depois de passear por Inverness pela manhã e almoçar, pegar a estrada de volta para Edimburgo (3h - 250km);
- Dia 10: vôo para Londres;
- Dias 11, 12 e 13: Londres;
- Dia 14: vôo de volta para São Paulo.
Este roteiro inclui um pouco de tudo: cidade top (Londres), capital pequena e charmosa (Edimburgo), vilinhas pequenas e pitorescas do interior da Inglaterra, Lowlands, Highlands, Isle of Skye... tudo!

Como a Clara tinha apenas 4,5 meses na época da viagem e sendo sua primeira internacional, tive de desapegar um pouco e montar uma versão light do roteiro.
Ele ficou assim:
- Dia 0: chegada a Londres;
- Dia 1: passeio por Londres (East London - aproveitando que era um sábado);
- Dia 2: vôo à tarde para Edimburgo;
- Dias 3 e 4: Edimburgo;
- Dia 5: retirar carro e pegar estrada para Inverness (3h - 250km), passando por Pitlochry;
- Dia 6: Inverness;
- Dia 7: pegar estrada para Oban (2h45 - 175km), passando por Loch NessUrquhart CastleFort AugustusFort William Glencoe;
- Dia 8: pegar estrada novamente para Edimburgo (2h50 - 197km), passando por Loch LomondTrossachsAberfoyle Stirling;
- Dia 9: vôo no início da tarde para Londres;
- Dias 10 a 13: Londres;
- Dia 14: vôo de volta para São Paulo.
Este roteiro é mais focado em Londres + Edimburgo e Highlands, com menos deslocamentos e mais noites num mesmo lugar.

Mesmo para quem não está com bebê (a Clara, na verdade, provou-se uma ótima companheira de viagem e deu muito pouco trabalho), este roteiro não é má ideia. Aproveitamos muito bem todos os nossos destinos, fiz tudo com calma, mas sem ficar entediada. Nos próximos posts, escrevo sobre cada lugar, além de um especial sobre como foi viajar com bebê, o que deu certo (ou não) e tudo o mais.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Viagem pela California - Los Angeles

Nossa última parada foi Los Angeles, onde não fomos turistas típicos porque 1) temos parentes na cidade, e 2) queríamos fazer compras para a bebê, então acabamos não explorando intensamente o potencial turístico da cidade, que, de acordo com as nossas primas, é mínimo, de qualquer forma! Hahahaha

Primeira coisa que há para se entender de Los Angeles é que são vários condados juntos. Então, Venice e Santa Monica, por exemplo, não são bairros - são condados. Então, quando você colocar algum endereço no Waze, precisa se atentar de colocar o endereço completo - ou vai parar em um lugar totalmente diferente do que esperava.
A segunda é que você não vai para lugar nenhum sem carro. Você precisa estar motorizado em LA. O transporte público é sofrível.
A terceira é que a cidade (como um todo, quero dizer) é enooooooorme - pouco verticalizada e muito extensa - e tem bastante trânsito. Então, se você está em Santa Monica, pense duas vezes antes de resolver passear em Glendale, por exemplo. Aliás, as highways tem algumas regras curiosas em horários de rush - você só pode pegar uma das pistas (mais rápida) se houver pelo menos duas pessoas no carro (é o princípio do quadro Carpool Karaoke, do James Corden).

Agora, turisticamente falando, acho que, basicamente, tem que conhecer o Santa Monica Pier e alugar uma bike e andar até Venice Beach. Também tem que andar pela chiquérrima Rodeo Drive, dar uma volta por Beverly Hills (que tem casas estonteantes) e, como não, passar por Hollywood, que é super decadente, cheia de gente feia e imitações bem baratas (estacione no Hollywood Highland Mall, onde fica o Dolby Theater, que tem um preço bem decente)
*O crème de la crème de Los Angeles se concentra nos 3 Bs: Beverly Hills, Bel Air e Brentwood! São nesses bairros que fica a nata da sociedade angelina! "Beverly Hills - That's where I want to be!", como diria Weezer. Hahahaha!
Venice Beach
Chinese Theatre

Também destaco o recém inaugurado Skyspace, para ter uma visão geral da cidade.
De passeios mais... culturais, digamos assim, sugiro o Griffith Observatory, o Getty Center e o Getty Villa, além do LACMA.
Getty Villa
LACMA


Para compras, achei o Outlet Camarillo bem melhor e mais agradável do que o Citadel, mas se a ideia não for compras desenfreadas e apenas um passeiozinho no shopping center para não perder o costume paulistano, recomendo o The Grove ou, se estiver em Glendale, o Americana at Brand (que são do mesmo dono e praticamente iguais), super bonitinhos, com bastante área aberta, mas pequenos e com lojas caras.

Para hospedagem, não tenho dicas concretas porque fiquei na casa do tio do HK, que fica em West LA, perto de Santa Monica/ Venice. É uma área ótima e super recomendo!

De comida.... Ah, isso, sim!!! Tenho muitas dicas boas!!! Hahahahaha!
1) Agradeça-me depois de comer os doughnuts do Sidecar Doughnuts (Sta Monica), os melhores da vida!

2) Ainda em Sta Monica, experimente a saborosíssima comida caribenha no Cha Cha Chicken, que é uma bodeguinha bem estranha e, se não fosse a prima do HK endossar, nunca teria entrado, o que teria sido um grande erro (foi uma das melhores refeições da viagem)!


3) Uma opção (bem) mais arrumadinha, em Venice, é o Gjusta, que tem pães, peixes defumados (por eles mesmos) e outras refeições rápidas muito gostosas! O sanduíche de pastrami estava maravilhoso! O ambiente é bem bacana, bem hipster, uma coisa meio grande galpão abandonado...


*A prima do HK também recomendou o Rose, que a gente não foi, mas, se ela recomendou, eu agarantcho!

4) Para quem é formiguinha como eu, além de Sidecar, também experimente os cupcakes da Susie Cakes (mais tradicionais) e da Sprinkles (sabores mais ousados). Eu gostei mais dos da Sprinkles.

5) Para orientais (e pessoas que gostam de comida oriental, especialmente coreana), Los Angeles é um prato cheio! Na Korean Town, além do Chosun Galbee, do qual o HK já tinha falado anteriormente (e que continua TOP!), a cidade está cheia de casas de bubble tea/ suco de poba (que eu AMO) e de patbingsu (uma sobremesa coreana que a Snowfall está tentando popularizar em São Paulo, que tem raspadinha, frutas, doce de feijão, xaropes...), como a Sulbing.
*Los Angeles é a maior colônia coreana do mundo, após a própria Coréia!

6) Em West LA, a Sawtelle Boulevard é uma rua CHEIA de restaurantezinhos bacaninhas, para todos os bolsos e estilos. É uma ótima para quem não sabe onde comer mas está com fome. Tem um lugar chamado Lemonade, com saladas bem diferentes e saborosas e, claro, limonadas muito boas (baratinho!). Tem burgers, lamen, coreano.... Tem o Sonoritas Tacos, que tem comida mexicana das boas e horchata de pistache (horchata é uma bebida típica mexicana, que tem gosto de arroz doce. Eu nunca tinha experimentado e amei!). Tem também o Blockheads Shavery, que você só vai encontrar em Los Angeles - eles se explicam como "snow cream"... basicamente é gelo com sabor que eles raspam como raspadinha e servem com frutas, doce de feijão, leite condensado etc. É diferente do patbingsu, mas diria que foi inspirado nele. É isso: uma versão melhorada do patbingsu! Parece estranho, mas #vaipormim é MUITO bom!

7) Não podemos esquecer que Los Angeles tem Din Tai Fung (dim sum de Taiwan, que eu experimentei em Pequim) - e que sempre merece uma visita!!!!

8) Para fechar sua viagem com chave de ouro, tome um brunch no 26 Beach, que tem diversas variações de french toast e um cardápio bem extenso, cheio de coisas muito gostosas!!!
*A prima do HK também recomendou o BLD, o Church Key e o Sunny Spot.
French toast de croissant e creme de laranja
 

Eggs fiorentine
 

Ai, que delícia!!

Último comentário: voltei da California viciada em limonadas. Sei lá exatamente porque, mas a galera lá adora limonada - com todos os complementos possíveis e imagináveis. Tomei limonada com frutas vermelhas, com leite de coco e abacaxi, com chá de pêssego, com iced tea (este chama-se 'Arnold Palmer' e é realmente um drink não alcóolico institucionalizado, você pode pedir ao garçom mesmo se não estiver no cardápio)... Adoro!!!

Fotos: @autoindulgente, @fernanda.i e @heliokwon.

sábado, 11 de março de 2017

Viagem pela California - Big Sur

Voltamos para a estrada depois de tomar café da manhã na Sugar Pine Cafe, ainda em Mariposa. O lugar é mais curioso do que bom. Bem aqueles dinners americanos que a gente vê em filme, sabe...

Chegamos em Monterey depois de 3h de estrada e fizemos check-in no Portola Hotel and Spa, que reservamos às cegas via Hotwire.com. Eles dão um cookie quentinho no check-in - mimo que adorei!!
A vida em Monterey passa-se basicamente em volta do Cannery Row - uma única rua, onde ficavam antigamente os galpões de pesca da cidade, transformados em mini shoppings cheios de lojinhas - algumas legais e bonitinhas, outras nem tanto.
Ao final dela, fica o famoso Monterey Bay Acquarium. Se quiser visitá-lo, recomendo que verifique os horários de feeding dos animais (são as atrações mais legais)!
O Pier da cidade é um mico.
Focas tomando sol no caminho entre o Pier e Cannery Row
 

Pier-pega-turista
No final da tarde (cerca de 16h), pegamos o carro para atravessar a 17-mile Drive, uma estrada particular de 17 milhas (...), cercada de campos perfeitos de golfe e casas com a cara da ryqueza. Acho que nunca tinha visto nada mais luxuoso na vida... Sério!
Não se recomenda fazer o percurso pela manhã por conta da neblina - e recomendo fortemente que a faça de Monterey para Carmel, para que seu carro fique na via direita, acompanhando o mar.
Paga-se um pedágio na entrada da estrada, quando também te entregam um folder com os principais pontos de interesse do trecho. Não tem como errar.


Famoso "Lone Cypress"
Casas e comércio fofinhos em Carmel
Carmel é uma cidade bem mais charmosinha que Monterey (a hospedagem também é mais cara, infelizmente, mas, se puder escolher, fique nesta cidade) e sua vida turística está concentrada em volta da Ocean Ave., onde ficam várias pousadas e lojas fofas. Queria diminuí-las todas e levá-las para casa, na bolsa! Hahahaha
Assistimos ao pôr do sol da praia e fomos jantar no Flying Fish (Ocean Ave x Mission St) - um restaurante bem curioso, porque é fusion nipomexicano (e.g. as tradicionais tortillas com salsa de couvert são massinhas de wonton fritas e salsa mexicana com wasabi! A melhor da viagem). O ambiente também é interessante porque fica no subsolo, é todo em madeira e as mesas são separadas em várias salinhas, como se fossem casinhas japonesas realmente... Muito interessante.
Não é um restaurante exatamente barato (não lembro quanto saiu, mas deve ter sido por volta de US$80 o casal).


Entrada de gohan com tempero de sushi, carne de caranguejo, avocado e ovas
Sorvete de chá verde com tangerina em calda, de sobremesa
No dia seguinte, fizemos o check-out tranquilamente e pegamos a famosa Highway CA-1, rumo a Santa Barbara. Infelizmente, não tivemos muita sorte com o tempo... o céu estava bem nublado e fechado... certamente poderia ter sido (ainda) mais bonito. Mas, de fato, a estrada é linda, e a viagem é super romântica.

Elefantes marinhos tomando sol na praia!
 

Fizemos uma parada em Solvang, uma cidadezinha de colonização sueca bem bonitinha, porque tinha lido super bem de lá e minha cunhada também era só elogios. A cidade é realmente muito fofa, mas fecha às... sei lá, cedo! Às 17h30, quando chegamos, já estava tudo fechado!! Acabamos jantando sopa de ervilha num lugar super curioso que minha cunhada recomendou (o Pea Soup Andersen's) - foi ok.

Dormimos em Santa Barbara no Montecito Inn, que também reservamos via Hotwire.com. O hotel é bem gracinha, recomendo, mas achei o café da manhã não digno.
Passamos a manhã andando pela cidade, que é bem charmosa e tipo cidade praiana dos chics e famosos. A Gwyneth Paltrow casou lá, por exemplo. Recomendo andar de carro pela East Cabrillo Blvd (que tem lindas e altas palmeiras alinhadas, bem cara de California), caminhar pela State St. (onde se concentram restaurantes e lojinhas bonitinhas e caras) e, após o almoço (o nosso não foi memorável), tomar um bom café no French Press (eu não sou fã de café... se algum ficou na minha memória é porque estava gostoso mesmo!).



Após o café, pegamos novamente a estrada rumo a Los Angeles (é um trajetinho curto de 1h30-2h), parando antes no Camarillo Outlet, mas isso já é assunto de outro post...

Fotos: @autoindulgente, @fernanda.i e @heliokwon.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Viagem pela California - Yosemite

A segunda parte da viagem foi o Yosemite National Park, um dos mais visitados parques nacionais dos Estados Unidos (o mais?). Eu tinha expectativas altas para esta parte da viagem, mas sinceramente não sabia muito bem o que esperar. Há muita informação no site, mas ainda estava perdida no sentido de "ok, mas como as coisas funcionam na prática? Quais trilhas posso fazer?" etc. Então, relaxei e simplesmente resolvi que "chegando lá, vou ao posto de informações turísticas e resolvo na hora o que fazer". Acho que foi a melhor estratégia.

Alugamos um carro em San Francisco, na Alamo, via rentcars.com, pela bagatela de US$143,88 (não inclui seguro, porque quem aluga carro com Visa Platinum já tem cobertura) para 7 diárias. O carro era um Dodge, numa categoria similar a um Toyota Corolla ou Hyundai Elantra. Achei o preço inacreditável de barato.

Levamos cerca de 4h30 (entre paradas para almoçar etc.) para chegar a Yosemite. Logo na entrada, havia um postinho de informações, e os rangers nos deram algumas dicas do que fazer naquele dia que já estava quase no fim.
*A visita ao Parque é bem barata: US$30 por carro para 7 dias!

Decidimos visitar o Tuolumne Grove (uma área com uma trilha que leva a várias sequoias gigantes). As sequoias são lindas e realmente gigantescas, mas nem me venha com esse papo de abraçar árvore porque, por elas terem raízes pouco profundas, não se pode pisar nas áreas próximas à sua base!!
A trilha durou cerca de 2h, entre ida e volta, era bem sinalizada, pavimentada (tinha pessoas com carrinhos de bebê) e uma inclinação média.

Como perdemos a possibilidade do pôr do sol (teríamos visto do Glacier Point, mas acabamos a trilha perto das 17h e ainda teríamos de nos locomover até lá, o que demoraria pelo menos mais 1h), fomos direto para Mariposa, uma cidade próxima ao Parque, onde ficamos hospedados no America's Best Value Inn Mariposa Lodge, que é daqueles bem motelzão de beira de estrada dos Estados Unidos, que a gente vê nos filmes, sabe... mas ok, cumpriu seu papel no mundo.
*Quem programar a viagem com maior antecedência, pode tentar ficar dentro do próprio parque, em um dos hotéis, ou alugar um trailer e acampar. Achei a ideia fantástica, mas estava muito em cima da hora quando decidimos a viagem. Neste post ultracompleto, o Ideias na Mala te dá todas as possibilidades de estadia, vantagens e desvantagens.

Neste e no dia seguinte, jantamos no Charles Street Dinner House, na própria cidade. O restaurante não é bom, tampouco é ruim. As porções são grandes (à la americana) e podem ser divididas. E a hostess/ gerente/ dona do restaurante é, no mínimo, peculiar, com suas roupas um tanto extravagantes! hahahaha

No dia seguinte, munidos de lanchinhos, acordamos cedinho (antes das 6h) e seguimos para Yosemite. Mariposa até Yosemite Valley (a área mais turística do Parque, onde se concentram a maioria das trilhas, estacionamentos e restaurantes/ lanchonetes, além do centro de informações turísticas e vans que levam a vários pontos do vale) leva cerca de 1h15.
Logo na entrada, esta visão magnífica do El Capitán

Até os veadinhos estavam passeando tranquilamente!
As coisas estavam bem tranquilas neste horário, e o Visitor Center nem estava aberto. Deixamos o carro em um dos bolsões, pegamos um folder de trilhas e partimos para o Cook's Meadow Loop, que é curtinho (1,6km), sem inclinação e ainda tem paisagens lindas!!
*O que achei "ruim" das trilhas do Parque é que não há opções médias de trilha (tipo 5km) - ou são enormes e levam o dia inteiro, o que seria impraticável para nós, ou são super curtas e acabam em meia hora...



Em seguida, já partimos para o Lower Yosemite Fall Trail (também 1,6km, com somente 15m de inclinação - bem facinho). Teoricamente, o legal desta trilha é ver uma linda cachoeira ao final dela, mas primeiro que, em setembro/ outubro, as cachoeiras já estão secas (o momento de glória de Yosemite deve ser na primavera, quando a água do degelo enche todas as cascatas); segundo que faz anos que a California está numa seca mais braba do que a que enfrentamos em São Paulo em 2015! Então, ela foi média, apenas...

Depois disso, voltamos ao Visitor Center, colhemos mais algumas informações e resolvemos partir para Vernal Fall Footbrige Trail (Vernal e Nevada Falls eram as únicas cascatas com água na época), um pouco mais longa (2,6km) e com 120m de inclinação (dá para dar uma cansadinha bem de leve).
*Enquanto eu estava na fila do Visitor Center, HK ficou assistindo um videozinho educativo sobre os ursos do Parque, como você não deve deixar comida dentro dos carros (mas, sim, dentro de armários próprios, que o Parque disponibiliza nos estacionamentos) porque os ursos arrombam os carros sem dó nem piedade etc. etc. etc. Nossa... para quê fazer isso com uma pessoa sugestionável de cidade grande, me fala?!? HK voltou que nem jato para o estacionamento (que estava numa área SUPER movimentada do Parque e nem tinha os tais armários, de tanto que não era uma área visada por ursos) para limpar até a menor migalha de dentro do carro! Hahahahaha!

Infelizmente, não há foto que faça jus às beleza e grandiosidade de Yosemite.

Voltamos para o Centrinho de Yosemite Valley, comemos umas porcarias na lanchonete, pegamos o carro e fomos para o Tunnel View, que é "A" imagem que você tem na cabeça quando pensa em Yosemite. É realmente uma vista grandiosa.

E seguimos (também de carro) para o Glacier Point (que não está aberto no inverno), que te dá uma vista maravilhosa do Half Dome (esta pedra enorme bem no meio da foto abaixo).

Assim foi nosso dia e meio em Yosemite!

Fotos: @fernanda.i e @heliokwon

quarta-feira, 8 de março de 2017

Viagem pela California - San Francisco

Depois de mais de 5 meses do fim da viagem, finalmente estou escrevendo minhas dicas sobre a baby moon que fizemos para a California! Fomos no finalzinho de setembro e passamos 2 semanas, começando por San Francisco (3d inteiros), passando por Yosemite (1d inteiro), descendo pela Big Sur e acabando a viagem em Los Angeles (4d inteiros). Ficamos todo esse tempo em LA porque temos parentes lá e porque fizemos compras para a nossa filha (que ainda está para chegar). Para "turistar", não precisa de tudo isso: ficaria 2d e seguiria para outra cidade. Com mais tempo, certamente iria para Las Vegas e Grand Canyon; com pouco tempo, iria para San Diego, que dizem que surpreende, ou teria ido a Napa Valley (se não estivesse grávida e pudesse beber vinho irrestritamente).

*Baby moon é o termo que os americanos usam para uma última viagem do casal antes do bebê nascer, como uma lua de mel pré-maternidade. Nunca foi meu sonho fazer enxoval do bebê nos Estados Unidos, mas... se é possível juntar o útil ao agradável, né...
Para as futuras mamães leitoras que tem dúvidas sobre viajar grávida, acho que vou fazer um post depois sobre o que comprei, o que me arrependi de ter comprado e o que me arrependi de não ter comprado (lembrando que o dólar comercial estava R$3,40 quando viajei), mas já aviso que sou bem econômica, odeio fazer compras durante viagens e comprei somente o que achei o mínimo necessário.
Ah - viajei quando estava com 16 semanas (3,5 meses), logo após descobrir que é uma menina. Os médicos dizem que a melhor época para viajar durante a gravidez é no segundo trimestre, quando os riscos de aborto espontâneo do primeiro trimestre já foram embora e você ainda não está tão pesada como no terceiro. Minha gravidez está sendo muito tranquila e não tive um enjôo sequer, então, não sei se sou parâmetro para outras grávidas, mas passei a viagem muito bem. Comia de tudo, fiz trilhas em Yosemite, andava o dia inteiro e estava ótima à noite. Então, endosso a recomendação médica. Única coisa diferente foi que ia mais vezes ao banheiro do que normalmente (o que pode ser chato em viagens).

Voltando a San Francisco, nosso primeiro destino, informações/ comentários básicos:
- é uma cidade bem diurna. Os restaurantes fecham cedo (uma hamburgueria a que fomos, bem da modinha, fechava às 22h!) e não tem muito para se fazer à noite. Apesar disso, curiosamente os estabelecimentos comerciais tampouco abrem cedo. Lá pelas 9h, todas as lojas ainda fechadas! O dia em que fomos ao Pier 39 e ao Fisherman's Wharf, então... tudo deserto!!!
- em relação ao transporte, achei tudo meio longe para ir a pé - e o famoso bondinho de SF é caríssimo (US$7 a viagem!); por isso, melhor baixar o app Moovit (que te dá opções de como ir de um lugar para outro usando o transporte público), comprar um visitor pass e ser feliz. (Aliás, para quem for ao Aquário de Monterey, pode valer mais a pena comprar o City Pass ao visitor pass, mas tem uns macetes para trocar o cruzeiro do passe por Alcatraz, então, cheque antes de comprar)
*para jantar, uma otima opção de transporte é o Uber (SF é a terra do Uber!). Uber Pool então... é baratíssimo: $6 para duas pessoas para uma corrida básica de turista. Vale bem a pena!!
- 3,5d foi mais do que o suficiente para conhecer a cidade. 
- em relação à hospedagem, ficamos num hotelzinho travestido de AirBnB (digo isso porque era realmente um B&B - e não um apartamento que o dono aluga) pertinho da Union Square. A localização era ótima, mas não achei o hotelzinho nada de mais. Não recomendo, nem falo mal. 
- o blog Ideias na Mala praticamente resolveu minha vida em San Francisco (na viagem inteira, na verdade, mas especialmente nesta cidade). Dicas muito boas e confiáveis!!
- acho que deu para perceber (ou vai dar, ao final do post), mas não curti muito SF. Achei cara e overrated. Acho que sou uma east-coaster.
- ficaram de fora do roteiro: Napa Valley e o Sequoia National Park (porque íamos ver muitas sequoias em Yosemite). Também ficou de fora o Nightlife do Golden Gate Park, um evento que acontece às quintas à noite no Golden Gate Park que mistura palestras e drinks!!

Nosso itinerário:
Dia 0:
- Chegamos umas 15h em SF, pegamos um Uber do aeroporto, fizemos o check-in no Bunkhouse e saímos para ver a Alamo Sq. (que está em reforna) e as Painted Ladies (as lindas casinhas da série Full House). Esta é uma atração meio desconectada, geograficamente falando, das demais. É "ok", se tiver pouco tempo na cidade, não é nada que "imperdível".

*estando por lá, se bater uma fominha: o The Mill (736 Divisadero St) tem a torrada mais bem falada da Costa Oeste (é boa, mas cara e overrated) e um café bom. Outra opção é passar no supermercado Bi-Rite (550 Divisadero St), que tem várias coisas naturebas gourmet legais, e tomar o sorvete, que é bem gostoso. Para algo com mais sustância, ouvi falar bem do seafood chowder do Bar Crudo (645 Divisadero St).
The Mill
The Mill - café hipster em San Francisco. Hipster é tudo que CA é. 
- Neste dia, jantamos num tailandês pertinho da Bunkhouse chamado King of Thai Noddle House. Eu não sou muito entendida de comida tailandesa para saber o que é bom e o que é ótimo, mas estava gostoso e foi muito barato!! Ambiente bem "chinês da Liberdade", não se impressione.
*Para um thai de peso, todos os blogs que li e motoristas de Uber com quem conversamos recomendam The Slanted Door, que fica no Ferry Building, é chic, tem uma vista linda da cidade... e é caro, lógico.

Dia 1:
- Pegamos o bondinho para tentar ver a Golden Gate Bridge, mas ela estava totalmente encoberta com neblina (o que descobri ser muito comum, porque ela foi construída em um lugar onde antes era um cânion)... Antes de se deslocar até lá, veja as condições climáticas em um site real time.
*a ideia inicial era atravessá-la e ir até Sausalito, almoçar e voltar de ferry. Sausalito supostamente é uma cidade bem fofa, com boas opções de restaurantes. Essa travessia, faríamos de táxi/ Uber mesmo, mas quem tiver mais disposição deveria fazer de bike (deve ser um passeio bem agradável) - há diversas cias que alugam bikes com esse intuito na região do Fisherman's Wharf.
Apinhado de turista
Por dentro do bondinho



Ladeiras e mais ladeiras

Só a pontinha pra fora...
Então, fomos a Lombard St., que é super bonitinha mesmo (mas onde eu nunca moraria, porque deve ser um saco aquele monte de turista na sua porta todo santo dia!).

- Fomos para o Distrito Financeiro, onde almoçamos dim sum no Yank Sing (49 Stevenson St), que todos dizem ser um dos melhores da cidade. Achei bom, mas caro para um dim sum. Os baratinhos de NY dão de dez, certamente.
*para quem não é dim sum-lover como eu, há muitas opções que parecem boas e baratas na mesma região. Por exemplo: o Mixt Greens, que fica dentro da Macy's e serve saladas; o San Francisco Soup Company; o curioso Sushirrito, que faz sushis com recheios de burritos (!!), e o igualmente extravagante Onigilly, que vende os bolinhos de arroz típicos japoneses com recheios nada convencionais.
- Depois de comer uns docinhos no Ghirardelli (o chocolate oficial de SF) e no See's Candies (que está bem mais presente na Costa Oeste do que na Leste), gastamos as calorias no fizemos o tour Secrets, Scandals and Scoundrels do San Francisco Walking Tour, que abrange uma boa área do Centro de SF com anedotas (reais) bem contadas e engraçadas de cidadãos desta cidade super nova (ela teve início "de verdade" somente por volta de 1848, com a Corrida do Ouro). Valeu! Essas histórias realmente dão uma melhor visão do espírito da cidade... fiquei pensando como as coisas teriam sido diferentes para aqueles personagens se eles estivessem em NY, por exemplo. São cidades muito diferentes, na essência de seus moradores.
*esta foi uma boa surpresa: tanto no Ghirardelli quanto no See's, ganhamos generosas amostras grátis. Adoro!!
- Depois de uma descansadinha básica no hotel, jantamos no Roam Burger (1785 Union St) que tem um hamburguer bem californiano, ou seja, 100% grass fed, com ingredientes orgânicos, blá bla blá (...). É bom, mas eu prefiro o Z Deli. A região onde fica é bem bonitinha.

Dia 2: 
- Começamos o dia no Fisherman's Wharf e no Pier 39 - atrações SUPER-ULTRA-MEGA-BLASTER pega-turista... Estavam estranhamente vazios porque era cedo (umas 9-10h da madruga) e até algumas lojas ainda estavam fechadas.

Quem liga para as lojas... Até os leões marinhos estavam em pouco número àquela hora da manhã!!!!
Tentamos tomar um clam chowder no tradicional e famosérrimo Boudin, mas o negócio é tão ruim que eu tive de jogar fora depois de umas colheradas incrédulas. Só valeu para comprar salt water taffies (que foi algo que descobri quando passei uma temporada no Maine e que amo de paixão até hoje).

- Como ainda era muito cedo para almoçar, voltamos para o Bunkhouse, compramos algumas coisinhas na região da Union Sq. e, perto das 12h, voltamos ao Ferry Building. Este foi um dos lugares de que mais gostei em San Francisco - um mercadinho gourmet, tipo o Chelsea Market ou o Mercado da Ribeira, de Lisboa, com lojinhas/ empórios com coisinhas interessantes, comidinhas com cara boa e restaurantes transadinhos. Tudo parece bom. Almoçamos no Market Bar - gostoso e bom custo/ benefício na hora do almoço (menu executivo), e comemos um cupcake delicioso da Miette.


- Saindo de lá, fomos ao Pier 31 pegar a balsa para a famosa Ilha de Alcatraz (compramos o passeio com antecedência, como se deve, porque há chances de você chegar lá e não ter mais vaga). Faz muito frio e vento na Ilha, leve casacos. Chegando lá, você recebe um aparelho para audiotour e pode fazer tudo no seu ritmo (o que é muito bom - no nosso caso, durou umas 3h ao todo, incluindo o tempo do barco). US$35 por pessoa é bem caro, mas é daquelas coisas que, se você está em SF, tem que fazer. Pelo menos, o passeio é bem estruturado, as dependências estão bem mantidas... tudo bem organizado, à la Estados Unidos da América!
*há um passeio noturno que deve ser bem interessante ("Alcatraz By Night"), mas o HK não quis nem saber... Quem for, me conta depois!
Após o fechamento da Penitenciária, a Ilha ainda foi invadida por indígenas, que queriam um território para eles. Não durou muito esse movimento, entretanto...

Cela padrão

Refeições do Presídio de Alcatraz - eram boas e fartas porque isso evitava rebeliões. De acordo!!
- Neste dia, porque estávamos bem cansados de tanto andar, acabamos jantando no Chipotle que ficava praticamente embaixo do Bunkhouse. Não estava gostoso como havia achado a primeira vez que comi... talvez seja a gravidez... talvez não...

Dia 3:
- Começamos o dia da melhor forma possível: comendo um pain au jambon da Tartine Bakery (3605 18th St), que é O LUGAR a ir em San Francisco. O melhor croissant da vida. Muito, muito bom!! Enfrente a fila que tiver (sempre tem) - valerá a pena!
*recentemente, eles abriram um novo endereço chamado Tartine Manufactory. Tem uma pegada diferente, servem refeições completas, inclusive jantar. Não sei como é, mas deve ser bom.
Fachada discreta e sem gracinha
Melhor croissant ever da vida!
- De lá, fomos andando a Castro, que tem a fama de ser o bairro mais gay do mundo (hoje em dia, acho que ele é só hipster), onde fizemos um walking tour com a mesma empresa do do dia 1, mas este não valeu tanto a pena. Mesmo assim, recomendo andar por Castro (Rainbow Crosswalk, Castro Theatre, Castro St).

Esta é a casa onde Harvey Milk morava - "aquele do filme com o Sean Penn" - recomendo o filme antes da visita a Castro, para dar um contexto melhor!
- Mission, o bairro vizinho, conhecido como o "bairro latino" também merece umas andanças. Além de murais super coloridos, bonitos e politizados, a Valencia St. ainda tem tantas comidinhas gostosas que é o lugar perfeito para almoçar!


- Nós almoçamos tacos (ótimos) no Tacolicious (741 Valencia St) e depois comemos o imperdível s'more do Dandelion (740 Valencia St), uma espécie de Mast Brothers de San Francisco (i.e. chocolates chics & caros).
*Outras opções que anotei pré-viagem foram: o fast food thai do Mau, o andino Limón Rotisserie, o indiano Curry Up Now e os doces lindos do Craftsman and Wolves



- Ainda era cedo e não tínhamos mais nenhum ponto de grande interesse na cidade. Acabamos usando o resto do dia para pesquisar compras para o bebê e jantamos no sem-graça Cheesecake Factory (se você também tem dificuldade em escolher o que pedir no Cheesecake Factory, #vaipormim e pede o Thai Lettuce Wrap de entrada - muito gostoso e fresh!).

Dia 4:
- Pegamos a estrada para Yosemite, mas não sem antes passar na Golden Gate Bridge, que estava finalmente visível!! Eeee!!! :)

Fotos: @autoindulgente, @fernanda.i e @heliokwon