Z Deli

Acho que a principal razão pela qual eu mantenho o blog é porque sou desmemorizada. É incrível como esqueço coisas importantes... coisas bobas, então... simplesmente não deixam rastros na minha memória (ou seja, se não ficam as coisas importantes, nem as bobas... não fica nada! hahahahaha!).

Eu não fazia ideia que fazia tanto tempo que eu não ia ao Z Deli. Felizmente, o tempo não alterou tanto o preço dos hambúrgueres (meu Joint Burger custou R$27, R$2 mais caros do que paguei no Manhattan, há quase 2 anos), mas, em compensação, os hambúrgueres em si estão bem diferentes - se já eram bons antes, agora se tornaram um dos meus preferidos na cidade! Pão bem macio, muito sabor e carne bem suculenta, no ponto perfeito.
Dessa vez, não pedimos a batata frita para pedir as sobremesas - uma torta de chocolate e um cheesecake (R$16 ou algo bem próximo, cada). A torta de chocolate foi completamente desnecessária. Precisava de uma texturizada, não sei... achei tudo muito igual... não gostei. Voltou quase inteira. O cheesecake é dos bons! Vale as calorias!

Voltarei? Sim!
Para ir: cedo e com paciência e com poucas pessoas. O lugar está SEMPRE cheio!
Tipo: burger

Foto: @autoindulgente

Serviço de utilidade pública: Rua Francisco Leitão, 16, Pinheiros (sempre ele...) - tel. 2305-2200 + o original dos Jardins.

Taberna da Esquina

Quando saí do ex-trabalho e vim para o atual, apesar de bem feliz, fiquei chateada de sair da região da Paulista. Levava 15’ para chegar ao trabalho (de ônibus) e ia embora a pé todos os dias. Fizesse chuva ou sol, tivesse greve de ônibus ou manifestação #vemprarua, eu chegava religiosamente em 25’ em casa.

Outra razão foram os restaurantes. Eu ainda me pergunto porque não há nenhum quilo tão bom no Itaim quanto o Manai. E sentia aquela nostalgia toda vez que pensava no Tasca da Esquina.

SentIA! Porque, pelo menos para isso, agora tenho um substituto à altura. Tão à altura que é do mesmo dono e tem até os mesmos atendentes – o Taberna da Esquina! Hahahaha!

Fui sexta passada, com uma amiga, almoçar. Durante a semana, é o mesmo esquema do Tasca: um prato do dia com carne e outro com frutos do mar – R$52 e R$56, respectivamente (ou algo em torno disso), já com entrada (saladinha com sardinhas portuguesas) e sobremesa.

O Prato da Terra da Z foi lombo suíno com batatas, e meu Prato do Mar foi bacalhau desfiado gratinado com natas. A sobremesa foi arroz doce.

Tudo, como sempre, estava ótimo!!! Pratos portugueses com certeza, mas sem ser caricato.

Voltarei? Sim, preciso ir no HH. O Taberna é mais focado em comidinhas e porções. É uma taberna, afinal de contas!!

Para ir: com amigos, num dia de tempo bom – o teto é retrátil.

Tipo: bar português.

Fotos: @autoindulgente

Serviço de utilidade pública: Rua Bandeira Paulista, 812, Itaim Bibi - tel. 3167-6489

Viver España

O Viver España entrou na “listinha” por causa da resenha do Luiz Américo Camargo. Fico pensando como é que ele achou este lugar, tão simplesinho e pequenininho, há poucas quadras do Largo da Batata... Imaginem um salão cheio de cartazes e fotos da Espanha, desses que a gente manda imprimir na gráfica mesmo, porta de vidro de correr, tudo simples e uma só pessoa atendendo o salão. Sem frescura. Senti-me na Europa até.

A letra não é das mais bonitas, mas o conteúdo é bem atraente!

Pedimos croquetas de jamón (duas médias, R$16), um gazpacho (R$14) e patatas bravas (R$19,90) de entrada. Isso tudo porque a fome era grande, e as paellas demoram 1h para ficarem prontas (recomenda-se pedir com antecedência). Todos os aperitivos estavam gostosos, embora já tenha provado croquetas menos massudas. O gazpacho me conquistou – até a mim, que sou uma fã de sopas... quentes (e nada de frias). As patatas bravas foram as melhores que já comi em São Paulo.

As paellas chegaram 40’ depois. O preço me surpreendeu – R$40, com arroz espanhol, mexilhões, lula, lagostim e camarão! O preço é promocional, mas vale quase sempre: todos os dias, no jantar, ou almoço de sábado. Claro, ficou a desejar perto da paella que fizemos em casa outro dia, com o arroz um pouco cozido demais para meu gosto, menos caldoso e com menos frutos do mar, mas estava bem gostosa e recheada o suficiente. Mais que vale quanto pesa!! 

Infelizmente, depois de comer tanta entrada, não consegui comer metade do meu prato... Devia ter dividido com o HK!

Mesmo com tanta fartura e desperdício (...), a conta deu R$ 160 com uma long neck Estrella Galicia e duas tartas de Santiago, que levamos para casa e comemos depois, assistindo a The Good Wife. Estavam ótimas! Bem molhadinhas e doces na medida certa.

Voltarei? Possivelmente. Poucos lugares são tão justos assim no preço!!

Para ir: com Visa Platinum (que te dá 30% de desconto nas reservas via Restorando) e amigos, para poder provar mais entradinhas.

Tipo: espanhol, sem frescura.

Fotos: @autoindulgente

Serviço de utilidade pública: Rua dos Pinheiros, 1.283, Pinheiros - tel. 3032-3576

Miya

A nossa primeira visita ao Miya foi para experimentar o lamén. Se você ainda hoje vê a foto que eu tirei e baba no porco braseado, vá babar em outra coisa – o lamén saiu do cardápio, assim como várias outras coisas, deixando o cardápio atual bem mais conciso.

Pedi o arroz negro com lulas e lagostim (isso, no singular) (R$69), enquanto HK pediu o arroz com frango e chorizo espanhol (R$54). O meu arroz, que não é negro de verdade (é a tinta de lula) estava al dente, bem gostoso, com lulinhas tenras e bem cozidas. O arroz do HK, que esperávamos ser uma espécie de galinhada (só que não), estava bem gostoso também, mas o chorizo, fortíssimo e bem apimentado, apagava qualquer rastro de qualquer outro sabor. No final, acabou praticamente todo no cantinho do prato, pagando penitência por ser marcante demais.

De sobremesa, dividimos o pão de mel (R$20) e o pudim de leite (R$18). O mousse brülée de chá verde estava em falta. O pão de mel estava maravilhoso e louvavelmente não enjoativo, mesmo recheado de doce de leite (e o azedinho do sorbet de cupuaçu foi muito bem-vindo). Muito bom. Já o pudim passou despercebido na minha vida e voltou pra cozinha pela metade. Pudim tem aquela sina de ser ou fantástico ou nada... O do Horácio Café, tão singelo e despretensioso, continua imbatível para mim!!

Com uma água pequena e um chá gelado de framboesa, a conta ficou R$191,40. Sinceramente, achei caro demais.

Voltarei? Talvez. A comida é boa, e o serviço é muito amigável, mas os precinhos são bem salgados.

Para ir: Com reserva, porque fica bem cheio e bem rápido.

Tipo: cozinha mediterrânea, com um toque oriental (muitos ingredientes orientais, dando aquele toque de curiosidade).

Fotos: @autoindulgente

Serviço de utilidade pública: Rua Fradique Coutinho, 47, Pinheiros – tel. 2359-8760

Verde

Tô verde de inveja das pessoas que foram convidadas para o press day do Eataly...
Resta-me aguardar a inauguração para o público, dia 19 de maio.
Esse blog só me dá trabalho mesmo! Hahahahaha!

Carlos

Logo depois que fui ao Leggera, “descobri” outro lugar de pizzas em São Paulo que segue a linha italiana de massa fermentada naturalmente, discos individuais e recheios sem extrapolação – a pizzaria Carlos. O lugar abriu recentemente e já está cheio de grammers no lugar. Meu feed sempre tem fotos de lá.

Para beber, pedi o Carlito’s Way (R$9 – todos os preços estão no site, também), um coquetel não alcoólico (adorei essa idéia, deveria ter em todos os lugares – não com preços estratosféricos, mas com valores próximos dos sucos. O trabalho é o mesmo ou menor, e o custo não deve diferenciar tanto).

O cardápio é super conciso. Deve ter uns 5, 6 sabores no máximo. Todas rossas (com molho de tomate, que, aliás, é feito na casa e ótimo). Pedi a Marinara (molho de tomate, manjericão e alho fatiado), enquanto HK pediu a com radicchio, pancetta, raspas de laranja e molho de tomate (ambas R$25). A de radicchio, antes que me perguntem, não fica amarga! Foi meu recheio favorito. Apesar de amar alho, achei que estava muito picante. Deveriam dar uma pré-assada/ fritada.

A estrela da casa mesmo é a massa: finíssima, muito saborosa, crocante e macia. Essas bordas, seria pecado deixar de lado.

A sobremesa (creme de chocolate amargo - R$17) passou desapercebida pela minha vida. Se comi uma colher inteira, foi muito.

O mais engraçado da noite foi minha cunhada, que pediu a Marinara sem alho – e achou ruim quando a pizza chegou apenas com molho de tomate e manjericão. Na opinião dela, todas as pizzas tem queijo. Então, se você compartilha da sua opinião, já fique sabendo: as pizzas da Carlos seguem estritamente o que está no cardápio. E em quantidades moderadas.

A conta deu pouco mais de R$40 por pessoa. Pizza é sempre uma boa!!

Voltarei? Voltaria sem problemas, mas, se for por preferência, ainda gosto mais do Leggera, que é mais tradicional nos sabores e mais opções (incl. pizzas "brancas"). Ou o clássico e não-gourmetizado Quintal do Bráz.

Para ir: cedo, porque eles não trabalham com reserva e é pequenininho. Forma filas rapidamente.

Tipo: pizza!

Fotos: @autoindulgente

Serviço de utilidade pública: Rua Harmonia, 501, Vila Madalena - tel. 3813-2017

Confeitaria Dama

Vocês devem conhecer a Confeitaria Dama, que está entre minhas confeitarias favoritas em São Paulo.

Recentemente, descobri que, além do mil-folhas aclamadíssimo, das variadas éclairs e de todos os outros doces fantásticos que eles servem, há também pratos para um almoço (bem) levinho – torta com salada, sanduíches de choux com salada e outras coisinhas do gênero. Assim é bom, que você não se sente tão mal em comer um (mini) doce de sobremesa! Hahaha!

Semana passada, comi a torta de frango com saladinha (R$21,50), enquanto HK pediu a de palmito (os sabores variam, de dia para outro). Estavam bem gostosas, massa macia e recheio com gostinho caseiro. Aprovada!

De sobremesa, dividimos um Opéra (R$9,50).

Voltarei? Sim! É uma boa opção para um almoço leve e rápido com final feliz.

Para ir: Com calma. Aquela região de Pinheiros pede isso!

Tipo: Saladinha e docinhos.

Foto: @autoindulgente

Serviço de utilidade pública: Rua Ferreira de Araújo, 376, Pinheiros - tel. 5182-5088.

Espaços para tomar cerveja

Ah é, esqueci-me de falar aqui do Barcearia. Fomos outro dia  e adorei toda a história – é um lugar que vende cervejas importadas/ artesanais/ da modinha geladíssimas e te fornece, gratuitamente, consultoria para as cervejas, mesas e cadeiras, uma TVzinha para assistir seu joguinho de futebol, pãezinhos fatiados, pratos e água.

A comida fica a seu critério – você pode comer do foodtruck que sempre se instala na frente, ou pedir um delivery de pizza (ou de qualquer outra coisa que preferir), ou até mesmo trazer de casa!! Eles até vendem alguns petisquinhos, mas só coisas prontas e já pré-embaladas (salaminhos fatiados e patês).

Para finalizar, as cervejas ainda tem um preço bem condizente com a concorrência (tem de tudo quanto é preço, desde uns R$10 até bem mais de R$30 cada garrafa... varia muito).

O clima é bem descontraído (como ser diferente?) e até meio familiar. Bem tranquilão. E o “sommelier de cerveja” manda bem nas indicações.

Voltarei? Sim! Gostei muito do conceito, dos preços e adorei que posso comer o que bem entender.

Para ir: Quando você quer colocar o papo em dia com os amigos, despretensiosamente, mas a casa está aquela bagunça e você não quer visita de ninguém!

Tipo: provedor de cerveja e de espaço para confraternizar com amigos.

Serviço de utilidade pública: Alameda dos Anapurus, 1469, Moema - tel. 2533-8266.

Numa proposta bem parecida, o Adega Tutóia reabriu aqui do ladinho de casa. Antes, eles ficavam restritos a um espaço de conveniência ao fundo de um posto de gasolina. Depois que o dono do imóvel foi tomado pela ganância e resolveu ceder à especulação imobiliária, o então desalojado Adega Tutóia resolveu reformar o ex-açougue que ficava ao lado do posto e agora ocupa um espaço bem maior e mais agradável que antes – inclusive com um deckzinho com mesinhas e guarda-sóis (único espaço com mesa e cadeira, infelizmente).

Vira-e-mexe, um foodtruck também estaciona lá na frente e faz a alegria do pessoal!

Além de cervejas geladas, também vendem cervejas para levar (sem gelar), vinhos (tem até da vinícola do casal Brangelina) e alguns produtos inesperados, como massas secas importadas e azeite.

O atendimento também é muito bom, muito simpático, e os preços das cervejas são parecidos (mas os vinhos são mais baratos nas lojas de importadoras, como a Expand – como era de se esperar).

Voltarei? Sim. Como é pertinho de casa, é um salvador de festas.

Para ir: E experimentar cervejas diferentes.

Tipo: Cervejas artesanais/ importadas/ da modinha!

Serviço de utilidade pública: Rua Tutóia, 260, Vila Mariana - tel. 3884-4343.

Tappo Trattoria

Semana passada, o HK ficou mais velhinho. Até o how-old.net já detectou...

Fomos comemorar no Tappo Trattoria, que eu queria conhecer faz tempo (mas juro que foi o aniversariante que decidiu!).

Chegamos quinta pré-feriado, 19h45. Conseguimos uma das últimas mesas sem reserva. Quando saímos, já havia se formado uma filinha de espera.

Pedimos a cozze a la marinara (R$38) de entrada (mexilhões refogados com tomates, vinho branco e ervas, acompanhados de pãezinhos italianos). Estava uma delícia!! Os mexilhões tenros, tempero fantástico... salivo de lembrar!! Ouvi (quem eu acho que é) o maître falando com a mesa ao lado¹: os mexilhões são fresquíssimos, pescados/ colhidos (sei lá qual é o verbo correto para mexilhão) à noite/ de madrugada e já estão na panela no jantar seguinte! (que mórbido...)

De prato principal, HK foi de rigattoni com salsiccia (R$46), que nada mais é que um ragu de lingüiça, e eu pedi o famosérrimo Carbonara da casa (R$49) – pedi com espaguete, que é feito lá (o linguine não é). 

O rigattoni estava bem gostoso, com os sabores bem frescos e marcados. A lingüiça claramente era artesanal, dava para sentir as ervas usadas como tempero. Muito gostoso. O carbonara era um carbonara de fato. Muito bem feito e bem cremoso. Talvez até demais para meu gosto. No meio, já estava até meio enjoativo. A porção é bem servida e acabei deixando 1/3 do prato intacto.

O Carbonara do Roscioli continua meu campeão.

Não pedimos sobremesa porque nada me apeteceu (e eu já estava pra lá de satisfeita!).

Com uma água mineral, a conta ficou R$152,02 para o casal.

¹O Tappo é daqueles restaurantes pequenininhos onde se ouve tudo que a mesa ao lado discute – até se eu não fosse bisbilhoteira... Acabei ouvindo todo o pedido de outra mesa e fiquei meio revoltada: enquanto era papo reto com nosso garçom, que estava mais para a eficiência alemã que para a “falastronice” italiana, a mesa ao lado recebeu um montão de informações gratuitas (porém interessantes) e até sugestões que não estavam no cardápio. Sugiro que o treinamento do restaurante seja revisto para diminuir a assimetria de informações divulgadas a clientes.

Voltarei? Sim! Mas peço os mexilhões como prato principal da próxima vez.

Para ir: Com reserva, porque o restaurante é micro e bem badaladinho.

Tipo: italiano.

Fotos: @autoindulgente (meu carbonara está lá).

Serviço de utilidade pública: Rua da Consolação, 2967, Jardins - tel. 3063-4864